Apesar de ser o maior consumidor de agrotóxico do mundo em números absolutos, o Brasil ainda tem dificuldades em identificar se os resíduos desses produtos estão presentes nos alimentos e na água que a população consome. Um dos principais motivos é o número de laboratórios, tanto público quanto privados, com capacidade de realizar essas análises: são 82 em todo país — localizados em apenas 11 estados, sendo que
mais da metade está em São Paulo e não há nenhum na região norte.
Os especialistas consultados pela reportagem avaliam que é um número baixo quando se compara com o uso de agrotóxicos no país. De acordo com o último boletim de comercialização de agrotóxico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 539,9 mil toneladas de pesticidas foram vendidos no Brasil apenas em 2017.
Além disso, os laboratórios brasileiros só conseguem analisar 242 dos 504 ingredientes ativos que compõem os agrotóxicos autorizados no mercado. Se um ou mais dos outros 262 restantes estiverem presentes em frutas, cereais, raízes, legumes e hortaliças, eles não serão detectados.
Fonte: Pedro Grigori agrotoxicos
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