Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

24 de dez. de 2017

E pronto.

Coisa de Preto (Jonathan Oliveira Raymundo)

Em novembro, William Waack foi afastado do Jornal da Globo após vazamento de um vídeo, onde declara preconceito contra negros (sem saber que estava sendo gravado):

 “Não vou nem falar, eu sei quem é…”
“Preto, né”?        
“É coisa de preto com certeza.”



Em nota, a Globo disse ser "visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações", e que Waack, "afirma não se lembrar do que disse, já que o áudio não tem clareza",
mas pede desculpas a quem se sentiu ofendido. 

Tudo aconteceu em 8 de novembro de 2016, mas a Globo só se manifestou após o vazamento do vídeo, um ano depois.


Especialistas dizem que a Globo não demitiria o jornalista William Waack por preconceito. O que motivou a demissão do âncora, foram as reações negativas. Mexer com patrocinadores é pecado capital.

Veja o vídeo:


Na última quinta-feira 9 de novembro, o operador de VT Diego Rocha Pereira e o designer gráfico Robson Cordeiro Ramos vieram a público para esclarecer que foram eles os responsáveis pela divulgação das imagens. 
Diego trabalhava na Globo na época em que a filmagem aconteceu e ficou pasmo ao ver o comentário racista de Waack. Aí decidiu gravar o trecho no celular.
Diego teve o celular roubado e acreditou ter perdido o vídeo, depois se lembrou de que tinha enviado ao amigo Robson. 

Com a divulgação do vídeo ambos tornaram-se figuras públicas, elogiados e odiados pelo mesmo motivo: “A coragem”.

“Fico chocado, porque tem muita gente defendendo ele. 
As pessoas estão me chamando de oportunista, mau-caráter, petralha…”. Disse Diego.


Após ver o vídeo fiquei também indignado com a reação sínica do entrevistado. E não li, até o momento uma só palavra sobre o camarada (observe no vídeo como reage positivamente, e logo após, como quem senti a gravidade toma postura de indiferente). Aí resolvi pesquisar o tal diretor Paulo Sotero e seu institute Brazil do Wilson Center. Ao abrir o site do Institute Brazil dei de cara com um texto, e lembrei logo do primeiro Ministro exterior do governo Temer, Senador Serra, PSDB. Serra, junto com Aécio mudaram a legislação brasileira referente ao Pré Sal, possibilitando que o capital internacional, até aquele momento impedido, metesse aas mãos nos recursos reservados para a educação dos brasileiros. 

O texto:

Os leilões de pré-sal do 27 de outubro no Brasil foram um sucesso ressonante, de acordo com especialistas da indústria e investidores em todo o mundo. ExxonMobil, Statoil, Shell, Total SA e BP estavam entre os que disputavam uma participação nos oito blocos oferecidos; Em última análise, foram vendidos seis blocos, com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) do Brasil, com US $ 1,9 bilhão em bônus de assinatura. A participação ativa das principais empresas internacionais de petróleo marcou uma mudança significativa em relação ao seu interesse morno no leilão pré-sal inicial em 2015, refletindo as mudanças regulatórias introduzidas ao longo do ano passado para abrir o pré-sal ao investimento estrangeiro. O próximo leilão, previsto para junho de 2018, deverá ampliar a tendência positiva e ajudar o Brasil a desenvolver o setor de petróleo e gás sob um modelo competitivo, orientado para o mercado.


Há poucos dias, vendo um vídeo do Senador Roberto Requião, soube sobre uma  provável negociação envolvendo o Temer, enquanto vice-presidente de Dilma, e a Shell, quando o objetivo seria o impeachment de Dilma, o que tornaria a abertura dos leilões do Pré Sal possível, até então negados pelo PT.




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