26 de mai. de 2016
Não estou curtindo
São muitos os políticos
e suas equipes citando esta Corte. Ta na hora de pegar o caminho de volta pra
terrinha. Para termos o país justo que
queremos, precisamos ter a coregem de discutir o executivo e o legislativo, mas
também os Tribunais, o MP, a PF e esta Corte, com várias insinuações de que ministros
defendem brancos enquanto ministros defendem pardos. E eu completamente indefeso
no escurinho? Já não acredito mais em uma reforma política, esse negócio de
acabar com isto ou aquilo dos políticos, enquanto todos só servem para se
imunizarem e meter a colher de pau na cumbuca do outro.
22 de mai. de 2016
José de Sousa Saramago
Portugal
16 Nov 1922 // 18 Jun 2010
Escritor [Nobel 1998]
16 Nov 1922 // 18 Jun 2010
Escritor [Nobel 1998]
Deus Precisa de Companhia
A minha proposição inicial, que me
atrevo a considerar indiscutível, é de que Deus criou o universo porque «se
sentia» só. Em todo o tempo antes, isto é, desde que a eternidade começara,
«tinha estado» só, mas, como não «se sentia» só, não necessitava inventar uma
coisa tão complicada como é o universo. Com o que Deus não contara é que, mesmo
perante o espectáculo magnífico das nebulosas e dos buracos negros, o tal
sentimento de solidão persistisse em atormentá-lo. Pensou, pensou, e ao cabo de
muito pensar fez a mulher, «que não era à sua imagem e semelhança». Logo,
tendo-a feito, viu que era bom. Mais tarde, quando compreendeu que só se
curaria definitivamente do mal de estar só deitando-se com ela, verificou que
era ainda melhor. Até aqui tudo muito próprio e natural, nem era preciso ser-se
Deus para chegar a esta conclusão. Passado algum tempo, e sem que seja possível
saber se a previsão do acidente biológico já estava na mente divina, nasceu um
menino, esse sim, «à imagem e semelhança de Deus». O menino cresceu, fez-se
rapaz e homem. Ora, como a Deus não lhe passou pela cabeça a simples ideia de
criar outra mulher para a dar ao jovem, o sentimento de solidão que havia
apoquentado o pai não tardou a repetir-se no filho, e aí entrou o diabo. Como
era de esperar, o primeiro impulso de Deus foi acabar logo ali com a incestuosa
espécie, mas deu-lhe de repente um cansaço, um fastio de ter de repetir a
criação, porque de facto nem o universo lhe parecia já tão magnífico como
antes. Dir-se-á que, sendo Deus, podia fazer quantos universos quisesse, mas
isso equivale a desconhecer a natureza profunda de Deus: logicamente, fizera
este porque era o melhor dos universos possíveis, não podia fazer outro porque
forçosamente teria de ser menos bom que este. Além disso, o que Deus agora
menos desejava era ver-se outra vez só. Contentou-se portanto com expulsar as
suas desonestas e mal-agradecidas criaturas, jurando a si mesmo que as não
perderia de vista no futuro, nem à perversa descendência, no caso de a terem. E
foi assim que começou tudo. Deus teve portanto duas razões para conservar a
espécie humana: em primeiro lugar, para a castigar, como merecia, mas também, ó
divina fragilidade, para que ela lhe fizesse companhia.
José Saramago, in 'Cadernos de Lanzarote (1994)'
José Saramago, in 'Cadernos de Lanzarote (1994)'
António Vieira
Portugal
6 Fev 1608 // 18 Jul 1697
Padre/Escritor
6 Fev 1608 // 18 Jul 1697
Padre/Escritor
Ordinariamente vemos grandes resplendores, onde
não há luz, e grandes luzes sem nenhum resplendor.
Sermões
DO FUNDO DO CAÇUÁ MUSICAL - Jornal Besta Fubana - E O JUIZ APITOU
( Hoje, dia 16 de maio de 2016,
registramos o 93º aniversário de nascimento do sambista Mário Ramos de
Oliveira, o Vassourinha.
No vídeo abaixo Vassourinha
canta o samba E o juiz apitou, que relata o sofrimento de um
flamenguista quando seu time é derrotado.
