O olhar parado sobre
o passado que não volta, é como um um trem abandonado
nos trilhos de uma antiga ferrovia.
O tempo passa e o
trem não se mexe,
não se mexendo, vai
enferrujando,
enferrujando vai
sendo comido,
devorado pelos dias
que avançam.
Depois de algum
tempo, o trem já não serve nem para
sucata.
Assim somos nós
quando paramos em algum lugar do
passado.
Esperando o amor que
não volta,
o filho que partiu,
o ente querido que
morreu,
o amigo que correu.
Vamos sendo
carcomidos por dentro e por fora,
as oportunidades vão
passando
e a gente morrendo
lentamente.
Deveríamos ser
obrigados a arrastar nosso trem,
ainda que alguns
metros por dia.
Como a Lei que
proíbe deixar carros velhos nas ruas.
Não deveríamos
jamais viver nosso luto por tanto tempo.
Saudade sempre, luto
eterno nunca!
Acordar para a vida
é mais do que se oferecer uma nova
chance.
É valorizar o que
nos foi dado de mais precioso: a
nossa existência.
Não se iluda, nada é
de graça.
Até o ficar parado
nos será cobrado.
Acorde e mova o seu
trem, ainda que esteja um pouco
enferrujado.
Nada como a brisa do
dia para despertar novas
motivações, e algo sopra no ar e vem
com o tempo e me diz:
você tem tudo para
ser FELIZ!
Autor: Paulo Roberto
Gaefke
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