Viver em Lisboa, nos dias que correm, é uma luta absurda. As
árvores que animavam os meus dias vão sendo abatidas ou tratadas com desmazelo; os
jardins onde guardo preciosas recordações degradam-se, estão entregues a gente
insensível, ignorante e sem vontade de aprender; nas ruas retiram a
harmoniosa calçada e nas paredes vandalizam e roubam os azulejos que ainda
restam; as instituições municipais são monstros devoradores que pura e
simplesmente não funcionam; os espectáculos são descartáveis e pobres,
confunde-se barulho com animação; as obras são megalómanas, superficiais e
destinam-se quase sempre aos que estão de passagem; as sugestões e
reivindicações dos moradores são hipocritamente ignoradas em nome de leis que
alguns fingem respeitar.
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