Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

29 de jun. de 2016

Sem argumento das ‘pedaladas’, o que deve pesar na decisão dos senadores sobre o impeachment?















Michel Temer assumiu a Presidência da República há quase um mês e meio, mas até agora poucos institutos se preocuparam em aferir os ânimos dos eleitores após a demissão de três ministros (com viés de alta), declarações dadas e desautorizadas por auxiliares sobre cortes em direitos, vazamento de conchavos para barrar a Lava Jato, e encontros na surdina do presidente interino com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputado afastado nas funções e tornou réu em duas ações no Supremo Tribunal Federal, uma delas por suspeitas de crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras.

Uma das poucas entidades que se dispôs a ouvir a opinião do eleitor é o instituto Ipsos, que entre 2 e 13 de junho entrevistou 1.200 pessoas em 72 municípios brasileiros.

O resultado mostra o dilema de boa parte dos senadores que daqui a dois meses deve decidir quem governará o país pelos próximos dois anos e meio. Eles terão de escolher entre uma presidenta afastada com alto índice de rejeição, governo mal avaliado e ferido de morte pela Lava Jato contra um presidente interino com alto índice de rejeição, governo mal avaliado e ferido de morte pela Lava Jato.


No levantamento, 9 em cada 10 eleitores (89%) disseram considerar que o Brasil está no rumo errado sob a gestão Temer. A avaliação é basicamente a mesma em todas as classes sociais e tem alguma oscilação entre as regiões, mas a rejeição é sempre superior a 80%.

O grosso da opinião pública, essa que poucos estão dispostos a ouvir, pode mandar a fatura já nas eleições municipais de outubro. O resto é com a História. (...)

Matheus Pichonelli 28 de junho de 2016 – Yahoo notícias - Leia mais: sem-argumento-das-pedaladas

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