
Julga-me
a gente toda por perdido,
Vendo-me
tão entregue a meu cuidado,
Andar
sempre dos homens apartado
E dos
tratos humanos esquecido.
Mas eu,
que tenho o mundo conhecido,
E quase
que sobre ele ando dobrado,
Tenho
por baixo, rústico, enganado
Quem
não é com meu mal engrandecido.
Vá
revolvendo a terra, o mar e o vento,
Busque
riquezas, honras a outra gente,
Vencendo
ferro, fogo, frio e calma;
Que eu
só em humilde estado me contento
De
trazer esculpido eternamente
Vosso
fermoso gesto dentro na alma.
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