Por Rede Brasil
Atual
Transcorreu sem incidentes
o protesto intitulado “Ato em defesa da democracia – A saída é pela esquerda”,
que teve início no Largo da Batata, em Pinheiros, região oeste da capital
paulista, por volta das 18h, e foi encerrado na sede da Rede Globo. Trinta mil
pessoas, segundo os organizadores – 17 mil pelos cálculos de policiais ouvidos
pelo jornal O Estado de S. Paulo – bradaram palavras de ordem contra a
emissora, acusada pelo movimento de “apoiar um golpe contra a democracia no
país”.
Por volta das 18h40,
o grupo começou a marchar pela Avenida Faria Lima em direção à zona sul da
capital paulista. Eles passaram pelas avenidas Juscelino Kubitschek e
Engenheiro Luís Carlos Berrini. Às 20h45 os manifestantes entraram na Avenida
Chucri Zaidan e chegaram em frente à sede da TV Globo. “Chegamos ao final da
marcha no local que é o símbolo de um golpe que está sendo arquitetado no
país”, disse um dos organizadores do ato.
O presidente
nacional do PT, Rui Falcão, que participa do protesto, destacou que “muita
gente de vários setores sociais estão lutando contra o golpe”. “O impeachment
significa um retrocesso, a imposição de uma pauta neoliberal, com a
precarização do trabalho, arrocho. Não haverá estabilidade com impeachment”,
afirmou.
Falcão defendeu que
o Supremo Tribunal Federal retire a suspensão da nomeação do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. “Lula é ficha limpa, portanto
não há nenhuma razão para ele não ser ministro”, disse.
O líder do Movimento
dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que o objetivo do
protesto é “deter uma ameaça à democracia e às garantias constitucionais”.
“Importante dizer que não estamos aqui para defender governo algum”, discursou.
A cartunista Laerte
Coutinho, presente entre os manifestantes disse ao Estado que “a importância
desse movimento é que as pessoas entendam que elas não estão sozinhas. Às
vezes, nas redes sociais, quem pensa diferente pode achar que está sozinho.
Não, agora, com essa manifestação quem está contra o golpe vai poder encontrar
os seus iguais”.
O deputado federal
Ivan Valente (Psol-SP) afirmou: “Estamos aqui para defender os direitos dos
trabalhadores e contra o ajuste fiscal. O processo de impeachment está sendo
tocado por um delinquente que deveria estar preso: Eduardo Cunha”.
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