Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

15 de abr. de 2022

Veja uma invenção histórica, eficaz, que alguns de nós podem ter pensado como invenção moderna.

 Guindaste Pesado (por volta do final do século VI aC)



O precursor inicial do guindaste simples pertence ao shadouf . Possivelmente inventado na Mesopotâmia por volta de 3000 aC (e amplamente utilizado no antigo Egito por volta de 2000 aC), o dispositivo era baseado no mecanismo de alavanca e, como tal, era usado para levantar água em campos de irrigação. No entanto, o guindaste para serviço pesado (como sabemos em nossos tempos modernos) adaptado para levantar componentes pesados ​​(como blocos de construção) e transportá-los para um local diferente dentro de um local foi inventado mais tarde.

Para esse fim, a força conceitual por trás de um guindaste é bastante direta e lida com a criação do que é conhecido como 'vantagem mecânica'. E embora seus aspectos imponentes possam sugerir uma engenhoca moderna robusta, o mecanismo em si foi inventado pelos antigos gregos por volta de 515 aC. Essa mudança tecnológica ficou evidente a partir dos recessos e cortes específicos nos blocos de pedra menores usados ​​nos templos gregos do Período Clássico. Quanto ao guindaste em si, foi sem dúvida adaptado para uma força de trabalho pequena, mas aparentemente profissional, em oposição ao sistema de rampa usado por um grande número de trabalhadores disponíveis para impérios como Egito e Assíria.

Além disso, os romanos desenvolveram ainda mais essa invenção grega, que levou a um mecanismo simples de guindaste conhecido como trispastos . Este sistema ostentava a vantagem mecânica de 3:1, permitindo assim que um único homem levantasse cerca de 150 kg. Mais tarde, um sistema de 5 polias conhecido como polyspastos , poderia empregar quatro homens enquanto representava uma capacidade de carga substancial de 3.000 kg ou 6.600 libras (e essa capacidade saltou para 6.000 kg para dois homens - se o guincho fosse substituído por um piso de diâmetro maior -roda). Assim, para efeito de comparação, durante a construção das pirâmides egípcias, um bloco de pedra de 2,5 toneladas exigiu que cerca de 50 homens fossem empurrados para cima da rampa. Por outro lado, um único polyspastos foi 60 vezes mais eficiente, já que cada homem poderia pesar 3.000 kg (cerca de 3 toneladas)!

Direto do site 'Rainhas Trágicas'

Escute a música mais antiga do mundo 
já encontrada,
pertencente ao norte 
da Síria!

por 
Renato 


O assentamento de Ugarit, no norte da Síria, permanecia inabitado desde a era Neolítica, em 6.000 a.C. Porém, no século XV a.C., ela foi transformada numa estratégica cidade portuária, estabelecendo importantes ligações comerciais com o Império Hitita, o Egito, e mesmo a longínqua Chipre. Essas conexões com outras cidades-Estado atingiram seu apogeu entre os anos de 1.450 a.C e 1.200 a.C., período de maior glória de Ugarit, fato que pode ser comprovado mediante as evidências arqueológicas da região. Ali foram erguidos grandes palácios, templos e bibliotecas, contendo placas de argila com escrita cuneiforme. Contudo, além desses vestígios, singulares nesse período, os pesquisadores também encontraram, no ano de 1950, uma placa contendo o trecho de uma partitura musical, composta na língua hurrita, que remete a pelo menos 3.400 anos, sendo, portanto, a mais antiga música do mundo já encontrada até então.

A compilação musical (encontrada sob a forma de um sistema de notação de músicas, gravada em tábuas de argila), é mais conhecida como as “canções hurritas”. Provavelmente, elas eram tocadas com uma lira contemporânea. A maior parte dessas séries musicais eram dedicadas à deusa de Ugarit, Nikkal, mais tarde também adotada com divindade no panteão fenício, protetora dos pomares e jardins. Destarte, uma equipe de especialistas foi capaz de traduzir a escrita cuneiforme das placas contendo as “canções hurritas”, recriando assim a melodia. Abaixo, segue uma versão mais moderna da mesma, baseada numa interpretação feita por Anne Draffkorn Kilmer, professora de Estudos Assírios na Universidade da Califórnia, em 1972.


Caso a versão acima não tenha lhe agradado, é possível conferir a mesma canção, tocada em lira. Os professores Anne Draffkorn Kilmer e Richard Crocker produziram uma variante da melodia, mais de acordo com a forma com que ela era originalmente tocada. O músico Michael Levy também produziu uma interpretação em lira, que pode ser escutada no player abaixo:




10 de abr. de 2022

Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa.

