Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

2 de mai. de 2021

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África ergue maior estrutura viva da Terra: uma muralha de árvores!

A iniciativa conta com o apoio de 20 países da África, do Banco Mundial, da ONU, da União Africana e de outras instituições europeias

( 2020)

Não é novidade que o planeta Terra sofre com as mudanças climáticas. Mas o assunto vira notícia quando o mundo decide se unir para combater esses efeitos – é o que vem acontecendo na África.

Bem na borda do deserto de Sahel, vinte países apoiam a construção da “Grande Muralha Verde”, uma estrutura de plantas de 8 mil quilômetros de comprimento e 15 quilômetros de largura, que cortará o continente de ponta a ponta, atravessando 11 nações.

A barreira natural tem como grande objetivo minimizar os efeitos climáticos para as populações africanas. Seus resultados positivos inclusive já podem ser vistos, como reversão da desertificação de algumas regiões.

“O objetivo é proporcionar alimentação, emprego e futuro para milhões de pessoas que vivem em uma região que é linha de frente das mudanças climáticas”, explica o site oficial do projeto. “Quando estiver pronta, a Muralha Verde será a maior estrutura viva da Terra e uma nova maravilha do mundo”.


Construção em um dos lugares mais pobres da Terra

A região do Sahel é uma faixa que corta o continente africano de leste a oeste, afetando mais de uma dezena de países. O lugar fica logo abaixo do deserto do Saara e sofre muitos impactos ligados às mudanças climáticas e falta de recursos naturais.

Com a construção da muralha, entretanto, espera-se que todos estes impactos sejam convertidos. Iniciada em 2007, a obra deverá custar o equivalente a R$25 bilhões. O dinheiro vem do Banco Mundial, da ONU e da União Africana, além do apoio financeiro de algumas instituições europeias.

Entre os países que fazem parte da região do Sahel e receberão a Muralha de Árvores, estão Djibouti, Etiópia, Sudão, Eritreia, Chade, Níger, Nigéria, Mali, Burquina Faso, Mauritânia e Senegal.

















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“Grande Muralha Verde”,
a aposta africana para uma recuperação pós-pandemia

Desde 2007, um grupo de países africanos está trabalhando para tirar do papel o projeto de reflorestamento mais ambicioso do mundo: a “Grande Muralha Verde” da África, um corredor intercontinental de mais de 7 mil km que se estenderá do Senegal a Djibuti, com o objetivo de conter o processo de desertificação de áreas ao sul do Saara. Com os efeitos econômicos da pandemia, os 11 países envolvidos no projeto reforçaram sua importância também para gerar empregos e renda sustentáveis a milhões de africanos. “A Grande Muralha Verde é um enorme corredor de oportunidade econômica. Ele oferece uma solução para responder e se recuperar adequadamente da crise, transformando-a em oportunidade para investimentos de grande escala”, destacou a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed.



No entanto, o ritmo de implementação está aquém do esperado: de acordo com relatório divulgado nesta semana, o reflorestamento foi realizado em apenas 4% da área estimada (cerca de 4 milhões de um total de 154 milhões de hectares). Para que o projeto seja concluído dentro do programado – até 2030 – a cada ano os países deverão replantar o equivalente a duas vezes a área que eles replantaram até agora, a um custo anual de US$ 4,3 bilhões.

Climate Home e The Guardian destacaram os resultados preliminares e as pretensões futuras do projeto da Grande Muralha Verde da África.

Em tempo: A ONG ambientalista Friends of the Earth vai questionar na justiça britânica a decisão do governo do Reino Unido de oferecer US$ 1 bilhão em apoio financeiro a um grande projeto de combustível fóssil em Moçambique. O argumento do grupo é que o investimento é incompatível com os objetivos do Acordo de Paris e que ele pode agravar a crise climática. The Guardian repercutiu a ação.



ClimaInfo, 9 de setembro 2020.

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