Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

24 de mar. de 2017

Finalizando


Seja tudo menos petista - Uma coxinha vermelha?


Quero lá saber da bola



-"... eu gosto disto de ... ( não percebi ) ... falar o povo filha da put@ ... este e aquele ... é que eu venho ver a bola...mas tanto me interessa que ganhe aquele como áquela"

-"...é por causa das asneiras?..."

-"... é só p'lasjasneiras, porque aqui só se for para dizer asneiras..."

-"...ai não é para ver a bola?..."


-"...não... eu quero lá saber da bola..."

Moleza



 






O ódio muda até as cores

Faço aqui um resumo, talvez mal feito, de uma reportagem que li. Puro ódio semeado via internet.

Duas fotos correram o mundo e receberam 3000 compartilhamentos em menos de um dia.

Elas mostram duas tristes cenas ocorridas na Inglaterra, por ocasião do atentado próximo ao grande relógio britânico.

Uma delas mostra uma mulher muçulmana caminhando pela calçada usando o celular, no mesmo instante em que uma pessoa ferida era socorrida. 


A mulher muçulmana foi acusada de desumana. Chegando a ser comparada com uma crista: “se fosse uma mulher cristã não agiria com tanta frieza em relação ao sofrimento de um semelhante.”

Ouve quem dissesse que a imagem o “deixou doente”.

Outro chegou a afirmar que a religião da mulher a impedia de ajudar os não-crentes.

O que mais se ouviu foi a frese: “uma imagem vale mais que mil palavras”

Puro ódio, óbvio!

Não se pode dizer o que uma pessoa está pensando ou sentindo a partir apenas de uma foto.

A mulher estaria “assustada, confusa e aturdida, como podia estar ligando para sua família para dizer sobre o horror que estava vivenciando e que estava bem”.


Logo surgiu uma outra foto. Um homem branco caminhando pela calçada usando o celular, no mesmo instante em que uma outra pessoa ferida era socorrida, durante a mesma tragédia e com uma atitude parecida.

Só que ninguém acusara de estar alheio ao que acontecia.

Dá para ficar louco. Olhe bem as manchetes do Jornal El País só no mês de março.


“É muito preocupante a proximidade do presidente com ações que tentam barrar a democracia”


Gestão Doria ignora prazo de lei e não divulga dados de saúde


Terceirização, uma votação a toque de caixa estratégica para Temer


Brasil despenca 19 posições em ranking de desigualdade social da ONU


Exportações de carne devem cair 20% e ministro age para evitar “desastre”


União Europeia, China, Coreia do Sul e Chile barram importação de carne do Brasil


A reforma política como estratégia de sobrevivência à Lava Jato


Um revés para os traficantes de combustível que tiram o sono da Petrobras


“Que legitimidade tem este Congresso para votar a reforma da Previdência? Zero”


As ruas voltam a se agitar, dessa vez contra a reforma da Previdência


Lista de Janot e protestos, a conjunção que ameaça os planos reformistas de Temer


A lei da Terceirização vai aposentar minha carteira de trabalho?



Enxurrada de inquéritos da Operação Lava Jato ameaça colapsar o Supremo


Janot: “As revelações nos confrontarão com uma democracia sob ataque, conspurcada pela corrupção”


Recessão faz quase um milhão de famílias voltarem ao Bolsa Família


Em rara sintonia, nomes do PT e PSDB querem criar ‘escalas de caixa 2’


Tensão toma conta de Brasília com iminente divulgação da ‘delação do fim do mundo’


“Na Venezuela não há comida, no Brasil sim”: a fuga da fome na fronteira do norte


Governo barra outra vez a divulgação da ‘lista suja’ do trabalho escravo no Brasil


Congresso articula de novo anistia a caixa 2 em reação a segunda lista de Janot


O supermercado reage a Temer: “Ele quer voltar aos tempos da ‘Amélia”


Temer reduz papel da mulher à casa e é alvo de protestos nas redes sociais


Ser negra e mulher, a discriminação dupla no Brasil
Nova lista de Janot abre temporada do ‘salve-se quem puder’ em Brasília


Metade das leis aprovadas em São Paulo celebram aniversários ou mudam nome de rua


Corrupção e reforma da Previdência elevam rejeição a Temer a 89% nas redes sociais


França investiga suposto esquema de propina na escolha do Rio como sede olímpica


“Se a reforma da Previdência não sair, tchau, Bolsa Família”, ameaça PMDB
China se transforma no grande banqueiro do Brasil


Acidentes põem gigantismo das escolas de samba do Rio na berlinda


Tucano Aloysio Nunes Ferreira assumirá o Itamaraty



Depoimento de Marcelo Odebrecht complica Temer e ministro

23 de mar. de 2017

Eficiência da Transposição expõe picaretagem do Rodoanel tucano




Reza a lenda “wikipediana” que “A ideia de transposição das águas [do Rio São Francisco] remonta ao ano de 1847, ou seja, no tempo do Império Brasileiro de Dom Pedro II, já sendo vista, por alguns intelectuais de então, como a única solução para a seca do Nordeste”.