Composição de Antônio Almeida e
J. Batista. )
Não
me leve a mal! Só pra zua um pouquinho.
20 de mai. de 2016
Todo mundo tem ou já teve um sonho. Morar nesta casinha, sonhei por muito tempo. Que tolo!
Ela
fica lá na Borda do Campo.
Antes
de chegar na histórica Fazenda tombada pelo IPHAN
tem uma porteira azul. Um lugar chamado Mata da Joaninha.
Entrando
no terreno, trezentos metros de Mata Atlântica.
Não sabia a
quem pertencia,
Certamente
um dos Coronéis ou Generais da borda.
Um
lugar lindo, silencioso e cheio de pássaros.
Uma casinha
branca. Casinha de colonos, bastante simples.
Fui lá por várias
vezes. Já me sentia em casa.
Procurei o
responsável e falei sobre minha intenção.
Fui muito
bem recebido. Esperei, esperei e esperei... por uma resposta,
Até que um
dia, chegando lá, percebi que já estava alugada.
Foi um balde de água fria.
Mas onde estava EU com a cabeça,
ao pensar que um Andrada iria alugar
uma casa para mim?
André Moura do PSC, NOVO LÍDER DO GOVERNO TEMER NA CÂMARA, teve apoio de mais de 50% dos deputados, mas não do PMDB. Aliado de Eduardo Cunha, ele é réu da Lava Jato e investigado por tentativa de homicídio
![]() |
Eduardo Cunha e André Moura |
Um deputado com a
ficha sujíssima, réu por acusação de homicídio e membro da tropa de choque de
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi confirmado como o líder do Governo interino de
Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados. Trata-se de André Moura, eleito
por Sergipe e filiado ao PSC (Partido Social Cristão), que tem apenas nove dos
513 deputados. A chegada de André Moura ao cargo demonstra, segundo uma dezena
de deputados, que a atual administração federal é refém de Cunha, o presidente
afastado da Câmara que já emplacou três membros na gestão, e dos deputados que
o peemedebista controla.
Moura é réu em três ações no Supremo Tribunal Federal e responde a outros três inquéritos na mesma Corte (um deles por tentativa de homicídio, outro por envolvimento na Operação Lava Jato). Já foi condenado pelo Tribunal de Contas da União quatro vezes por irregularidades na gestão de dinheiro público, multado por improbidade administrativa. Foi proibido de concorrer à eleição em 2014 e teve duas de suas contas de campanha rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe. Só é deputado federal porque conseguiu uma liminar que permitiu que ele fosse empossado, mesmo tendo sido declarado inelegível pela Justiça.
18 de mai. de 2016
O HOMEM QUE PLANTAVA ÁRVORES - ANIMAÇÃO VENCEDORA DO OSCAR

Olá amigos!
Hoje recomendo uma
linda e sensível animação, vencedora do Oscar. Fala sobre simplicidade,
persistência e generosidade. E sobre como as ações de uma pessoa, ainda que
isoladas, podem fazer a diferença e mudar o mundo à sua volta.
Chama-se “O Homem
Que Plantava Árvores”. É a história de um senhor muito peculiar, o pastor
Elzéard Bouffier, contada por Jean Giono. A animação, lindíssima, é de Frédéric
Back.

Conta a história de
um homem bom e simples, um pastor que, em total sintonia com a natureza, faz
crescer uma floresta onde antes era uma região árida e inóspita. As sementes
por ele plantadas representam a esperança de que podemos deixar pra trás um
mundo mais belo e promissor do que aquele que herdamos.
Um tributo ao
trabalho e à perseverança.
O conto pode ser
lido numa tradução para português aqui. Não vou dizer mais, a não ser que vale
muito a pena. Enjoy!
Meritocracia
O que é
Meritocracia:
Meritocracia é um
sistema ou modelo de hierarquização e premiação baseado nos méritos pessoais de
cada indivíduo.
A origem etimológica
da palavra meritocracia vem do latim meritum, que significa “mérito”, unida ao
sufixo grego cracía, que quer dizer “poder”. Assim, o significado literal de
meritocracia seria “poder do mérito”.
De acordo com a
definição “pura” da meritocracia, o processo de alavancamento profissional e
social é uma consequência dos méritos individuais de cada pessoa, ou seja, dos
seus esforços e dedicações.
