Nigel Amon - Cubisme Africain

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30 de mai. de 2017

Coreia do Norte não quer seguir os passos de Saddam e Kadhafi



Coreia do Norte não iniciará unilateralmente uma guerra, afirmou à Sputnik o suíço Felix Abt, um dos primeiros empresários estrangeiros a investir neste país asiático.

“Coreia do Norte esteve observando de perto os acontecimentos no Iraque e na Líbia. Saddam e Gaddafi não tinham nada com que pudessem assustar o Ocidente para evitar a guerra contra eles. Por isso, as autoridades da Coreia do Norte não vão renunciar às armas nucleares para se assegurarem que não sofrerão o mesmo destino. Porém, não vão ser os primeiros a usar estas armas, porque isso, sem dúvida, significaria seu fim”, destacou Abt.

O empresário viveu e trabalhou na Coreia do Norte durante sete anos, de 2002 a 2009, já contribuiu muito para os intercâmbios comerciais entre este país asiático e a Europa.


Em 2005, ele estabeleceu juntamente com seus sócios na Coreia do Norte a associação European Business Association, que se converteu em primeira câmara de comércio estrangeira presente no país asiático. Mais tarde, foi fundada a câmara chinesa.

Depois de terem sido ativadas as sanções ocidentais, a European Business Association cessou suas atividades na Coreia do Norte, enquanto a câmara chinesa continua funcionando.

Abt está muito preocupado que neste ano, depois da aprovação de uma proposta dos Estados Unidos, a ONU proíba a exportação dos produtos mais importantes da Coreia do Norte: o carvão, metais e minerais. “Se a China, o principal parceiro comercial da Coreia do Norte, aplicar plenamente o embargo, seguidamente a Coreia do Norte perderá de imediato praticamente todos seus ingressos em divisas”, afirma o especialista.

Sem divisas Pyongyang não será capaz de importar nada. “Isso será um golpe duro para a economia e para muitos cidadãos da Coreia do Norte que vivem das receitas do comércio de mercadorias importadas. Neste caso, o crescimento econômico dos últimos anos pode abrandar muito, e o resultado poderia ser uma grande fome como a dos anos 90”, concluiu o empresário.

fonte : © Sputnik/ Ilia Pitalev

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