"El crédito ha dejado de fluir libremente y ya no podemos
“comprar con dinero que no tenemos cosas que no necesitamos
para impresionar a gente que no nos cae bien”,
Álex Rovira."
Durante décadas fomos incitados ao consumo, habilmente convencidos pelas artes publicitárias que aí residia a nossa felicidade.
Durante décadas deixámo-nos arrastar por um modo de vida cada vez mais alienante, apesar de cada vez mais conscientes de que esse modo de vida era ecologicamente insustentável. Agora, graças às trapalhadas da engenharia financeira, somos finalmente confrontados com uma realidade à qual não poderíamos fugir eternamente.
Temos que aprender a viver com menos. Infelizmente para algumas pessoas essa adaptação está a ser cruelmente injusta. A não adaptação, a continuação da fuga para a frente, insistindo num modelo ecológico e socialmente insustentável, poderá ter consequências trágicas para todos.
Viver com menos não significa necessariamente viver mal. Nem tão pouco voltar ao passado. Uma gestão adequada dos recursos existentes, uma clarificação das prioridades e das reais necessidades dos indivíduos e da sociedade, poderia proporcionar uma vida digna e confortável a todos. Provavelmente mais feliz.
Poderia. Mas isso significa questionar todos os pressupostos atuais do modelo de desenvolvimento. Mais do que isso, dos objetivos de vida de cada um. Do conceito de felicidade.
E terá que ser feito por todos. Estamos todos no mesmo barco. Partilhamos a mesma casa. A Terra pertence a todos, e estamos de tal forma interligados que não poderemos continuar a puxar o barco em direções opostas. Podemos estar perante uma destruição colectiva sem precedentes.
Seremos capazes?