Nigel Amon - Cubisme Africain

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4 de mar. de 2016

Lula depõe na PF.

O depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da Polícia Federal (PF) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, terminou por volta das 11h30 desta sexta-feira, após mais de três horas de duração, e em seguida o ex-mandatário deixou o local de carro, rumo ao diretório nacional do PT, no centro da capital paulista.

O MPF e a PF encontraram indícios de que Lula teria recebido benefícios irregulares, como um apartamento triplex no Guarujá e reformas em um sítio em Atibaia que está no nome de pessoas próximas a ele, mas que está sob suspeita de ser, de fato, do ex-mandatário.


Além disso, a investigação tenta determinar se R$ 30 milhões recebidos pelo ex-presidente por palestras, através de seu instituto e de sua empresa LILS Palestras, são provenientes de desvios da Petrobras e se os serviços foram realmente prestados.

No início da tarde, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou um comunicado no qual classificou a condução coercitiva de Lula por parte da Polícia Federal como um "ataque à democracia e à Constituição".

Em vídeo divulgado em redes sociais, Falcão também pediu à militância do PT para se "mobilizar" em defesa de Lula.

"Convocamos a militância, neste momento grave em que se monta uma operação política, um espetáculo midiático em torno de Lula e de sua família, para que todos entrem em alerta e aguardem o fim de sua declaração", declarou.

Já a presidente Dilma Rousseff convocou os ministros da área política do governo para analisar a situação do ex-presidente.

Fontes oficiais disseram à Efe que participaram da reunião os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, da Secretaria da Comunicação Social, Edinho Silva, e da Justiça, Wellington Lima, assim como o titular da Advocacia-Geral da União (AGU) e ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

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