Eu sou a Natália ... Sou e acabou!
Nunca pensei que dizer isso fosse tão
libertador, mas é, acreditem. Talvez eu já tenha dito isso umas milhões de
vezes ao apresentar-me para alguém e essas palavras tenham saído quase que
automaticamente. E aí chega um dia em que essas mesmas palavras, pronunciadas
dentro de outro contexto, tornam-se especiais, transformadoras. É assim que me
senti ao fazer uma dinâmica em uma aula de biodanza onde repetia três vezes 'Eu
sou Natália' dentro de uma roda: olhava para todos que me cercavam e dizia quem
eu era, mesmo que não soubesse bem o que era ser Natália, eu precisava dizer para
aquelas pessoas que EU sou a Natália e ouvir que elas eram a Maria, a
Francisca. Não pedíamos que nos aceitássemos, apenas entravamos na roda e nos
colocávamos ali sem esperar aprovação. Estou aqui, esta sou eu, prazer! Não sou
você ao mesmo tempo que você não sou eu. Sejamos felizes assim. Por quanto
tempo esse sistema vai continuar violando nossas subjetividades? Por quanto tempo reproduziremos essa formação
que só nos humilha, machuca e deprecia nossa identidade? Por quanto ouviremos
que falamos errado, que nos expressamos mal e que não sabemos pensar? Que
possamos aprender mais com nossas crianças, deixá-las serem. Pais, sejam
exemplo, saibam amar o próximo (seus filhos) respeitando-os, aceitando-os
deixando-os ser, mostrarem-se. Deixo aqui uma musiquinha bacana para refletir
sobre o momento:
Cubo - Dazaranha
"O meu compromisso
Com a minha natureza
É de não ser igual
Nasci no meio de milhares de pinheiros
mas, eu saquei
Que sou uma goiabeira
Na geometria desse mundo
Me disseram que eu sou quadrado
Mas, eu sou triangular
E quem sabe circular"
Tornando os pensamentos
realidade /Escrito por Natália Alencar/
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