Ato de leitura da carta às brasileiras e brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direto Imagem: Roberto Casimiro /Fotoarena/Estadão Conteúdo.
Documentos são vistas como uma resposta ao
movimento golpista contra o processo
eleitoral no país, em especial contra as urnas eletrônicas.
A "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de direito", organizada por juristas foi lida no começo da tarde de ontem (11 de agosto) em evento organizado pela Faculdade de Direito da USP.
Juristas, empresários, advogados, artistas, candidatos à Presidência, ex-ministros do STF, membros do Ministério Público e dos Tribunais de Contas e mais de 1 milhão de brasileiros já assinaram.
O documento está disponível AQUI:
..... .....
Manifesto para leitura de carta em defesa da democracia lota Salão Nobre do auditório da Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo Imagem: Simon Plestenjak/UOL.
O manifesto "Em defesa da Democracida e da Justiça", articulado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e publicado semana passada nos principais jornais do país, também foi lido ontem (11) pela manhã no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo). Assinado por mais de 100 entidades e movimentos, incluindo Febraban (Federação Brasileira de Bancos), OAB-SP, Greenpeace, WWF e as universidades USP, Unicamp, Unesp e PUC-SP, o manifesto sai em defesa do respeito ao voto popular durante as eleições e da harmonia entre os três poderes (Executivo Legislativo e Judiciário)
.... ....
"Queremos eleições livres e tranquilas, um processo eleitoral sem fake news, pós-verdades ou intimidações. Estamos voltados a impedir retrocessos. Espero que essa mobilização nos coloque novamente no caminho correto na discussão do futuro de São Paulo e do Brasil", disse Carlos Gilberto Carlotti Júnior, reitor da USP.
"Nós não temos um caminho, que não o da liberdade, da democracia e da Justiça. É por isso que estamos aqui. Toda a nossa coragem tem que ficar concentrada em salvar o que foi conquistado, que é a base do nosso futuro", discursou Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central.
Antes da leitura, o professor Celso Campilongo, diretor da faculdade, afirmou que a o país segue com ameaças ao processo eleitoral, "nesse momento em que deveríamos estar vivendo apenas a festa da democracia". Segundo ressaltou, a competência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é inquestionável.
"A competência é exclusiva do TSE, o resto é gente sem competência jurídica e sem competência moral para se intrometer no processo eleitoral brasileiro", salientou, acrescentando que "a única força que pode dizer algo sobre o processo eleitoral brasileiro, é a força do eleitor, é a força do brasileiro — e ninguém mais".