Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

15 de ago. de 2019

Crianças do Complexo de Favelas da Maré descrevem horror da vida sob fogo cruzado em mais de 1.500 cartas enviadas para a Justiça do Rio, que restabelece regras mínimas para operações policiais no local. Seis jovens morrem nos últimos cinco dias em outras comunidades fluminenses










Foi aprovado hoje (terça-feira, 14) na ALESP o projeto de lei de autoria da conhecida golpista e extrema-direitista Janaína Paschoal,
do PSL, que altera a regulamentação para autorização de partos por cesariana em São Paulo. O projeto pode ser considerado um grande ataque à saúde das mulheres, pois permite a realização de cesáreas sem necessidade de recomendação médica, além de abrir espaço para que médicos se recusem a aceitar os planos de partos de pacientes, podendo induzir a realização de cesáreas e procedimentos cirúrgicos por interesses lucrativos.

por William Nozaki


A existência de uma cultura política fraca e de instituições políticas pouco sólidas, criando um clima muito favorável para a
desqualificação e a criminalização da política em geral e para a construção de uma opinião pública muito suscetível ao moralismo e desejosa menos de justiça e mais de justiçamentos e linchamentos.

"Margaridas na Luta por um Brasil com Soberania Popular, Democracia, Justiça, Igualdade e Livre de Violência".

BRASÍLIA


Marcha das Margaridas termina com demonstração de força e união de 100 mil camponesas

Maior mobilização de trabalhadoras rurais da América Latina evidencia a força das mulheres contra os retrocessos


Foi com brilho nos olhos que agricultoras de 45 anos, chegou a Brasília (DF) esta semana para participar da Marcha das Margaridas 2019. A mobilização reuniu mais de 100 mil mulheres camponesas e foi encerrada nesta quarta-feira (14), com um grande ato que tomou as ruas da capital. A comemoração reuniu caravanas de todas as regiões do país e representantes de cerca de 25 países de diferentes continentes, num verdadeiro mosaico de forças populares. Também se somaram à multidão artistas, deputados federais, senadores e outros parceiros políticos.

“O novo vem do povo, vem do poder popular, desse povo que é mulher. É por todas que vieram antes de nós, Luizas, Dandaras, Marielles, Margaridas, e por uma geração que será livre. Só pararemos de marchar quando todas forem livres”, bradou a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ).



A marcha, que ocorre a cada quatro anos, reúne, tradicionalmente, mulheres do campo,
da floresta e das águas. Nesta edição, o evento contou com um reforço especial das participantes da 1ª Marcha das Mulheres Indígenas






O evento trouxe como debate político uma plataforma que reforça a luta por direitos, como a defesa dos serviços de saúde e educação públicas, o combate à violência contra a mulher, a preservação da Previdência social, entre outros. Nesse sentido, a marcha é também uma forma de compartilhar anseios comuns e reforçar o horizonte da luta popular.


A maranhense foi uma das cerca de 30 mil pessoas que se aglutinaram na noite de terça (13) no Parque da Cidade para celebrar a abertura oficial do evento, que aconteceu sob o lema "Margaridas na Luta por um Brasil com Soberania Popular, Democracia, Justiça, Igualdade e Livre de Violência"
Vinda do interior do Maranhão, Anecy ela viajou durante mais de dois dias, enfrentou problemas na estrada e o cansaço físico para participar do evento, que é um símbolo da luta popular no Brasil.


Cristiane Sampaio
Brasil de Fato

12 de ago. de 2019


“Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que o
cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça”.


Em nossa cidade a grande preocupação é com crianças e adolescentes ausentes na sala de aula. Estamos vendo que o buraco é mais em cima


Mais da metade da Câmara já teve desconto no salário por ausência; valor total chega a R$ 1,2 milhão

Levantamento indica que 51,2% dos deputados tiveram abatimento no salário por falta em sessões deliberativas no primeiro semestre legislativo. Dados foram obtidos pelo G1 por meio da Lei de Acesso à Informação da Câmara dos Deputados.
Por Gabriela Caesar, G1
11/08/2019 15h07 Atualizado há 20 horas


Três doses de



‘vitamina de cultura’ 
para pacientes 
com depressão


Na primeira dose um olhar sofrido.
Na segunda dose um pingo de atenção.
Na terceira dose já se percebe a alegria.
Daí pra frente é só viver a magia.  