As posições
hierárquicas estariam condicionadas às pessoas que apresentam os melhores
valores educacionais, morais e aptidões técnicas ou profissionais específicas e
qualificadas em determinada area.
Este termo foi
utilizado pela primeira vez por Michael Young, no livro “Rise of the
Meritocracy” (“Levantar da Meritocracia”, em português), publicado em 1958.
No entanto, neste
livro de Young, o mérito é entendido como um termo pejorativo, pois estava
relacionado com a narração de uma sociedade que seria segregada tendo como base
dois principais aspectos: a inteligência (QI elevado) e um grande nível de
esforço.
Outra crítica
desferida sobre a meritocracia neste contexto, seria o método eficaz de
avaliação destes “méritos”.
O sistema de
recompensamento meritocrático é amplamente aplicado por empresas e organizações
privadas, que valorizam e premiam os profissionais que apresentam melhores
produções, seja com aumentos de salário ou oferta de cargos superiores.
A meritocracia nas
empresas é uma forma de motivar os funcionários, que se dedicam em suas funções
em busca de alcançar melhores oportunidades como consequências dos méritos
apresentados.
Críticas a
meritocracia
Alguns sociólogos,
filósofos e intelectuais ignoram a meritocracia como um sistema justo de
hierarquização, pois a ascensão profissional ou social não depende
exclusivamente do esforço individual, mas também das oportunidades que cada
indivíduo tem ao longo da vida.
As pessoas que
nascem com melhores condições financeiras, com acesso as melhores instituições
de ensino e contatos profissionais exclusivos, têm maiores chances de
conquistar uma posição privilegiada em relação aquelas que não tiveram esta
mesma “sorte”.
Porém, obviamente,
que não se deve generalizar. Não adianta ter grandes oportunidades na vida,
caso não haja o mínimo esforço e vontade para aproveita-las.
A principal crítica
está no fato de não ser este esforço o único fator que define o sucesso ou o
fracasso, mas uma parte que engloba conceitos mais complexos que estão
presentes nas sociedades.
O socialismo e
demais ideologias que pregam o conceito de sociedade igualitária, também se
opõe à meritocracia.
Para este grupo, a
ideia de incentivar o sucesso baseando-se no individualismo faz com que cresça
a desigualdade social e o "Darwinismo Social".
Saiba mais sobre o
significado de desigualdade social.
Meritocracia no
Brasil
Um exemplo de método
meritocrático aplicado no Brasil é a realização dos concursos públicos para a
ocupação de cargos oferecidos pelo governo federal, estadual ou municipal.
Teoricamente, apenas
as pessoas mais qualificadas para aqueles cargos e funções teriam o direito de
obter os privilégios desta posição, ou seja, uma recompensa conquistada pelos
méritos apresentados.
Porém, na prática, a
meritocracia é impraticável no seu sentido puro. Outros modelos de
hierarquização acabam por influenciar nas escolhas, além das questões
relacionadas com as desigualdades sociais e econômicas.
Saiba mais sobre o
significado de outros sistemas de valores que se opõe a meritocracia, como a oligarquia, o nepotismo e a aristocracia.
"Estamos caminhando para um Estado policial" - Entrevista – Marcelo Neves
"Eu não diria
que foram manifestações. Foram atos que não configuram uma manifestação porque
não tinham nada a pleitear. Eles agiram como atos de guerrilha." Desta
forma o então secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de
Moraes, reagiu aos protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff, que no dia
10 de maio bloquearam vias importantes de São Paulo
Na segunda-feira 16,
recém-empossado ministro da Justiça e Cidadania do governo do presidente
interino Michel Temer (PMDB), Moraes disse à Folha de S.Paulo que nenhum
direito é "absoluto". Com a mudança de governo, a pasta da Justiça
passou a incorporar as atribuições do Ministério das Mulheres, Igualdade
Racial, Juventude e Direitos Humanos.
Em entrevista a
CartaCapital, o jurista Marcelo Neves, professor titular de Direito Público da
Universidade de Brasília e doutor em Direito pela Universidade de Bremen
(Alemanha), afirma que a fusão das pastas e a nomeação de Moraes indicam que os
setores ligados às minorias e aos direitos serão fragilizados, ao passo que a
repressão policial deve ganhar força.
