"Como
trapacear e se manter ético ao mesmo tempo".
E estranho à
primeira vista. Mas logo se percebe que, na política, é de suma
importância juntar ética e trapaça. Para explicar vou contar uma
historieta. Havia numa cidade dos Estados Unidos uma igreja
batista. Os batistas, como se sabe, são um ramo do
cristianismo muito rigoroso nos seus princípios éticos.
Havia na mesma
cidade uma fábrica de cerveja que, para a igreja batista, era a vanguarda de
Satanás.
O pastor não
poupava a fábrica de cerveja nas suas pregações..
Aconteceu,
entretanto, que, por razões pouco esclarecidas, a fábrica de cerveja fez uma
doação de 500 mil dólares para a dita igreja. Foi um auê..
Os membros mais
ortodoxos da igreja foram unânimes em denunciar aquela quantia como
dinheiro do Diabo e que não poderia ser aceito.
Mas, passada a
exaltação dos primeiros dias, acalmados os ânimos, os mais ponderados começaram
a analisar os benefícios que aquele dinheiro poderia trazer:
uma pintura nova para a igreja, um órgão de tubos, jardins mais bonitos, um
salão social para festas.
Reuniu-se então a
igreja em assembléia para a decisão democrática.
Depois de muita
discussão registrou-se a seguinte decisão no livro de atas: "A Igreja
Batista Betel resolve aceitar a oferta de 500 mil dólares feita pela Cervejaria
na firme convicção de que o Diabo ficará furioso quando souber que o seu
dinheiro vai ser usado para a glória de Deus."
É isso aí...!
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