Balancinhos



Não aprendem nada
Vão fazendo
Aqui ali e lá

E não sabemos nada
Sobre parar o trem agora.

É a leveza que se supera
Um bem que a gente faz
O equilíbrio no balancinho
Sobre as ideias infernais.

11 de ago. de 2019

INDONÉSIA por admin


Com um olhar diferenciado, muita pureza e magia, o fotógrafo autodidata Herman Damar retrata o cotidiano das pessoas que se situam nos vilarejos ao redor de Jacarta, a capital indonésia.

Na série de fotos, ele estampa a simplicidade em que seus habitantes vivem, com muita graça, focando nas atividades e brincadeiras das crianças, que se divertem com a natureza, sem gadgets ou tecnologias.

Com sorrisos estampados no rosto, eles se divertem nos riachos e no mar, além de aprenderem a caçar e pescar desde cedo, vivendo rusticamente e fazendo com que atividades do dia a dia fiquem cada vez mais divertidas.




Em minha cidade existia dois cinemas. Um virou "Casa do produtor rural", o outro "Salão de festas da matriz". Mas seria ótimo parar e olhar parar um cartaz assim, não é?
















[CINEMA]

 MOSTRA ESPECIAL
 HARRY POTTER
 21 ANOS
 
 HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO 

(LEG) 26.10 ÀS 14:00


Entrada:​ gratuita | Classificação Indicativa: 12 anos | Legendado
Direção:​ Mike Newell | Fantasia | EUA, Reino Unido | 2005 | 2h 35min

Sinopse: Em seu 4º ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Harry Potter (Daniel Radcliffe) é misteriosamente selecionado para participar do Torneio Tribruxo, uma competição internacional em que precisará enfrentar alunos mais velhos e experientes de Hogwards e também de outras escolas de magia. Além disso a aparição da marca negra de Voldemort (Ralph Fiennes) ao término da Copa do Mundo de Quadribol põe a comunidade de bruxos em pânico, já que sinaliza que o temido bruxo está prestes a retornar.
(Se isso ali for uma arminha, isso não vai ter não.)

roubo-no-paraguai-envolve-psl-de.bosonaro

Por Altamiro Borges

O sofrido Paraguai – segundo país da América Latina, depois de Honduras e antes do Brasil, a sofrer um golpe parlamentar-judicial-midiático – segue sob forte tensão. Na semana passada, o presidente Abdo Benitez quase foi deposto. Nas ruas de Assunção, milhares de populares gritaram “Itaipu não se vende, se defende”, criticaram um criminoso acordo firmado com o Brasil sobre a hidrelétrica binacional e exigiram o impeachment do governante ultradireitista e trambiqueiro. Ele só não caiu porque recuou na negociata, que teve o envolvimento direto de um lobista do PSL de Jair Bolsonaro, conforme denúncias dos jornais paraguaios “ABC Collor” e “Última Hora”.

Mídia abafa escândalo de Itaipu



                           lendo                                                                
                                                                                                   olha no que deu.

De Waldick para Jair:      renunciar seria a solução
Em: 19 de Maio de 2019




Do: cantor Waldick Soriano, psicografado pelo Taquiprati

Ao: Exmo. Sr. Presidente da República Jair Messias Bolsonaro

Saudações,

Escrevo esta carta, mas não repare os senões, para dizer o que sinto em relação à sua visita a Dallas, Texas, aonde recebeu merecido prêmio da Câmara de Comércio Americana-Brasileira por haver prestado valiosos serviços ao capital comercial (bota valioso nisso). No entanto, não fiquei orgulhoso com sua performance nos EUA. Afinal, Jair – posso te chamar amigavelmente de Jair? - você representa o Brasil, queiramos ou não. A imagem de todos nós brasileiros, vivos e mortos, fica arranhada, se seu presidente adota postura subserviente. Ninguém aprecia um capacho lambe-botas de gringo. É O Brasil acima de tudo ou América first?