A discussão, segundo a Wikipedia, teria sido retomada em 1943 pelo Presidente Getúlio Vargas, mas não teria seguido adiante.

O primeiro projeto consistente surgiu no governo João Batista Figueiredo, elaborado pelo extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS).

Em 1994, o presidente Itamar Franco enviou um Decreto ao Senado declarando ser de interesse da União estudar o potencial hídrico das bacias das regiões semiáridas dos estados do Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, mas o projeto não andou.

Em 1995, o presidente Fernando Henrique Cardoso também propôs a revitalização do rio e a construção dos canais de transposição: o Eixo Norte, o Eixo Leste, Sertão e Remanso, mas nada foi levado a cabo.

Durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula, o governo federal contratou as empresas Ecology and Environment do Brasil, Agrar Consultoria e Estudos Técnicos e JP Meio Ambiente para reformularem e continuarem os estudos ambientais para fins de licenciamento do projeto pelo IBAMA.

Em julho de 2007, 160 anos após o surgimento da ideia de transposição das águas do “Velho Chico”, finalmente um governo levou o projeto a cabo e o Exército Brasileiro iniciou as obras do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco.

Trata-se de uma obra gigantesca. É um empreendimento do Governo Federal, sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional – MIN.

A obra da Transposição prevê, até seu final, construção de mais de 700 quilômetros de canais de concreto em dois grandes eixos (norte e leste) ao longo do território de quatro Estados (Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte), para o desvio das águas do rio. Ao longo do caminho, o projeto prevê a construção de nove estações de bombeamento de água.

Mais tarde, optou-se pela construção do Eixo Sul, abrangendo a Bahia e Sergipe e eixo oeste, no Piauí.

Inicialmente, a obra foi orçada em R$ 4,5 bilhões. Hoje, 10 anos após o início do projeto, o custo total estimado é de R$ 9,6 bilhões. A imprensa criticou duramente um empreendimento gigantesco, tocado em tempo recorde pelos governos Lula e Dilma, e entregue aos golpistas no ano passado com quase 90% das obras concluídas.

A previsão da Transposição é de beneficiar 12 milhões de pessoas com a captação de apenas 1,4% da vazão de 1 850 m³/s do São Francisco.

As críticas da imprensa ao projeto foram furiosas até que Dilma Rousseff fosse derrubada. Dali em diante, cessaram. Porém, essas críticas sempre contrastaram com o silêncio sepulcral em relação a um dos maiores escândalos da República.

Rodoanel Mario Covas

O Rodoanel Mário Covas (SP-21), também conhecido como Rodoanel Metropolitano de São Paulo, é uma obra do governo do Estado de São Paulo. Trata-se um anel viário com aproximadamente 180 quilômetros de extensão, duas pistas e seis faixas de rodagem que está sendo construído em torno do centro da Grande São Paulo.

A finalidade do Rodoanel é a de aliviar o intenso tráfego de caminhões oriundos do interior do estado e das diversas regiões do país e que cruzam as duas vias urbanas marginais da cidade, a Marginal Pinheiros e Marginal Tietê, o que provoca uma grave situação de congestionamento urbano.

A execução da obra foi dividida em quatro trechos, Oeste, Sul, Leste e Norte. A obra passa pelo município de São Paulo e alguns municípios da Região Metropolitana, como Santana de Parnaíba, Barueri, Carapicuíba, Osasco, Cotia, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires, Mauá, Poá, Suzano, Itaquaquecetuba e Arujá.

Quando o trecho Norte estiver concluído ligará também a cidade de Guarulhos.

A obra tocada pelos sucessivos governos tucanos do Estado de São Paulo teve início em 1998. De acordo com a Superintendência Regional do DNIT no estado de São Paulo, o valor atualizado do Rodoanel ultrapassa 13 bilhões de reais.

Março de 2018 é o prazo final estimado pelo Estado para a abertura ao tráfego de veículos no Trecho Norte do Rodoanel de São Paulo e, assim, estará concluído o anel viário da Região Metropolitana.

O governo do Estado de São Paulo previa gastar R$ 6,5 bilhões, mas o custo final da obra ficará em R$ 13 bilhões – ou mais, porque o projeto só será concluído no ano que vem.

O aumento no valor do empreendimento despertou suspeitas de superfaturamento. O Trecho Norte é alvo de, pelo menos, seis investigações que envolvem auditorias internas, Polícia Federal, Ministério Público e até o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – um dos financiadores.

Em um dos casos, é apurada a denúncia de um ex-funcionário da Dersa sobre o incremento de mais de R$ 150 milhões no pagamento de empreiteiras. Ele apresentou supostas provas de irregularidades na execução de projetos.

Em paralelo, outra investigação apura possíveis desvios nos processos de desapropriação na área de Guarulhos. “Dos R$ 2,5 bilhões destinados (ao pagamento dessas áreas), R$ 1,3 bilhão seria fraudulento”.

Além disso, funcionários da Odebrecht teriam informado investigadores que o ministro José Serra (Relações Exteriores) teria recebido R$ 23 milhões via caixa dois – em parte no exterior – na campanha presidencial de 2010 a título de propinas por facilitar a vida da empreiteira nas obras do Rodoanel.

