Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

24 de mai. de 2020

RISETTE E O ALCAZAR LÍRICO >>>>> Em 1859, A pacata vida noturna do Rio de Janeiro ganhou uma nova casa de espetáculos, o Alcazar Lírico – ou Alcazar Lyrique, conforme grafado originalmente. Inaugurado na Rua da Vala, próximo à Rua do Ouvidor, o novo espaço buscava implantar o sucesso da vida noturna francesa e reproduzir suas fórmulas de teatro ligeiro, gênero musicado e cômico. O repertorio burlesco apresentado pelo elenco de artistas franceses trazia vaudeville, opereta, cenas cômicas, cancãs, bailes com quadrilhas de dança, cançonetas e concertos. Logo os cariocas apelidaram-no de “Café-cantante”, e a população livre da Corte tornou-se habituée, dando os primeiros passos em direção à vocação boêmia da cidade. A elite letrada do império, reduzida, mas influente, via com muitos bons olhos os bens culturais franceses e esmerava-se em educar-se de acordo com a etiqueta e a íngua de Paris, à época cidade-sinônimo do padrão de civilização almejado. O analfabetismo no Rio de Janeiro era predominante, mas, no sarrabulho das noites animadas do Alcazar, entender o francês das cançonetas apresentadas era o que menos preocupava a plateia, majoritariamente masculina e afoita por divertimento entre goles de cerveja. O ambiente festivo, espécie de cabaré, reunia tanto trabalhadores de poucas posses, como caixeiros, funcionários púbicos, modistas e costureiras, quanto senhoras de casa e estudantes de famílias ricas. E o que leva a crer um sem-número de crônicas do período e o fato de que “a contar da data de sua inauguração, o Alcazar manteve por cinco anos o preço único de mil reis por entrada, menos do que todos os teatros em funcionamento na Corte durante este mesmo período”. Mesmo depois, quando o valor dos bilhetes aumentou, não ficou interditivo a mesma audiência rotineira. O Courrier Du Brésil, um dos vários jornais totalmente redigidos em francês que circulavam no Rio imperial, revela que o lugar ostentava arquitetura elegante e comodidade nas dependências internas, com confortáveis salões que eram frescos e perfeitamente iluminados”. O Alcazar ocupava vários prédios na via, do numero 43 ao 51, portanto era um investimento ambicioso e otimista numa cidade em que moradores não tinham ainda hábitos de sair após o crepúsculo. [...] continua >Link

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Foi lendo 
"Semana Ilustrada", 
Rio - 1866, que
 vei o interesse de saber mais sobre a cantora Risette. 


http://memoria.bn.br/Doc2










Pesquisando cheguei ao Livro "Vestígios da Paisagem Carioca: 50 lugares desaparecidos do Rio de Janeiro". 



Adorei, comecei a ler até encontrar


[...] A leitura continua


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