Leia a entrevista:
CartaCapital: O que
podemos esperar do Ministério da Justiça de Alexandre de Moraes?
Marcelo Neves: Se
nós considerarmos os antecedentes, o passado dele, vemos que ele está mais
ligado à postura da repressão. Repressão aos estudantes, aos movimentos
sociais. A perspectiva, portanto, é que o foco nos direitos e na cidadania se
perca, se enfraqueça, enquanto a dimensão mais repressiva e policial do
Ministério da Justiça deve ganhar significado.
CC: Moraes disse à
imprensa que os protestos contra o impeachment foram “atos de guerrilha” e que
nenhum direito é absoluto, incluindo o direito à manifestação...
MN: Essas
declarações indicam exatamente que estamos caminhando para um Estado policial.
Para criar este Estado policial, não há melhor ministro que o Alexandre de
Moraes. Ele é o mais adequado.
As garantias e os
direitos dos cidadãos, principalmente das camadas mais pobres, das camadas
subalternas e dos movimentos sociais, serão restringidos, serão alvo de fortes
ataques e ofensas. Essa ideia de que o movimento social se confunde com
guerrilha é muito perigosa, beira a posturas fascistas.
CC: Faz sentido
incorporar as pastas das mulheres, da igualdade racial e dos diretos humanos ao
Ministério da Justiça? Qual a consequência dessa fusão?
MN: A ideia de que a
máquina estatal será reduzida ao reduzir o número de ministérios é totalmente
falsa. Essa fusão vai, na verdade, fragilizar aqueles setores que são ligados
às minorias, ligados aos direitos e, dessa maneira, torná-los secundários.
CC: O senhor tem
alguma opinião a respeito da obra e do trabalho de Alexandre de Moraes, como
constitucionalista e como advogado?
MN: O Ministério da
Justiça não é indicado para um advogado que defendeu cooperativas suspeitas de
realizarem lavagem de dinheiro para o PCC. É um advogado problemático para
assumir a pasta. Não que os criminosos não tenham direito a defesa, mas, para a
pasta da Justiça, ele não é adequado.
Como professor, ele
é um professor mais superficial. Ele escreve livros para concurso, para o
típico concurso brasileiro, que está dando errado. Os concursos brasileiros são
de ‘decoreba’, não levam juízes e procuradores a refletir. Nós estamos criando
uma geração de juízes e promotores totalmente alienados, sem capacidade
reflexiva sobre os problemas jurídicos. Então esse tipo de manual para concurso
é superficial, prejudica a formação daqueles que seguem as carreiras jurídicas.
![]() |
Ex |
CC: Ele também
defendeu o Eduardo Cunha em uma ação.
MN: O advogado pode
defender criminosos, e os criminosos merecem defesa, mas isso não quer dizer
que ele pode se legitimar para um cargo político dessa dimensão. Não é adequado
que o advogado de uma pessoa que está envolvida em vários escândalos de
corrupção e que está fora do exercício por decisão do Supremo seja o ministro
da Justiça. Não tem sentido, é totalmente inadequada e inoportuna essa escolha.
CC: O senhor acha
que o Supremo ainda vai ser chamado no processo de impeachment?
MN: Eu acho que o
Supremo pode ser chamado, mas, como tem tido uma postura muito parcial, a Corte
tenderá a admitir tudo que for feito para a manutenção do impeachment. O
Supremo já demonstrou que está perdido neste processo e que não está atuando
corretamente. Seja pelas declarações e prejulgamentos, especialmente do
ministro Gilmar Mendes, mas também de ministros como Celso de Mello.
No caso do Gilmar,
as práticas são as mais diversas, terminando por dizer que o governo poderia ir
"para o céu, o papa ou o diabo", que não ia resolver. O Celso de
Mello legitimou os vazamentos ilegais quando respondeu que o STF não estava
"acovardado".
Isso fere a questão
das normas de suspeição. É muito grave essa situação de prejulgamento, de
manifestações antecipadas. Se um juiz qualquer fizesse isso no plano municipal
ou estadual, em relação a prefeitos e governadores, um juiz que não fosse
graúdo seria com certeza punido.
