Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

30 de mar. de 2016

Olha!!


Alunos de medicina de Jundiaí escancaram seu preconceito

Por Eduardo Bhaltasar 'O Prato Feito'

Foto tirada (autor desconhecido) durante a competição Pré-intermed 2016 
que acontece nesse feriado de Páscoa.



















Sou fã da Pré-intermed, já participei de algumas como competidor e como torcedor, joguei basquete (meu esporte de criação), handball, competi também no atletismo (medalha de bronze em salto em altura - aqui eu quis me mostrar) e xadrez (nunca perdi uma partida - e mais uma vez quis me mostrar). Me formei em medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e me lembro de sempre ficar ansioso por causa dessa semana que mexia com nossos nervos, mas ao mesmo tempo via certas coisas que realmente eu não concordava, como brigas e agressões entre as torcidas.

E pelo que vi, certas coisas não mudaram nessa competição que acontece uma vez por ano.

Antes de entender o caso, precisamos olhar para uma outra universidade. Como todos sabem, esse ano a Unicamp bateu o recorde de alunos oriundos de escolas públicas e desse total 43% se declararam negros, pardos ou indígenas. O curso de medicina teve um resultado espetacular, pois teve a porcentagem de 88,2% de alunos oriundos de escolas públicas.

A Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), uma das participantes dessa competição, pisou feio na bola. Alguns alunos que estavam na torcida, numa tentativa de desmoralizar o adversário que no caso era a Unicamp, estamparam no peito as letras C-O-T-A-S. Afinal, pelo que parece, para esses alunos, uma universidade que tem cotas étnicas como política institucional é algo desmoralizante, algo que diminui sua qualidade.

A opinião sobre as políticas afirmativas serem boas ou ruins, certas ou erradas, não é a intenção desse artigo, isso é outra discussão. O tema central é que não existe motivos para que alguém desmoralize a universidade, no caso dela adotar essa política, o aluno e/ou o profissional que é beneficiário desse tipo de política, pois como mostra esse estudo da Unifesp, esse estudo da UnB e esse estudo da Unicamp, cotistas tem o mesmo desempenho ou, em alguns casos, desempenho superior quando comparado aos alunos não-cotistas.

O preconceito racial existe sim entre alguns, e repito alguns, alunos de medicina, eu vivi isso. Piadas racistas eram contadas com certa frequência (e aqui quem me conhece sabe que nunca aceitei), como também racismos escancarados, como certa vez ouvi uma colega dizer: "- Não quero mais atender aquele preto fedido".


É uma pena ter que ver esse tipo de imagem em pleno século XXI, vindo de uma classe de alunos que serão formadores de opinião em um futuro próximo, pois na sociedade brasileira, quando um médico fala ele é de certa maneira ouvido.

Contra o golpe, Povo Sem Medo leva milhares à sede da Globo

Pacífico, “Ato em defesa da democracia – a saída é pela esquerda”, marchou por algumas vias da capital paulista, em protesto contra contra o que chamam de “golpismo” patrocinado pela emissora

Por Rede Brasil Atual


Transcorreu sem incidentes o protesto intitulado “Ato em defesa da democracia – A saída é pela esquerda”, que teve início no Largo da Batata, em Pinheiros, região oeste da capital paulista, por volta das 18h, e foi encerrado na sede da Rede Globo. Trinta mil pessoas, segundo os organizadores – 17 mil pelos cálculos de policiais ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo – bradaram palavras de ordem contra a emissora, acusada pelo movimento de “apoiar um golpe contra a democracia no país”.

Por volta das 18h40, o grupo começou a marchar pela Avenida Faria Lima em direção à zona sul da capital paulista. Eles passaram pelas avenidas Juscelino Kubitschek e Engenheiro Luís Carlos Berrini. Às 20h45 os manifestantes entraram na Avenida Chucri Zaidan e chegaram em frente à sede da TV Globo. “Chegamos ao final da marcha no local que é o símbolo de um golpe que está sendo arquitetado no país”, disse um dos organizadores do ato.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, que participa do protesto, destacou que “muita gente de vários setores sociais estão lutando contra o golpe”. “O impeachment significa um retrocesso, a imposição de uma pauta neoliberal, com a precarização do trabalho, arrocho. Não haverá estabilidade com impeachment”, afirmou.

Falcão defendeu que o Supremo Tribunal Federal retire a suspensão da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. “Lula é ficha limpa, portanto não há nenhuma razão para ele não ser ministro”, disse.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que o objetivo do protesto é “deter uma ameaça à democracia e às garantias constitucionais”. “Importante dizer que não estamos aqui para defender governo algum”, discursou.

A cartunista Laerte Coutinho, presente entre os manifestantes disse ao Estado que “a importância desse movimento é que as pessoas entendam que elas não estão sozinhas. Às vezes, nas redes sociais, quem pensa diferente pode achar que está sozinho. Não, agora, com essa manifestação quem está contra o golpe vai poder encontrar os seus iguais”.

O deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) afirmou: “Estamos aqui para defender os direitos dos trabalhadores e contra o ajuste fiscal. O processo de impeachment está sendo tocado por um delinquente que deveria estar preso: Eduardo Cunha”.

A democracia, é bom lembrar, é um regime de confiança, não de adesão.


Professor Dr. Vitor Amorim de Angelo: Possui graduação em História pela Universidade Federal do Espírito Santo, mestrado e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos, com estágio de pesquisa no Centre d’Histoire do Institut d’Études Politiques de Paris (SciencesPo). Atualmente, é professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Vila Velha, onde também é Coordenador Institucional de Iniciação Científica, e pesquisador do Institut des Sciences Sociales du Politique da Université de Paris Ouest-Nanterre La Défense e do Laboratório de Estudos de História Política e das Idéias da Universidade Federal do Espírito Santo. Tem experiência nas áreas de História e Ciências Sociais, com ênfase na política brasileira contemporânea, temática na qual possui livros e artigos publicados.


O professor tem experiência nas áreas de História e Ciências Sociais, com ênfase na política brasileira contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: partidos e organizações políticas, instituições e comportamento político, eleições, esquerdas, ditadura e democracia, mídia, memória social e uso político do passado

28 de mar. de 2016

não diga não
























olhe para aquelas casas
foram abandonadas
na esquina

não diga não
nem fale sobre o ontem
pare de desejar o que ainda virá

escute com atenção
essas folhas que cantam
dentro das raízes no fundo da Terra

cada pequena semente
esconde um tesouro
resplandecente

não fale
as frases afiadas
que cortam gargantas humanas

nem diga novamente
o quanto deseja
ir ao futuro

aproveite o agora
veja as luzes que brilham
em cada célula desta bela ilusão

ouça as vozes do Outro Mundo
escreva sobre nuvens

não diga não