Tudo bem, a gente puxa saco de quem admira, mas não precisava exagerar, especialmente depois de ser considerado persona non grata pela cidade de Nova York, com o chega-pra-lá do prefeito Bill de Blasio e de ter sido esnobado pelo prefeito de Dallas, Mike Rawlings, que se recusou a lhe dar as boas-vindas. Os motivos alegados, todos eles procedentes, são de que você agride a floresta, os LGBTs, as mulheres, os negros, os índios e - faltou acrescentar - a inteligência de todos nós. Por falar nisso, sei que museu não é sua
praia, mas se tivesse visitado o Caddo Nation Heritage Museum ao norte de Dallas, você teria uma lição de respeito à diversidade. 

O revide que você deu ao ser humilhado pelos dois prefeitos americanos foi atacar a nós, brasileiros, classificando de “idiotas úteis que não têm nada na cabeça e não sabem sequer a fórmula da água” a mais de um milhão de manifestantes que protestavam nesta quarta (15), em 221 cidades brasileiras, contra os cortes de verba na educação. Lá havia eleitores seus, agora arrependidos. Ofendê-los e desqualificá-los não é compatível com a função presidencial, ainda mais proferida dentro de território estrangeiro, para onde foi com despesas pagas por nós contribuintes. Você nos tratou como cães pirentos sem dono, sequer como o tratamento dado a seus cães em Angra dos Reis, quando pagou com dinheiro público uma cuidadora. 

I’m not dog no

Sei do que falo. Fui lavrador, garimpeiro, motorista de ônibus, faxineiro, antes de gravar mais de 500 músicas em 84 discos, como registra o documentário “Waldick sempre no meu coração” dirigido magistralmente por Patrícia Pillar. Fiz a música “Eu não sou cachorro, não / pra viver tão humilhado”. Isso transparecia no grito dos manifestantes nas ruas das cidades brasileiras, uma bela resposta às suas ofensas. Ou, para você entender, I’m not dog no”, como cantou o Falcão, talkei?

Jair, o bloqueio de R$ 7,4 bilhões feitos pelo MEC inviabiliza ações que vão da educação infantil à pós-graduação. As universidades públicas viram cortados R$ 2 bilhões sob a alegação alucinada do
ministro Abraham Weintraub de que não financiaria “centros de balbúrdia e de orgias sexuais”. Os manifestantes, que saíram às ruas para lutar contra o corte ideológico, estão defendendo legitimamente o Brasil contra o atraso, a barbárie e a burrice triunfante. Lutam por uma educação de qualidade. Acendem uma luz de esperança nos destinos do país.

Talvez seja ainda cedo para avaliar os resultados desse movimento para o qual – sejamos justos – você muito contribuiu, quando acendeu o fósforo sobre a gasolina derramada por seu ministro da Educação. Quem não sabe a fórmula para apagar o fogo é você, Jair. A UNE já convocou novo megaprotesto nacional para o próximo dia 30. Senti que agora você está com o pescoço francês na mão, Jair, atingido pelas manifestações que coincidem com a quebra do sigilo bancário e fiscal de seu filho e assessores. As investigações de seus familiares já alteraram ligeiramente o seu discurso fanfarrão. A palavra “impeachment” começa a ser ventilada.

Ah, antes que eu me esqueça, alguns membros de sua comitiva mencionaram nas redes sociais que estavam em Dallas, capital do Texas. O Bebeto, amigo da minha neta de oito anos, nos deslumbra nas reuniões familiares respondendo os nomes das capitais de qualquer país, inclusive Katmandu no Nepal. Ele esclarece que a
capital do Texas é Austin e não Dallas. De leve. Bebeto conhece a fórmula da água.

