Michel Temer
assumiu a Presidência da República há quase um mês e meio, mas até agora poucos
institutos se preocuparam em aferir os ânimos dos eleitores após a demissão de
três ministros (com viés de alta), declarações dadas e desautorizadas por
auxiliares sobre cortes em direitos, vazamento de conchavos para barrar a Lava
Jato, e encontros na surdina do presidente interino com Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), deputado afastado nas funções e tornou réu em duas ações no Supremo
Tribunal Federal, uma delas por suspeitas de crimes como corrupção passiva e
lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras.
Uma das poucas
entidades que se dispôs a ouvir a opinião do eleitor é o instituto Ipsos, que
entre 2 e 13 de junho entrevistou 1.200 pessoas em 72 municípios brasileiros.
O resultado
mostra o dilema de boa parte dos senadores que daqui a dois meses deve decidir
quem governará o país pelos próximos dois anos e meio. Eles terão de escolher
entre uma presidenta afastada com alto índice de rejeição, governo mal avaliado
e ferido de morte pela Lava Jato contra um presidente interino com alto índice
de rejeição, governo mal avaliado e ferido de morte pela Lava Jato.
No
levantamento, 9 em cada 10 eleitores (89%) disseram considerar que o Brasil
está no rumo errado sob a gestão Temer. A avaliação é basicamente a mesma em
todas as classes sociais e tem alguma oscilação entre as regiões, mas a
rejeição é sempre superior a 80%.
O grosso da
opinião pública, essa que poucos estão dispostos a ouvir, pode mandar a fatura
já nas eleições municipais de outubro. O resto é com a História. (...)
Matheus Pichonelli 28 de junho de 2016 – Yahoo notícias - Leia mais: sem-argumento-das-pedaladas
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