Joceline Gomes

Em 2012 celebraremos o fato de que, há 200 anos, nascia um grande escritor, precursor do romance brasileiro como o conhecemos: Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa. Afrodescendente e contemporâneo de uma época em que se buscava uma identidade literária para o novo país independente, Teixeira e Sousa criou nosso primeiro romance: O Filho do Pescador.

Falecido aos 49 anos, em 1861, o mulato de Cabo Frio inspirou o jovem Machado de Assis, que escreveu um longo poema dedicado ao escritor que lhe ensinara o ofício de tipógrafo. Em 1855, Machado exaltou a obra lírica de Teixeira e Sousa, chamando-o de Gênio Americano. Nele, personagens populares vivem o clima tropical e o ambiente social da época, em tramas folhetinescas que inspiram os enredos das novelas televisivas até hoje.

CARREIRA – A própria vida de Teixeira e Sousa tem muito de romanesco. De origem popular (filho de um português, marceneiro construtor de barcos, e de uma negra), ficou completamente órfão na adolescência, quando se iniciou precocemente no mundo do trabalho, seguindo a profissão do pai. O contato com trabalhadores de todas as classes influenciou a obra do autor, que começou a escrever sobre o assunto aos 28 anos.

O romance inaugural de Teixeira e Sousa e da literatura nacional – O Filho do Pescador, de 1843 – envolve tipos populares, intrigas, crimes, sedução, surpresas e um desenlace que envolve o toque brasileiro da cordialidade e do perdão sob o ponto de vista católico, predominante na época, cabendo à vilã reparar seus erros internando-se num convento.

NEGRO HERÓI – O negro nobre e heróico, apesar de escravizado, aparece logo nesse primeiro romance, afirmando o que defendia Teixeira e Sousa: a igualdade entre os homens. Brancos maus e bons, negros maus e bons, os vícios sociais dominantes, o triunfo do amor num ambiente social característico do dia a dia do leitor – esta é a base da prosa romântica do autor.

O escritor, mulato e pobre, destaca em especial a figura do negro, numa crítica à escravidão: sempre há em seus enredos um escravo de grande integridade moral, dotado de atitudes heróicas – manifesto implícito do autor a favor da igualdade racial. Seria por isso que a narrativa de Teixeira e Souza desagradava os críticos literários, em plena era do “racismo científico”?

O autor ressalta em suas obras um país injusto e exalta o negro como sujeito, ser humano pleno, e não como mero objeto de trabalho – características pioneiras e altamente criticadas à época. Mesmo assim, “os homens das letras” de então concederam a ele um lugar de destaque entre os escritores do período.
A OBRA

A obra de Teixeira e Sousa envolve a produção de romances, poesia e teatro, entre 1840 e 1855, dos 28 aos 43 anos. A partir de 1855, dedica-se ao trabalho de reeditar obras.

Os romances são: “O Filho do Pescador” (1843), “As Fatalidades de Dois Jovens” (1846), “Tardes de um Pintor ou As Intrigas de um Jesuíta” (1847), “Gonzaga ou a Conjuração de Tiradentes” (1848-51), “Maria ou A Menina Roubada” (1852), “A Providência” (1854).

Em poesia, compôs “Cânticos Líricos” (1841-42), “Os Três Dias de um Noivado” (1844) e “A Independência do Brasil” (1847-55).

Em teatro, Teixeira e Sousa escreveu “Cornélia” (1840), “O Cavaleiro Teutônio ou A Freira de Marienburg” (1855), além de “As Mensagens de Amor” e “A Sorte” (1851).


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A HISTÓRIA DE TEIXEIRA E SOUSA, 

O 1º ROMANCISTA BRASILEIRO



DE "OS TRÊS DIAS DE UM NOIVADO"

 

"Se acaso te não conheces

Por formosa, ó minha amada,

Vai à beira de uma fonte,

E te verás retratada:

Quando, pelo sol corada,

A pastar por entre as flores

O teu rebanho levares;

Dirão estes lavradores:

- Ali veio quem faz formosa

A nossa aldeia ditosa!"

 

"Se acaso te não conheces

Por formoso, ó meu amado,

Vai às ribeiras do rio,

E te verás retratado:

Verás o rio apressado

Só de inveja suspirar,

E tua imagem formosa

Nas ondas querer levar:

Das raparigas na idéia

Serás o belo d´Aldeia".

 

"Eu sou em tudo ditoso

E tu linda, ó minha amada;

Tens os olhos matadores

Como a rolinha engraçada".

"É feito de lindas flores

Nosso ninho, ó meu amado,

E junto à terna rolinha

Tu pousarás descansado".

 

"Sou um pássaro que luzir

Vendo d'aurora os encantos,

Pelo prado alegremente

Solta seus festivos cantos:

Eu te adoro, ó minha amada,

Eu te amo, como a ave

Ama a luz da madrugada!
Tu és quem minha alma adora,

És minha brilhante aurora".