É triste ver essa
postura do Supremo, que mostra parcialidade e, em alguns momentos, posturas
inexplicáveis, como a morosidade da decisão sobre Cunha, tomada depois que toda
a obra conduzida por ele já tinha sido feita. Com isso vem o reconhecimento de
que ele não teria condições de estar na presidência da Câmara, nem sequer como
deputado. Isso mostra certas incoerências, mostra que o Supremo está perdido em
incoerências.
CC: Estar perdido é
um ato involuntário?
MN: É, em parte,
voluntário. O Judiciário, especialmente o Supremo, está muitas vezes mais
preocupado em dar uma resposta à grande mídia do que decidir, em termos
jurídicos, temas relevantes.
CC: A fala do Lula
sobre o STF “acovardado” pode ter influenciado ainda mais o comportamento dos
ministros?
MN: É muito natural
que, em conversas privadas, se fale algo que não deve ser posto publicamente.
Isso não é crime. Isso é uma conversa privada que não deveria ser divulgada
porque é irrelevante para a dimensão de qualquer elemento criminal.
A resposta [dada
pelo ministro Celso de Mello] fortificou essa postura do Supremo por um tipo de
corporativismo, por um tipo de vaidade injustificada pela qual os ministros
estão tomados. Então isso realmente o tornou não só acovardado, mas capturado
pelo projeto golpista. O Supremo está totalmente capturado pelo projeto
golpista.
CC: O senhor defende
algum tipo de punição para o juiz Sergio Moro por conta do episódio dos
grampos?
MN: Sim, ele
praticou um crime. Ele está enquadrado no artigo 325 do Código Penal e também
no artigo 17 da resolução 59 do CNJ. Essa resolução foi aprovada na época do
ministro Gilmar Mendes, que no CNJ atuou bem, foi um bom presidente.
O delegado
Protógenes Queiroz foi condenado pelo artigo 325 exatamente por divulgar
material sigiloso. A operação Satiagraha foi anulada por muito menos. Mas agora
existem dois pesos e duas medidas. Esse juiz, no meu entender, praticou crime.
CC: Qual deve ser o
futuro da Operação Lava Jato?
MN: Eu diria que
existe uma probabilidade grande de que agora haja um controle da Polícia
Federal e uma maior pressão sobre o Ministério Público para que todas essas
operações sejam enfraquecidas.
Se elas forem
ampliadas, elas tendem a encontrar muitos desses envolvidos com o governo.
Então a tendência é que se retorne ao modelo de Fernando Henrique Cardoso na
busca do engavetamento de casos, na busca de uma Polícia Federal obediente.
Eles dizem que não, mas o potencial é muito grande. Temer e vários dos seus
importantes ministros podem ser alcançados e punidos, então é evidente que eles
fiquem mais suscetíveis a criar barreiras para a operação.
por Débora Melo
Mutantes, os cultuados da contracultura
Coletânea documenta a
trajetória da banda Os Mutantes
entre 68 a 72, antes de Rita
Lee deixar o grupo
Mande um abraço pra velha - Os Mutantes - Compacto - 1972
Lançados nos anos
1960, em plena beatlemania, como uma suposta variante brasileira dos ingleses,
Os Mutantes devolveram as influências. Acabaram cultuados pela contracultura
internacional, do próprio filho de John, Sean Lennon, ao papa do grunge, Kurt
Cobain, do Nirvana. Formado pelos irmãos Arnaldo (teclados) e Sergio Dias
Baptista (guitarra) e Rita Lee (vocais, percussão), o grupo projetou-se, em
plena erupção tropicalista, a partir do acompanhamento de Gilberto Gil, a bordo
da cenográfica Domingo no Parque, no Festival da MPB da TV Record, de 1967.
Tal desempenho, em
meio a estridências incompatíveis com a MPB da época (ao lado de lancinantes
registros com Caetano Veloso, de Saudosismo a Marcianita), adorna a compilação
de raridades de Mande um Abraço pra Velha,
um dos títulos da caixa. Ela documenta a trajetória do grupo de 68 a 72,
antes da saída de Rita Lee e a guinada dos remanescentes para o rock
progressivo.
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