Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

17 de ago. de 2017

...e a coxinha queimou! Vira... vira... vira...


Uma rápida leitura em um dos mais premiados jornais na internet, o El País, copiei três das manchetes pra você ver o tamanho do buraco, criado por está luta pelo poder que se desenrola no Brasil, que encolhe. Meirelles, o garoto capital internacional que entrou no governo com o príncipe FHC, continua firme, enquanto o Brazzil cresce..

Ajuste de Temer falha e rombo fiscal será 20 bilhões maior que previsto

Déficit maior nas contas públicas é revés para equipe de Meirelles. Governo tentará aprovar no Congresso congelamento de reajuste dos servidores

                                               

Foram dias de uma arrastada novela fiscal, mas o Governo Temer não foi capaz de mudar seu triste final. Pouco mais de um ano após assumir o poder pregando uma política de austeridade capaz de deter a trajetória explosiva do rombo nas contas públicas, a equipe do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) anunciou nesta terça que a meta fiscal, a estimativa feita pelo próprio Governo da diferença entre gasto e receita, será alterada. Reconhecendo problemas com as previsões de arrecadação, em parte por causa da lenta retomada econômica, e tentando corrigir concessões políticas como o aumento a servidores federais maior do que a inflação – que agora será congelado no ano que vem –, a equipe econômica disse que o déficit primário vai saltar dos atuais 139 bilhões para 159 bilhões de reais. Meirelles destacou que a queda da inflação também influenciou para baixo a arrecadação. A meta fiscal de 2018 também foi revisada para R$ 159 bilhões. Pior: a equipe deixou de prever superávit (receitas maior que a despesa) em 2020.


O plano da Câmara para perdoar 543 bilhões que empresários devem à União

Cifra proposta no Refis, que renegocia débitos, é duas vezes maior que orçamento de São Paulo.
Medida Provisória do tema deve ser votada nesta semana na Câmara em pleno "apagão fiscal"


Para receber 500 milhões de reais no curto prazo, o Governo Michel Temer (PMDB) pode abrir mão de arrecadar até 543,3 bilhões de reais em um período de três anos. Assim é o programa de refinanciamento de dívidas com a União, batizado de Novo Refis, que deve ser votado nessa semana na Câmara dos Deputados. Apenas para efeito de comparação, o valor que deverá deixar de entrar nos cofres da União é 2,6 vezes maior do que o orçamento anual de São Paulo, o Estado mais rico do país.


Distritão, a pior reforma política possível segundo especialistas

Modelo proposto aumentaria fragmentação na Câmara e tornaria sistema menos representativo


O distritão, a proposta em debate na Câmara para mudar radicalmente a forma de eleger deputados e vereadores no Brasil, é considerado muito fácil de entender como funciona: caso aprovada para as eleições de 2018, apenas os candidatos mais votados entrarão na serão eleitos, abandonando o sistema que leva em consideração os votos do partido como um todo, e não só dos indivíduos. Portanto, se o Estado de São Paulo tem direito a 70 cadeiras na Câmara dos Deputados, então os 70 mais votados serão eleitos. Mas quatro cientistas políticos consultados pelo EL PAÍS coincidem em dizer que, se for mesmo aprovada pelo Congresso, a nova legislação é a pior alternativa possível. Ainda que seu entendimento seja mais fácil, não enxergam vantagens no modelo e acreditam que agravará o que já está ruim. Esta avaliação parece até agora ser unânime na bancada de analistas e especialistas, que — a julgar por artigos, entrevistas e declarações — rechaçam veementemente a proposta. “Há dois valores que a gente busca equilibrar nos sistemas eleitorais: a representatividade e a governabilidade. O distritão não contribui nem para uma coisa e nem para outra”, avalia Luis Felipe Miguel, cientista político da UNB, para quem o modelo em debate representa "a desqualificação do debate político".

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