Sinto cheiro de vida. Morrem as pessoas e
ficam as paredes, e podem contar como estas pessoas viveram, o que faziam e como
se organizavam. Não podemos ressuscitar nossos mortos, mas podemos “conhecer os
acertos e erros cometidos no passado”, e errar menos no presente. Presente
este, uma realidade ainda bastante lamentável.
1 de fev. de 2015
Sei que ainda sou uma garotinha
Estreia, em circuito nacional o
documentário Cássia, do diretor Paulo Henrique Fontenelle o
mesmo que fez filme “Loki” sobre o fundador dos Mutantes, o
guitarrista Arnaldo Baptista. Após a exibição no Festival de Cinema
do Rio, o ano passado, onde Cássia provocou risos e lágrimas em
sessões esgotadas, o grande público agora terá a oportunidade conhecer ou rever
situações não apenas do lado amalucado de um sapatão que berra e cospe no chão,
mas o seu lado doce de uma mulher sensível, mãe, companheira, irmã.
Para isto, o diretor contou com a
cumplicidade de sua companheira por 14 anos, Eugênia Martins, que abriu seus
arquivos pessoais e seu coração para falar de Cássia Eller, confiando no
tratamento honesto que seria dado a figura maravilhosa de uma cantora original
e única. Nada foi escondido, como o sensacionalismo da imprensa quanto a sua
possível morte vítima de drogas, o que nunca foi comprovado. Fato que tanto
incomoda a sua família e que é uma incógnita para o próprio Paulo
Fontenelle que teve acesso a informações nunca disponíveis ao
público.
A imagem de Cássia sempre
despertará admiração de muitos, principalmente pela precocidade de sua morte e
pelo caráter transgressor de sua carreira diante da caretice
institucionalizada. É esperar pra ver. por Bazo Borges
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