Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

28 de ago. de 2019

Terroristas ocultos


Nunca entendi muito bem os terroristas brasileiros. La fora,
 em outros países os terroristas brigam pela autoria 
dos atentados, aqui no Brasil eles se escondem, tentando 
passar a autoria para o adversário.


Bomba explodiu no Riocentro e matou sargento do Exército, ferindo capitão


Inquérito policial militar concluiu, há 38 anos, que ato partira de grupos de direita ou esquerda. Só em 1999 investigação apontou participação de militares no atentado

Na noite de 30 de abril de 1981, mais de dez mil pessoas assistiam ao show "1º de Maio", em homenagem ao do Dia do Trabalhador, no Riocentro, no Rio, quando uma bomba explodiu dentro de um Puma de placa fria, no estacionamento. A explosão matou o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que estava no banco do carona, e feriu gravemente o capitão Wilson Luís Chaves Machado, na direção. Ambos pertenciam ao DOI-Codi, do I Exército. Dez minutos depois, outra bomba explodiu na casa de força do Riocentro, sem danos maiores.




No fim da ditadura, carta-bomba explodiu na OAB, no Rio, matando secretária


Atentado. Funcionários da OAB ajudam a socorrer dona Lyda Monteiro, levada ainda com vida para o Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio

Em 1980, ninguém foi punido pelo atentado: autoria é atribuída a grupos de direita contra a redemocratização, que também detonaram 6 bombas na ‘Tribuna da Imprensa’ em 1981


Suspeito. Ronald Watters (ao centro) chegou a ser preso sob suspeito de envolvimento no atentado, mas foi absolvido
Um dos mais traumáticos episódios da abertura da ditadura militar (1964-85), a explosão da bomba na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro aconteceu no dia 27 de agosto de 1980. A autoria do atentado foi atribuída a grupos de direita contrários à redemocratização, mas até hoje não se chegou aos culpados. 


O único indiciado no inquérito, Ronald James Watters, foi absolvido por falta de provas. Só no início de 2000, com base em depoimento da servente aposentada da OAB Dilza Fulgêncio, a Polícia Federal conseguiu concluir o retrato-falado do rapaz que deixou a carta-bomba na sede da entidade.

Naquele dia, chegou à sede da OAB, no Centro do Rio, uma carta endereçada ao então presidente da entidade, Eduardo Seabra Fagundes. A carta com explosivos foi aberta pela chefe da secretaria da entidade, Lyda Monteiro da Silva.

A explosão causou tremor no andar inteiro do edifício e Lyda, de 59 anos, morreu a caminho do hospital. Os restos da mesa onde a carta foi aberta estão no Museu Histórico da OAB, em Brasília. Em 2010, militares contaram ao GLOBO que o mesmo grupo responsável pelo atentado ao Riocentro teria mandado as cartas-bombas.

O atentado ocorreu no momento em que a OAB-SP e o presidente nacional da entidade faziam uma campanha pública para identificar agentes e ex-agentes dos serviços de segurança suspeitos de torturar o jurista Dalmo Dallari, seqüestrado em julho do mesmo ano, em São Paulo.

Meses depois, na madrugada do dia 26 de março de 1981, um grupo armado com bombas invadiu o jornal "Tribuna da Imprensa", na Rua do Lavradio, no Centro do Rio. A explosão destruiu boa parte das instalações do jornal de Hélio Fernandes. Era novamente a ala radical da direita manifestando sua insatisfação com os novos rumos do país. O grupo terrorista, com 15 homens armados e encapuzados, munidos de radiotransmissores e usando três veículos, invadiu a "Tribuna" às 3h30m. Eles algemaram dez funcionários que se encontravam no local e colocaram seis bombas de alta potência, que atingiram as impressoras e provocaram um incêndio, danificando também as demais instalações do jornal.







Neste mesmo período, fim da ditadura no Brasil, Antônio Carlos ganha visibilidade em todos os principais jornais do país,

mas este assunto fica para outro dia.


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