Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

30 de jan. de 2017

Eu sou ... Muito prazer!


Eu sou a Natália ... Sou e acabou!

Nunca pensei que dizer isso fosse tão libertador, mas é, acreditem. Talvez eu já tenha dito isso umas milhões de vezes ao apresentar-me para alguém e essas palavras tenham saído quase que automaticamente. E aí chega um dia em que essas mesmas palavras, pronunciadas dentro de outro contexto, tornam-se especiais, transformadoras. É assim que me senti ao fazer uma dinâmica em uma aula de biodanza onde repetia três vezes 'Eu sou Natália' dentro de uma roda: olhava para todos que me cercavam e dizia quem eu era, mesmo que não soubesse bem o que era ser Natália, eu precisava dizer para aquelas pessoas que EU sou a Natália e ouvir que elas eram a Maria, a Francisca. Não pedíamos que nos aceitássemos, apenas entravamos na roda e nos colocávamos ali sem esperar aprovação. Estou aqui, esta sou eu, prazer! Não sou você ao mesmo tempo que você não sou eu. Sejamos felizes assim. Por quanto tempo esse sistema vai continuar violando nossas subjetividades?  Por quanto tempo reproduziremos essa formação que só nos humilha, machuca e deprecia nossa identidade? Por quanto ouviremos que falamos errado, que nos expressamos mal e que não sabemos pensar? Que possamos aprender mais com nossas crianças, deixá-las serem. Pais, sejam exemplo, saibam amar o próximo (seus filhos) respeitando-os, aceitando-os deixando-os ser, mostrarem-se. Deixo aqui uma musiquinha bacana para refletir sobre o momento:

Cubo - Dazaranha


"O meu compromisso
Com a minha natureza
É de não ser igual

Nasci no meio de milhares de pinheiros
mas, eu saquei
Que sou uma goiabeira

Na geometria desse mundo
Me disseram que eu sou quadrado
Mas, eu sou triangular

E quem sabe circular"




Tornando os pensamentos realidade /Escrito por Natália Alencar/ 

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