Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

13 de set. de 2014

HRW: Israel pressionou imigrantes africanos a deixar o país


Israel pressionou ilegalmente cerca de 7.000 imigrantes eritreus e sudaneses a retornar a seus países, onde alguns deles foram vítimas de perseguição, denunciou a ONG Human Rights Watch (HRW).

As autoridades israelenses "os privaram de acesso a procedimentos de demanda de asilo justos e eficazes, e tomaram como pretexto a precariedade resultante de seu status legal para detê-los ilicitamente ou ameaçá-los com uma detenção indefinida, obrigando milhares deles a fugir", explica a ONG em um comunicado, que acompanha um relatório de 83 páginas.

"As autoridades israelenses dizem que querem complicar a vida dos 'infiltrados' a ponto de terem que abandonar Israel, para depois dizer que o povo está voltando para casa por sua própria vontade", afirma o autor do relatório, Gerry Simpson.
 
De volta aos seus países, "alguns destes imigrantes sudaneses foram torturados, submetidos a detenções arbitrárias e perseguidos por traição, por terem colocado os pés em Israel", destaca a organização de defesa dos direitos humanos em seu relatório.

As organizações de defesa dos direitos humanos criticaram muitas vezes Israel por sua política de imigração e pelo tratamento reservado aos demandantes africanos de asilo.

Em particular, criticaram muito o centro de Holot, em pleno deserto do Neguev (sul), onde estes imigrantes podem ficar detidos por até um ano sem nenhum processo.
No ano passado, as autoridades israelenses lançaram uma campanha de repressão, expulsando 3.920 imigrantes ilegais. Ao mesmo tempo, construíram uma barreira de alta tecnologia em sua fronteira com o Egito, por onde entram estes imigrantes africanos.

Um porta-voz do ministério israelense do Interior disse em um comunicado que o Estado judeu "atua de forma equilibrada" e afirmou que "esta política está dando resultado, já que em 2014 houve o triplo de partidas voluntárias em comparação com 2013".

Ebola

 
A epidemia do vírus Ebola ameaça a existência da Libéria, disse seu ministro da Defesa, Brownie Samukai, em discurso nas Nações Unidas, no momento em que a ONU define sua estratégia para combater este vírus mortal.
"A Libéria enfrenta uma séria ameaça a sua existência nacional", disse o ministro Samukai ao Conselho de Segurança da ONU.
Libéria, o país mais afetado pelo Ebola, já registrou 1.200 óbitos, mais da metade dos 2.288 mortos pela atual epidemia na África Ocidental.
 

A doença agora "está se propagando como um incêndio fora de controle, devorando tudo em seu caminho". A embaixadora americana nas Nações Unidas, Samantha Power, advertiu que é preciso fazer mais para deter a propagação do vírus.

Tráfico de pele motiva caça a albinos na África


É crescente na Tanzânia o número de ataques a albinos desde agosto deste ano. A prática violenta é fruto de uma relação entre preconceito e magia negra. Isso porque existe no país um intenso mercado negro de tráfico de pele albina, motivado principalmente pela crença de que partes do corpo de pessoas com albinismo possuem benefícios místicos e mágicos.

Dois casos específicos chamaram mais atenção. Três homens armados com facões arrancaram o braço de uma garota albina de apenas 15 anos. A família não teve reação, pois foi ameaçada de morte. Entre os três estava um curandeiro local que informou que o braço valeria até US$ 600 no mercado negro. Já no dia 14, um jovem albino foi encontrado totalmente mutilado, com boa parte de sua pele removida do torso.
 
Na África Subsaariana existe uma crença significativa em bruxaria, que geralmente envolve partes de corpos humanos. Esse é o caso na região há muito tempo, bem antes da colonização. É parte de uma prática cultural, histórica e espiritual profundamente arraigada. Esses curandeiros são influentes há muito tempo nas comunidades, mas agora eles querem ganhar dinheiro, não apenas ser profissionais idosos e respeitados", afirmou Peter Ash, chefe de um grupo de direitos albinos, à Vice.

O que podemos fazer? Nossas crianças não fazem outra coisa a não ser mexer no célula!