Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

30 de jul. de 2022

"Liberdade para ASSANGE"


 

O Bozo

 

El presidente brasileño, Jair Bolsonaro, afirmó este martes que la muerte "es el destino de todo el mundo" al ser interrogado sobre el mensaje que le enviaría a los familiares de las víctimas de la COVID-19 en Brasil, y en el día en que el país registró un récord de fallecimientos por la pandemia.

Su declaración se produjo en momentos en que el país latinoamericano registra un nuevo máximo de fallecimientos diarios por covid-19

27 de jul. de 2022

Deputada federal ( PCdoB / Rio de Janeiro) JANDIRA FEGHALI

Parlamentar é conhecida por leis emblemáticas como a Maria da Penha e a Aldir Blanc.



Foto: Alcir Aglio / Diário de Petrópolis

Roberto Jones – especial para o Diário

Na última sexta-feira (22), a deputada federal e pré-candidata à reeleição para o cargo, Jandira Feghali (PCdoB), esteve em Petrópolis para debater sobre a democratização da educação e da cultura. Na passagem da parlamentar pela cidade, Jandira visitou a redação do Diário, onde comentou sobre sua carreira política, luta feminista, educação, cultura, saúde, polarização e violência política, além das expectativas para as Eleições 2022.

Apesar de já ter sido reeleita para vários mandatos, Jandira relata não se sentir segura quanto ao número de votos, mas que está mais segura para a política. “A experiência e a maturidade no processo político me dá mais segurança para enfrentar essa luta. Mas toda eleição é diferente, nunca temos certeza, porque quem decide é o eleitor. Como não tenho base geográfica e sou uma candidata de opinião, as pessoas votam em cima da minha luta, das minhas entregas e das minhas leis. O que dificulta mensurar o número de votos que vamos ter”, analisa.

A decisão para a parlamentar se candidatar novamente ao congresso veio, segundo ela, depois de tantos avanços, de o Brasil ter desconstruído o papel do Estado, das políticas públicas e dos valores. “O Brasil é o único país do mundo que saiu do mapa da fome e voltou. No estado do Rio de Janeiro, o número de pessoas com fome absoluta aumentou 400%, e 60% dos lares está em insegurança alimentar. Me candidato para sustentar um projeto de retomada do Brasil. Espero conseguir fazer isso nos próximos quatro anos”, disse.

Polarização e violência política

As Eleições 2022 estão sendo marcadas pela polarização e a violência. Um caso recente foi o do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, assassinado por um apoiador de Bolsonaro. Outro caso aconteceu com a própria Jandira durante uma caminhada com apoiadores do deputado federal Marcelo Freixo (PSB). “Na medida em que ele – Bolsonaro – incita a agressão e a violência, as pessoas dele nas ruas estão cumprindo isso. Essa violência política tem que acabar. Estamos reagindo no jurídico e na política e não vamos sair das ruas. É importante denunciar as violências, as pessoas não podem se intimidar”.

Vacinação salva vidas

Jandira também é médica e já passou pela direção do Sindicato dos Médicos. Ela ressalta a importância da vacinação contra a covid-19, principalmente no atual momento de estagnação e desigualdade na cobertura entre os estados. “Mais de 80% dos que estão morrendo são não vacinados e os outros são por comorbidade. Quem tomou todas as doses não está morrendo de covid. A vacinação salva vidas e precisamos que todos tomem as doses de reforço”, recomenda.

A parlamentar reforça ainda o papel do SUS durante a pandemia. “Devemos defender o SUS e fazer com que ele funcione melhor. É esse sistema que aplicou as vacinas e que está salvando vidas. É um serviço pago por meio dos impostos, não é gratuita, mas é pública, todos têm o direito de usar, e o Estado tem a obrigação de fornecer esse serviço”, comentou.

Acesso a educação

Um dos debates realizados por Jandira em Petrópolis foi sobre educação e democracia. Para ela, há um grande problema na educação no Brasil, que começa desde a educação infantil, onde há um déficit de vagas, e se estende ao ensino fundamental e médio com a falta de acesso ao conhecimento, que transparece o contraste entre a educação pública e privada. “Isso acontece pela estrutura e pela desigualdade econômica entre os alunos, que muitas vezes não têm computador ou livros para manter o aprendizado no mesmo nível dos alunos que têm essa estrutura. Essa democratização do ensino não é igual para todo mundo”, disse Jandira, e ressaltou a importância das ações afirmativas para esses alunos ingressarem no ensino superior.

Incentivo a cultura

Durante a pandemia, a deputada foi responsável pela aprovação da lei emergencial Aldir Blanc, que liberou R$ 3 bilhões para o setor da cultura no primeiro ano da pandemia, alcançando 4.700 municípios. “Foi demandada uma lei permanente, aprovada e em vigor, e agora, a cada ano, serão R$ 3 bilhões para a área da cultura. É importante ressaltar que a cultura brasileira precisa de recursos. Ela tem uma dimensão social, mas também há uma dimensão econômica. A cultura representa 5% do PIB e, registrado formalmente, há 6 milhões de trabalhadores diretos, mas vai muito além disso”, explicou.

Luta feminista

Relatora da Lei Maria da Penha e autora da lei de garantia da prótese mamária no momento da retirada do seio em caso de câncer, Jandira tem grande ligação com a luta feminista. “Sinto muito orgulho da Lei Maria da Penha, que traz muitos benefícios. Fora o debate constante da luta antirracista, contra a LGBTQIA+fobia, e da luta permanente pelo feminismo no Brasil. Sabemos que a pobreza e a fome têm endereço, cor e gênero. O racismo e o machismo são marcas muito fortes no Brasil, e que a gente precisa enfrentar junto com a opressão de classe. A luta antirracista e de gênero não são movimentos sociais, são lutas que devem ser integradas a luta contra a opressão”, finalizou.