Não és Bom, nem és Mau
Não és bom, nem és
mau: és triste e humano...
Vives ansiando, em
maldições e preces,
Como se a arder no
coração tivesses
O tumulto e o clamor
de um largo oceano.
Pobre, no bem como
no mal padeces;
E rolando num
vórtice insano,
Oscilas entre a
crença e o desengano,
Entre esperanças e
desinteresses.
Capaz de horrores e
de ações sublimes,
Não ficas com as
virtudes satisfeito,
Nem te arrependes,
infeliz, dos crimes:
E no perpétuo ideal
que te devora,
Residem juntamente
no teu peito
Um demônio que ruge
e um deus que chora.
Brasil - 16 Dez 1865 // 28 Dez 1918 - Poeta/Jornalista
Nenhum comentário:
Postar um comentário