A
índia acreana Maria Lucimar Pereira é a mulher mais velha do mundo. Nascida no
dia 3 de setembro de 1890, a longeva senhora, que foi batizada na medicina
tradicional da floresta, tem 124 anos de idade. De acordo com parentes, Lucimar
é viúva, teve 10 filhos (apenas três vivos) e 22 netos. Apesar de conhecer a
“língua do branco”, ela se expressa na língua Hã Txá Kui, troco linguístico
Pano. “A dona Lucimar simboliza a resistência”, assim concebe o coordenador do
Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Lindomar Padilha.
A
matriarca pertence ao povo Huni Kui (Kaxinawá) e vive na aldeia Henê Nixia
Namakia (terra indígena do Médio Enviara), localizada no antigo Seringal Curralinho,
em Feijó. Segundo um de seus sobrinhos, Edvaldo Domingos Huni Kui, ela é
bem lúcida, cria galinhas, vai para o roçado, carrega baldes d’água, mas é
tímida. Lucimar foi vítima da colonização seringalista conhecida como
‘Correria’, que consistia em capturar índios à força para eles extraírem
borracha.
O
XIII evento cultural da nação Huni Kui, que acontece entre 1º a 3 de setembro,
vai comemorar, entre outras atividades, os 125 anos da anciã. “O seu nome
verdadeiro é Parã Banu Bake Huni Kui”, destaca o neto Niwawá, que quer
fortalecer as práticas tradicionais das comunidades de seu povo. Na aldeia, que
ainda não teve suas terras demarcadas, vivem 32 famílias e 160 índios.
O
fato de Lucimar ser a mulher mais velha do mundo ainda não chegou ao conhecimento
dos editores do livro dos recordes, o Guinness Book. O título de pessoa mais
velha do mundo é atribuído à francesa Jeanne Calment (122
anos), já falecida. Recentemente morreu a japonesa Misao Okawa com 117
anos e 27 dias. Depois de se tornar a pessoa mais velha do mundo, faleceu Gertrude Weaver,
dos Estados Unidos,
com 116 anos e 319 dias. Atualmente, a pessoa mais velha do mundo é Jeralean
Talley, também dos Estados Unidos, com 115 anos e 361 dias. (Wikipédia)
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