Nigel Amon - Cubisme Africain

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14 de out. de 2016

Entidades de juízes reforçam movimento contra PEC da maldade



Depois de o presidente Michel Temer ter atacado ações corporativas contra a proposta de emenda à Constituição que limita os gastos públicos, entidades de juízes divulgaram nota nesta segunda-feira (10/10) reiterando críticas ao texto.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, João Ricardo Costa, classificou a medida como “um atentado ao Judiciário e à sociedade brasileira”, que “fere a autonomia entre os Poderes”.

Para João Ricardo Costa, considera a PEC em processo de votação no Congresso “uma punição à sociedade, quando impõe aos cidadãos um regime fiscal severo com o intuito de pagar uma conta que é resultado da corrupção”.

“A origem da crise brasileira está no desvio de recursos públicos e sonegação de impostos. Empresários corruptores e políticos corrompidos, aqueles que desviaram recursos do Estado, que financiaram campanhas de forma indevida, são os reais causadores dessa crise pela qual o Brasil está atravessando”, afirma o presidente da AMB.

Ainda segundo Costa, “parte da classe empresarial que sonega impostos, frauda licitações e usa caixa dois deveria arcar com o custo dessa crise, e não a sociedade, não o serviço público, magistratura, Ministério Público, Polícia Federal, Defensoria Pública, entre outras categorias que serão altamente prejudicadas”.

 Por Luiz Orlando Carneiro do site Jota



PEC 241 tira bilhões da Saúde e da Educação para dar a banqueiros



A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira, 10, em primeiro turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que institui um teto de gastos por 20 anos. Em plena segunda-feira, dia de quórum reduzido no Legislativo, o governo conseguiu levar 366 deputados favoráveis à Casa, contra 111 votos contrários da oposição. Houve ainda duas abstenções.

Após a abertura do painel, houve comemoração entre os deputados governistas presentes no Plenário. "Ganhamos, ganhamos!", gritavam. A medida ainda terá de passar mais uma vez pelo crivo dos deputados, mas o governo já contabiliza nova vitória. O segundo turno está marcado para o próximo dia 24.

A (PEC) 241 e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257 vão congelar e desvincular os gastos públicos por 20 anos, retirar direitos e arrochar os salários dos servidores e acabar com os concursos públicos. O resultado é catastrófico: menos recursos à Saúde, à Educação e às demais áreas vitais que já sofrem com o sucateamento e o abandono.

As medidas foi elaborada agora. O objetivo é um só: continuar e aprofundar o ajuste fiscal imposto por Dilma e seguido por Temer, retirando bilhões dos serviços públicos para garantir o pagamento da dívida aos banqueiros.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira, 10, em primeiro turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que institui um teto de gastos por 20 anos. Em plena segunda-feira, dia de quórum reduzido no Legislativo, o governo conseguiu levar 366 deputados favoráveis à Casa, contra 111 votos contrários da oposição. Houve ainda duas abstenções.

Após a abertura do painel, houve comemoração entre os deputados governistas presentes no Plenário. "Ganhamos, ganhamos!", gritavam. A medida ainda terá de passar mais uma vez pelo crivo dos deputados, mas o governo já contabiliza nova vitória. O segundo turno está marcado para o próximo dia 24.

A (PEC) 241 e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257 vão congelar e desvincular os gastos públicos por 20 anos, retirar direitos e arrochar os salários dos servidores e acabar com os concursos públicos. O resultado é catastrófico: menos recursos à Saúde, à Educação e às demais áreas vitais que já sofrem com o sucateamento e o abandono.


                                     A PEC do teto dos gastos

Apelidada de PEC do teto dos gastos públicos, a PEC 241 vai impor um limite nas despesas do governo. Para isso, estabelece o que vem sendo chamado de Novo Regime Fiscal, cuja duração seria de 20 anos. Ela congela o limite dos gastos do governo ao que foi gasto no ano anterior mais a inflação.

Isso significa que os gastos dos próximos 20 anos serão o mesmo de 2016. Então, vai ficar tudo na mesmo, certo? Nada disso. Se os serviços públicos já estão caóticos hoje, imagine nos próximos anos.

O aumento e o envelhecimento da população, por exemplo, demandam mais recursos para Educação e Saúde, mesmo para que nos mantenhamos no patamar deplorável que estamos hoje. Com a PEC 241 e a desvinculação desses recursos ao mínimo constitucional, esses serviços entrarão em colapso. Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que, caso fosse adotada essa regra em 2003, a saúde teria perdido R$ 260 bilhões. Já a educação teria tido R$ 377 bilhões a menos.

A PEC 241 pode abrir ainda espaço para a revisão da regra atual de reajuste do salário mínimo, que já é bem ruim e garante o atual salário de fome de R$ 840 (atualmente, o mínimo é reajustado levando em consideração o crescimento do PIB de dois anos antes mais a inflação). Com isso, os benefícios da Seguridade, como aposentadorias e pensões, serão também afetados.
 


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