Museu Caddo

Sua comitiva, Jair, alem de ignorar tais detalhe, não sabe, não quer saber e odeia quem sabe da existência, em Binger, Oaklahoma, do Museu do Patrimônio da Nação Caddo, inaugurado em 2001. Os Caddo, que ocupavam extenso território no qual cultivavam muitas variedades de milho, moravam em casas de grama feitas com moldura de madeira, com mais de 40 metros de altura, construídas por seus geniais arquitetos. Quase foram exterminados pelos caubóis que lhes roubaram as terras num cruel bang-bang. Hoje com 5.757 pessoas, formam confederação autônoma de várias etnias, reconhecida pela Lei de Oklahoma, que legitimou o governo e até a Constituição da nação Caddo.

O Museu tem um acervo de mais de 15 mil peças, incluindo fotos e obras de arte contemporânea, além de biblioteca de referência com mapas, manuscritos, gravações de áudio na língua Caddo, vídeos de músicas, danças. Mantém exposição permanente de prata tradicional e cerâmica, com exibição dos princípios que regem sua cultura, um dos quais defende que devemos “tratar a terra e todos que a habitam com respeito”, muito similar à filosofia dos
indígenas no Brasil. Isso é civilização, Jair, é o que você quer exterminar quando afirma que vai rever as demarcações das terras indígenas. Você devia seguir o exemplo dos Caddo e não do Trump e do velho Oeste.

Cito os Caddo aqui pela lição que eles podem nos dar de humanidade, de solidariedade, de justiça, de convivência fraterna com as pessoas, os animais, as árvores, os rios, mas por duas outras razões:

1) O Museu possui uma foto de 1902 da senhora Whitebread, mulher do cacique Caddo, que parece a “mãe gêmea” do Dauá Puri, liderança hoje dos índios Puri, no Vale do Paraíba (RJ), amigo do psicógrafo que quer aqui homenageá-lo;

2) a exigência de quem psicografou que vê índio por todos os lados e se amarra em museus.

Dor de barriga

Jair, na minha infância eu costumava jogar bola em torneios no campinho do Seminário São José em Caetité, na Bahia. Lá, quando um jogador era muito ruim e fazia no campo o que você está fazendo no Palácio do Planalto, o técnico, que era o padre Diretor, aos berros, o retirava de campo, chamando-o de “pé-murcho”. Para evitar tanta humilhação, a arquibancada se antecipava gritando:

- Finge que está com dor de barriga, pede pra cagar e sai.

Essa era a fórmula para indicar saída menos desonrosa. Foi assim que o Collor de Mello fez, em 1992, pressionado pelos caras-pintadas que ganharam as ruas e pelo processo de corrupção ao qual respondia.

Hoje, o maior problema do Brasil chama-se Capitão Jair, maior que o corte de verbas, o aumento do desemprego, a queda do PIB, o caos na educação, na saúde, na segurança e na questão ambiental,
que se agravam por sua incompetência. Os jornais deste sábado reproduzem um texto seu no WhatsApp, no qual reconhece que o país é ingovernável. Ingovernável por você, capitão, que não é um estadista. O estadista foi preso para não poder concorrer às eleições, e quem o prendeu ganhou, em agradecimento, o Ministério da Justiça e a promessa de nomeação para ministro do STF.

Você, que representa a derrota da inteligência, nos mata de vergonha. Por isso, com todo respeito, usando linguagem menos chula do que a sua e do seu guru Olavo de Carvalho a quem condecorou, o povo brasileiro nas ruas pede que você declare estar com diarreia mental e exige:
- Jair, pede pra cagar e sai.

Se achar o termo vulgar, siga, então, o conselho mais refinado que dou na minha música “A Carta”:

- Renunciaaaar, seria a solução.




Waldick Soriano - A Carta (1964