Nigel Amon - Cubisme Africain

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3 de set. de 2015

A origem da corrupção no Brasil - por Sebastião Nery

O primeiro ministro da Justiça do Brasil era corrupto.

O governador – geral Tomé de Souza, nomeado pelo rei de Portugal, desembarcou em Salvador em 1549, instalando a primeira capital do Brasil. 

Os dois principais colaboradores do nascente poder colonial eram fidalgos portugueses com prestígio na corte de Lisboa.

O primeiro, Antônio Cardoso de Barros, “Provedor-mor”, responsável pela arrecadação de impostos.

O segundo, Pero Borges, “Ouvidor-mor”, administrava a justiça.
Roubaram muito, ficaram riquíssimos.

Pero Borges, não veio por vontade própria. 
Havia sido condenado pela justiça portuguesa por ato de corrupção. 
Motivo: administrador da obra, desviara parte do dinheiro destinado à construção do aqueduto de Mafra, cidade próxima a Lisboa. 
Ao invés da prisão, as relações familiares de prestígio na Casa Real negociaram sua vinda ao Brasil.

Antônio Cardoso de Barros seria o administrador das finanças públicas e gestor da economia. 
Sua missão: arranjar recursos para a construção da cidade de Salvador e áreas do Recôncavo baiano. 
Era de fato o ministro da Fazenda, tributando com rigor os poucos engenhos de açúcar existentes.

Partes dos recursos eram incorporadas ao seu patrimônio pessoal.
Ficou milionário, tornando-se proprietário de engenhos açucareiros, acumulando poder e fortuna.
Era o tiro de largada na “roubalheira” do patrimônio público no Brasil.

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