Não faça de tua vida um livro de
contabilidade, pois nela nada há a ganhar ou perder, apenas tu e contigo todas
as coisas. Era mais ou menos assim um dos parágrafos do Manual da
Contracultura, escrito pelo Luis Carlos Maciel.
Era a filosofia do movimento hippie se
espalhando em comunidades alternativas, a desilusão com a política a partir de
maio de 68, o endurecimento do regime militar, entre nós, a difusão das drogas
com a curiosidade por novos estágios de percepção, o uso da maconha como fuga e
busca da alegria e do prazer de viver, eram novos tempos, tempo do “faça o
amor, não faça a guerra” “faz o que tu queres, pois é tudo da lei”.
Não foi, mas valeu a experiência da
procura de outros caminhos que a velha sociedade, que com suas regras e
padrões, sufocava todo aquele que tentava e saia do seu tom, como uma velha
música aturdida com outras sonoridades, outra poética, assim como alguém de 15
anos entoar “boemia aqui me tens de regresso”. Como “regresso” se o
“barato” ainda nem havia começado prá nós?
Sociedade
Alternativa – Raul Seixas
Sentado a beira do
caminho – Erasmo Carlos
Blowin the wind – Bob
Dylan
É proibido proibir
– Caetano Veloso
Mamãe coragem – Gal
Costa
Pó da estrada – Sá
Rodrix e Guarabira
Summertime – Janis
Joplin
Like a rolling
stone – Bob Dylan
Panis et circenses
– Mutantes
Let the sunshine – Coral
do Hair
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