 

"Sou a flor, que à noite, o seio

Fecha às sombras descorada,
E que o abre a receber

O pranto da madrugada:

Eu te amo, como a flor,

Ao orvalho, que lhe presta

Mais graça, mais viço e cor:

Tu tens de meu seio, a posse,

Tu és meu orvalho doce."

 

"Como a bela laranjeira

Entre as árvores mais airosa,

Assim é entre as do campo

A minha amada formosa".

 

"Como o cedro na montanha

Entre as árvores mais airosa,

Assim é entre os do campo

O meu amado formoso".

Copiado de ANTOLOGIA DE ANTOLOGIAS: 101 poetas brasileiraos “revisitados”, por Magaly Trindade Gonçalves, Zélia Thomaz de Aquino e Zina Bellodi Silva. Prefácio de Alfredo Bosi. São Paulo: Musa Editora, 1995.


(Transcrito de Os três dias de um noivado. Rio de Janeiro. 1844, pp. 31-38 porAD, pp. 260-262.)

Alípio de Freitas - Cronica - Portugal, 04 de dezembro 2014.(...hoje)

 

O País vai mal. Todo o mundo o reconhece. De alguns sectores da direita à esquerda. A cada dia se apresentam novas soluções para a crise, mas ela cada vez se aprofunda mais como uma febre maligna que vai destruindo o corpo da república. Isto, porquê? Porque o país é pasto do capitalismo monopolista, é governado por uma troika estrangeira que o empurra para crises insolúveis e dirigido por políticos incompetentes e corruptos, que não têm nada a ver com os interesses daqueles que os elegeram. As pessoas deixaram de acreditar nos que se dizem seus representantes e, por isso, nos remédios que eles recomendam e ministram para debelar essa febre. A democracia em Portugal, e não só, está em crise, mergulhada numa agonia sem fim, e sem democracia real, verdadeira, nenhum dos problemas que afligem os povos, principalmente os da União Europeia terá solução. Evidentemente que isto todos sabem, mas recusam-se a trilhar o caminho correto, preocupando-se não em encontrar soluções mas em bisbilhotar, divulgar e opinar, tal casa dos segredos, sobre determinados fait-divers ligados a casos que põem em causa os fundamentos da democracia, como o BES, Sócrates, Vistos Dourados, Apito Dourado, as compras milionárias dos chineses, vendas apressadas do património nacional, etc, etc. Enquanto isso, continua o ataque ao SNS, à Escola Pública, com milhares de funcionários e professores sem colocação ou à beira do desemprego, com estatísticas mentirosas e promessas que nunca serão cumpridas. Creio, porém que ainda há uma réstea de esperança, uma vez que a há pessoas, em todos os sectores de atividade, que se organizam para discutir a atual situação do país e da Europa, mas a quem, a meu ver, falta a decisão de agir. É necessário voltar ao povo e organizá-lo, pois é nele, no povo, que reside o poder.

A Torre de ... Confusão A Torre de Babel

 

Pieter Bryegel, o Velho - Peter Briegel, o Velho

1525-30 a 1569
- Pintor, designer e gravador flamengo -
conhecido por suas paisagens e cenas rurais detalhadas


A Torre de Babel foi tema de três pinturas do pintor.
Ele pintou o primeiro enquanto estava em Roma , mas foi perdido . Os outros dois sobrevivem em museus em Viena e Roterdã.


Interpretação literária ou intenção alegórica do pintor?


Babel , do semítico bāb ili = a Porta de Deus , a Babilônia helenizada da Mesopotâmia ; onde é mencionada a história da torre de mesmo nome, desde o Gênesis - o primeiro livro do Antigo Testamento - explicando a variedade de idiomas e nações.


Em hebraico, Babel significa confusão e se refere justamente a esse mal-entendido de línguas causado pelas várias tribos semíticas, Deus os punindo por blasfêmia por tentar construir uma torre para o céu…


O pintor havia visitado Roma e, quando voltou para sua cidade natal, criou esta pintura que lembra o Coliseu e outros pontos turísticos da cidade.


Qual é o paralelo entre Roma e Babilônia?


Roma foi construída como uma Cidade Eterna, destinada pelo homem a existir para sempre.
No entanto, a cidade eterna... foi destruída.
Por outro lado, naquela época havia uma comoção entre a Igreja Católica Latina e a religião protestante
luterana multilíngue da Holanda.


Assim, a história da pintura foi interpretada como um castigo pela vaidade
- como a maioria das pinturas de Brigel - registrando a arrogância
humana ...





fonte: http://epea-jf.blogspot.com/2019/12/blog-post.html