observado apartir
do morro do Pai Inácio, na chapada
Diamantina:rios
primitivos preservados na rocha
Uma enorme parede de rocha nua se destaca na
serra dos Brejões, uma das mais belas paisagens no Parque Nacional da Chapada
Diamantina, na Bahia. Em uma faixa horizontal desse paredão, que pode ser visto
na foto ao lado, uma equipe liderada pelo geólogo Renato Paes de Almeida,
professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP),
identificou vestígios de um rio caudaloso que havia na região há cerca de 1,5
bilhão de anos. Esse rio possivelmente cruzou um vasto terreno plano que
haveria por ali e seria muito diferente dos grandes rios de planície atuais,
que têm canais profundos, são sinuosos e cercados por vegetação. Em vez dessas
características, o antigo rio atravessaria terras nuas e seria formado por
múltiplos canais rasos, que se entrelaçariam continuamente, sendo interrompidos
por largos bancos de areia (ver infográfico na página 55). (...)
O coração da Amazônia está ameaçado! O governo quer
construir uma enorme hidrelétrica no rio Tapajós, alagando centenas de
quilômetros quadrados de floresta. O modo de vida de povos indígenas será
destruído, assim como incontáveis espécies de animais e plantas. O povo
Munduruku, que vive na região há gerações, está lutando para demarcar seu
território tradicional e preservar a floresta.
Assine a petição e junte-se aos Munduruku para
exigir que o governo brasileiro proteja o coração da Amazônia!
Junte-se aos Munduruku na Luta Contra as
Hidrelétricas
1.212.969 já assinaram
1.300.000
Hidrelétrica não é
energia limpa
Em parceria com o
governo, empresas como Siemens e General Eletric podem vir a participar da
construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, lucrando às custas da
exploração do meio ambiente. Centenas de quilômetros de florestas serão
alagados embaixo de um reservatório equivalente ao tamanho da cidade de Nova
Iorque. O alagamento da floresta libera enormes quantidades de carbono e metano
na atmosfera, contribuindo com as mudanças climáticas. Plantas raras e animais
em risco de extinção serão ameaçados, sem contar aldeias e comunidades, que
seriam perdidas para sempre.
O povo Munduruku
O povo Munduruku
vive na região do rio Tapajós há gerações – atualmente são mais de 12 mil
pessoas que dependem do rio para sobreviver. Por isso, há mais de 30 anos eles
lutam contra a construção de hidrelétricas na região. Os Munduruku exigem que o
governo brasileiro reconheça oficialmente seu território e estão chamando
pessoas do mundo inteiro para apoiarem essa luta.
Se milhares de
pessoas se juntarem aos Munduruku nessa causa, juntos poderemos proteger seu
território e a rica biodiversidade do local.
É possível
garantir a energia que o Brasil precisa sem condenar a Amazônia, sua
biodiversidade e seus povos tradicionais. Em vez de contribuir com a destruição
da floresta e a violação de direitos, o governo brasileiro e as empresas
deveriam ajudar o país a desenvolver um futuro de energia renovável e
verdadeiramente limpa, como a eólica e a solar.
Atualmente é
Presidente da Associação Nacional de Estudos Filosóficos do século XVII,
Doutora Honoris Causa pela Universidade Nacional de Córdoba, Doutora Honoris
Causa pela Universidade de Paris VIII e sua obra relata temáticas profundas
como a universidade pública, ideologia e cultura, tendo como destaque os livros
“Da Realidade sem Mistérios ao Mistério do Mundo”, “Repressão Sexual”,
“Introdução à História da Filosofia”, “A Nervura do Real”, “Convite à
Filosofia”, entre muitas outras.
Um Quite com 10 barracas, duas balanças, 10 Jalecos e 60 caixas plásticas
foi entregue ao Prefeito Natinho, pelo Deputado Estadual
Cristiano(PT). As barracas foram montadas na Quadra Esportiva para que os
produtores pudessem conhecer.
As barracas darão um novo visual à ‘Feira de produtos da Agricultura
Familiar’, montada todos os domingos na plataforma da Estação Ferroviária.
No dia 24, Domingo,
terceiro dia da novena em honra a nossa padroeira Sant’Ana, às 12:00horas, ao
lado da Matriz aconteceu o Leilão Rural. Bezerros, bezerras, garrotes, porcos e
galinhas ofertados por produtores rurais, foram leiloados garantindo uma boa
renda para a Matriz.
Com a presença do
Padre Geraldino e produtores rurais de diversas regiões do município, o leilão
transcorreu em paz e bastante organizado.
Como em todo
evento, alguém tem que botar a mão na massa, e em Antonio Carlos não tem quem
falte para esta função. Neste caso, compareceram tornando o Leilão um grande
sucesso, os amigos Sr. Tacinho - o leiloeiro, Francisco, Tec. agrícola (com o seu pai Sr. Hemeterio),
Juruna - tec. agrícola e Serginho - Vig. Sanitária, funcionários da prefeitura.
Também presente estava o Vereador Marcelo Ribeiro e o Secretario Municipal de
Agricultura Evani Sebastião Neves (o Nego).
Vejam algumas fotos de Bebeto Tury:
de Vinicius de Moraes Ao Vivo no Canecão, de 1977,
em que o Poeta recita o poema Dia da Criação,
com acompanhamento musical em jazz.
O dia da criação
Rio de
Janeiro , 1946
Macho e fêmea os criou.
Bíblia: Gênese, 1, 27
I
Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na Cruz para nos salvar.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.
II
Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado.
Há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado.
Há um homem rico que se mata
Porque hoje é sábado.
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado.
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado.
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado.
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado.
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado.
Há um grande espírito de porco
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado.
Há criancinhas que não comem
Porque hoje é sábado.
Há um piquenique de políticos
Porque hoje é sábado.
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado.
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado.
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado.
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado.
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado.
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado.
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado.
Há um garden-party na cadeia
Porque hoje é sábado.
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado.
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado.
Umas difíceis, outras fáceis
Porque hoje é sábado.
Há um beber e um dar sem conta
Porque hoje é sábado.
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado.
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado.
Há um frenesi de dar banana
Porque hoje é sábado.
Há a sensação angustiante
Porque hoje é sábado.
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado.
Há a comemoração fantástica
Porque hoje é sábado.
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado.
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado.
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado.
III
Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens, ó Sexto
Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas
E depois, da separação das águas, e depois, da fecundação da terra
E depois, da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade, o homem não era necessário
Nem tu, mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres como as plantas,
imovelmente e nunca saciada
Tu que carregas no meio de ti o vórtice supremo da paixão.
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor e simplesmente não existiríamos
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas em queda
invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da asfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia
Não sofreríamos males de amor nem desejaríamos a mulher do próximo
Não teríamos escola, serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda e
missa de sétimo dia,
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde das terras e das águas em
núpcias
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábado.
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