O primeiro
ministro da Justiça do Brasil era corrupto.
O governador – geral
Tomé de Souza, nomeado pelo rei de Portugal, desembarcou em Salvador
em 1549, instalando a primeira capital do Brasil.
Os dois
principais colaboradores do nascente poder colonial eram
fidalgos portugueses com prestígio na corte de Lisboa.
O primeiro, Antônio
Cardoso de Barros, “Provedor-mor”, responsável pela arrecadação de
impostos.
O segundo, Pero
Borges, “Ouvidor-mor”, administrava a justiça.
Roubaram muito,
ficaram riquíssimos.
Pero
Borges, não veio por vontade própria.
Havia sido condenado
pela justiça portuguesa por ato de corrupção.
Motivo:
administrador da obra, desviara parte do dinheiro destinado à construção
do aqueduto de Mafra, cidade próxima a Lisboa.
Ao invés da prisão,
as relações familiares de prestígio na Casa Real negociaram sua vinda ao
Brasil.
Antônio Cardoso de
Barros seria o administrador das finanças públicas e gestor da
economia.
Sua missão: arranjar
recursos para a construção da cidade de Salvador e áreas do Recôncavo
baiano.
Era de fato o
ministro da Fazenda, tributando com rigor os poucos engenhos de açúcar
existentes.
Partes dos recursos
eram incorporadas ao seu patrimônio pessoal.
Ficou milionário,
tornando-se proprietário de engenhos açucareiros, acumulando poder e
fortuna.
Era o tiro de
largada na “roubalheira” do patrimônio público no Brasil.