Transposição X Rodoanel

Qualquer comparação tem que levar em conta que são obras muito distintas, feitas por entes federativos diferentes (governo federal e governo estadual), com complexidades diferentes. Ambas envolvem licenças ambientais complexas, desapropriações, problemas com empreiteiras, aumentos inesperados de custos etc.

Contudo, grosso modo, Transposição do São Francisco e Rodoanel paulista são obras gigantescas envolvendo custos similares, o que mostra que são parecidas em termos de complexidade.

– Custo das obras: enquanto a Transposição tem custo total estimado de 9 bilhões de reais, o Rodoanel custará 13 bilhões – os valores ainda não estão fechados, mas as duas obras devem terminar em breve e mudanças de valores que possam ocorrer serão mínimas.

– Tamanho das obras: enquanto a “estrada” de água da Transposição terá, ao final, 700 quilômetros, a estrada de veículos do Rodoanel se estenderá por 180 quilômetros.

– Tempo de execução das obras: Enquanto a Transposição terá demorado uma década sob críticas acerbas da imprensa pelo “atraso”, o Rodoanel será terminado no ano que vem após DUAS DÉCADAS de obras.

– Denúncias contra as obras: Algumas denúncias foram feitas contra a Transposição, com óbvio estardalhaço da mídia, mas nenhuma prosperou. Já quanto ao Rodoanel, apesar do silêncio da mídia as denúncias são muitas e estão crescendo.

A grande diferença entre o Rodoanel e a Transposição, portanto, está no tratamento que foi dado pela imprensa às duas obras, o que explica a demora e o custo exorbitante da primeira e a celeridade e menor custo da segunda.

O silêncio da mídia quanto aos desvios do Rodoanel favoreceu a corrupção, encareceu a obra e aumentou o tempo de execução, enquanto que a fiscalização até exagerada sobre a Transposição gerou uma obra eficiente, com custo compatível e tempo de execução aceitável.

No Brasil, os impérios de mídia adquiriram uma dimensão absurda, surreal, bizarra. Conseguem abrir, fechar, postergar, encerrar ou impedir investigações, políticas públicas etc.


O Estado sempre ficou à mercê da imprensa. Menos nos governos Lula e Dilma, quando a imprensa deixou de mandar, razão pela qual ela não descansou até levar o país a um golpe de Estado aliando-se a setores do MP, da PF e da Justiça.

"Blog da Cidadania" Eduardo Guimarães.

O sonho de 734 antoniocarlenses acabou! Centro Cultural pra que?, Já temos 30 botequins, uma clínica e um monte de pedras!


















22 de mar. de 2017

Uma ação de graças


reblog - VERTIGENS

havia um mar de lembranças
naquela casa pequena de tamanho
retratos, relógios grudados quebrados
casamentos, filhos e nascimentos
e a morte amiga do vento gélido
que soprava no óbito da tarde
era só a passagem natural do tempo…

21 de mar. de 2017

Seção PAPELÃO - Direto do JBF




















Brasil Vendido



Helena Matos - OBSERVADOR 11/1/2015

Na passagem de ano foram incendiados
em França 940 automóveis. As autoridades
rejubilaram: afinal em 2014 tinham
sido contabilizadas 1 067 viaturas queimadas.
Quantas notícias se leram sobre isto?

FRIGATO


NUNO PACHECO


Desacordai,
ó gentes
que dormis!
É
que já passou
o tempo dos

silêncios vis.

DIÁRIOS DE ARGON


A OCULTAÇÃO DA «FACE OCULTA»

O texto que se segue e enviei ontem, saiu publicado no 'Diário de Notícias com o desgastado e nojento título de, simplesmente, «FACE OCULTA».
 
Costuma dizer-se que não há regra sem exceção. Mas não é verdade. No plano político, vigora uma regra, entre nós, que não conhece exceção. Há, entre a nossa classe política e económica, um grupo de políticos e de gestores de topo, embrulhados no processo «Face Oculta», suspeitos de maus administradores dos dinheiros públicos e de outros ‘pecados’, que mente: todos negam e todos se apressam a declarar-se inocentes e de consciência tranquila, a começar e a acabar no «chefe». Ainda há de vir o primeiro que se confesse culpado ou que venha dizer a verdade com frontalidade e sem sofismas.

Diário de Notícias, 16 de Fevereiro de 2010

SONETO DE JOSÉ RÉGIO.




Soneto

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.



JOSÉ RÉGIO

José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, (Vila do Conde, Portugal, 17 de Setembro de 1901 — Vila do Conde, 22 de Dezembro de 1969) foi um escritor, poeta, dramaturgo, romancista, novelista, contista, ensaísta, cronista, crítico, autor de diário, memorialista, epistológrafo e historiador da literatura português, para além de editor e diretor da influente revista literária Presença, desenhador, pintor, e grande conhecedor e colecionador de arte sacra e popular. Tem uma biblioteca e uma escola secundária com o seu nome em Vila do Conde.