Cravado no
tumultuado centro do Rio, há 180 anos o Real Gabinete Português de Leitura
guarda preciosidades da produção literária e histórica portuguesa.
Reúne obras raras
entre seus 350 mil livros, dentro de um prédio que chama a atenção pela beleza
e funciona como uma biblioteca pública.
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Salão central do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio... |
As obras que mais se
destacam são um exemplar da primeira edição de "Os Lusíadas",
clássico de Luís de Camões lançado em 1572 e que chegou ao Brasil pelas mãos
dos jesuítas, o "Dicionário da Língua Tupi", em versão escrita a mão
pelo poeta Gonçalves Dias em 1858, e uma peça de Machado de Assis feita
especialmente para o lançamento da pedra fundamental do prédio, que traz a
assinatura do escritor.
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"Dicionário da Língua Tupi", em versão escrita à mão pelo poeta Gonçalves Dias em 1858... |
Mas o
"xodó" do gabinete é outro. "Nossa joia da coroa é o manuscrito
de 'Amor de Perdição', de Camilo Castelo Branco. Ele o escreveu em 15 dias
quando estava preso no Porto. É único no mundo. Manuscrito de autor é raro. Tem
um e acabou", afirma a professora Gilda dos Santos, vice-presidente do
centro de estudos do gabinete.
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Manuscrito de "Amor de Perdição", de Camilo Castelo
Branco |
Há ainda na
instituição um inusitado suvenir do poeta português.
"Estudando
manuscritos, anos atrás, descobrimos a carta de um admirador que ganhou um
dente de presente da irmã de Camilo. Ele veio junto com a coleção que foi doada
por um admirador do escritor", explicou a professora. O item faz parte da
coleção, mas não está exposto ao público.
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