Vetado pelo STF, financiamento
retorna à pauta diante do volume
de contribuições de pessoas físicas
Deputados e senadores articulam no
Congresso a volta do financiamento empresarial de campanha. A estratégia é
aproveitar a dificuldade de arrecadação na eleição deste ano, quando empresas
estão oficialmente proibidas de doar a candidatos e partidos pela primeira vez
desde 1994, para trazer a discussão à tona e tentar aprovar a volta da doação
de empresas.
O movimento começou no mês passado,
quando parlamentares perceberam que as doações de pessoas físicas seriam bem
menores do que o esperado.
Na Câmara, a articulação tem sido feita
principalmente por parlamentares do Centrão – grupo de 13 partidos liderados
por PP, PSD, PTB e SD. No Senado, a costura tem apoio de PP, grande parte do
PSDB e do PMDB e até de alguns senadores do PT.
Como o Supremo Tribunal Federal
declarou a inconstitucionalidade da doação de empresas, a estratégia do grupo é
tentar aprovar a volta do financiamento por meio de uma Proposta de Emenda à
Constituição.
Caso a volta do financiamento
empresarial não seja aprovada, líderes veem como alternativa modelo em que
eleitor vota no partido, que apresenta lista de candidatos. (O Estado de São
Paulo)