Em 1973, Raul Seixas cantou pela primeira vez que
era uma mosca e que nem o inseticida DDT poderia exterminar. E 20 anos depois
de sua morte, completados hoje, o cantor e compositor baiano continua fazendo
barulho com seu legado.
Durante essas duas
décadas que marcaram a ausência do “maluco beleza”, um grande número de
seguidores ainda faz de seu nome um dos ícones do rock nacional e da
contracultura brasileira, responsável por mostrar ao público as ideias do
ocultista inglês Aleister Crowley e por afinar uma parceria com Paulo Coelho,
entre 1972 e 1982, com letras carregadas de temas esotéricos.
O cantor sofreu uma
parada cardíaca e foi encontrado morto em seu apartamento, em São Paulo, aos 45
anos, no dia 21 de agosto de 1989. Dois dias antes, tinha lançado o disco “A
Panela do Diabo”, com Marcelo Nova.
Raulzito, como era
chamado por sua legião de fãs, lançou uma série de sucessos como “Ouro de
Tolo”, “Rock das Aranhas”, “Gita”, “Aluga-se”, “Maluco Beleza”, “Eu Nasci Há
Dez Mil Anos Atrás” e “Sociedade Alternativa”. Todo seu legado está perpetuado
no famoso bordão gritado pela plateia em shows -seja qual for o gênero musical:
“toca Raul!”.