Uma
rápida leitura em um dos mais premiados jornais na internet, o El País, copiei três
das manchetes pra você ver o tamanho do buraco, criado por está luta pelo poder
que se desenrola no Brasil, que encolhe. Meirelles, o garoto capital
internacional que entrou no governo com o príncipe FHC, continua firme,
enquanto o Brazzil cresce..
Ajuste de Temer falha e rombo fiscal será 20 bilhões maior que previsto
Déficit maior nas
contas públicas é revés para equipe de Meirelles. Governo tentará aprovar no
Congresso congelamento de reajuste dos servidores
Foram dias de uma
arrastada novela fiscal, mas o Governo Temer não foi capaz de mudar seu triste final.
Pouco mais de um ano após assumir o poder pregando uma política de austeridade capaz de deter a
trajetória explosiva do rombo nas contas públicas, a equipe do
ministro Henrique Meirelles (Fazenda) anunciou nesta terça que a meta fiscal, a
estimativa feita pelo próprio Governo da diferença entre gasto e receita, será
alterada. Reconhecendo problemas com as previsões de arrecadação, em parte por
causa da lenta retomada econômica, e tentando corrigir concessões políticas
como o aumento a servidores federais maior do que a inflação – que agora será
congelado no ano que vem –, a equipe econômica disse que o déficit primário vai
saltar dos atuais 139 bilhões para 159 bilhões de reais. Meirelles destacou que
a queda da inflação também influenciou para baixo a arrecadação. A meta fiscal
de 2018 também foi revisada para R$ 159 bilhões. Pior: a equipe deixou de
prever superávit (receitas maior que a despesa) em 2020.
O plano da Câmara para perdoar 543 bilhões que empresários devem à União
Cifra proposta no
Refis, que renegocia débitos, é duas vezes maior que orçamento de São Paulo.
Medida Provisória
do tema deve ser votada nesta semana na Câmara em pleno "apagão
fiscal"
Para receber 500
milhões de reais no curto prazo, o Governo Michel Temer (PMDB)
pode abrir mão de arrecadar até 543,3 bilhões de reais em um período de três
anos. Assim é o programa de refinanciamento de dívidas com a União, batizado de
Novo Refis, que deve ser votado nessa semana na Câmara dos
Deputados. Apenas para efeito de comparação, o valor que deverá
deixar de entrar nos cofres da União é 2,6 vezes maior do que o orçamento anual
de São Paulo, o Estado mais rico do país.
Distritão, a pior reforma política possível segundo especialistas
Modelo proposto
aumentaria fragmentação na Câmara e tornaria sistema menos representativo
O distritão, a
proposta em debate na Câmara para mudar radicalmente a forma de eleger
deputados e vereadores no Brasil, é considerado muito fácil de entender como
funciona: caso
aprovada para as eleições de 2018, apenas os candidatos mais votados
entrarão na serão eleitos, abandonando o sistema que leva em consideração os
votos do partido como um todo, e não só dos indivíduos. Portanto, se o Estado
de São Paulo tem direito a 70 cadeiras na Câmara dos
Deputados, então os 70 mais votados serão eleitos. Mas quatro
cientistas políticos consultados pelo EL PAÍS coincidem em dizer que, se for
mesmo aprovada pelo Congresso, a nova legislação é a pior alternativa possível.
Ainda que seu entendimento seja mais fácil, não enxergam vantagens no modelo e
acreditam que agravará o que já está ruim. Esta avaliação parece até agora ser
unânime na bancada de analistas e especialistas, que — a julgar por
artigos, entrevistas e declarações — rechaçam veementemente a proposta.
“Há dois valores que a gente busca equilibrar nos sistemas eleitorais: a
representatividade e a governabilidade. O distritão não contribui nem para uma
coisa e nem para outra”, avalia Luis Felipe Miguel, cientista político da UNB,
para quem o modelo em debate representa "a desqualificação do debate
político".
Nenhum comentário:
Postar um comentário