O Brasil
não precisa tanto de ilustração com palavras de efeito: ‘Coragem e decência’. O
Brasil precisa que seus políticos, seus empresários, seus intelectuais, seus
religiosos, aqueles que formão opiniões, criem vergonha na cara.
3 de dez. de 2017
Bombeiro loucão ‘vuado’ atrás de quem? Sem temer nada pela frente, certo é que ainda não sabemos
Por
volta de 1h00 da madrugada deste domingo (3), um oficial do Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal, usando uma viatura de trabalho, acelerou rumo a Esplanada
dos Ministérios, só parando após policiais militares atirarem nos pneus do veículo.
29 de nov. de 2017
Eleita por ter o "melhor bumbum", jovem diz estar fora do padrão
A vencedora do tradicional
concurso de "Melhor Bumbum" da tradicional Universidade de
Cambridge (Inglaterra) foi conhecida no último fim de semana.
"Não
tenho um porte atlético, tenho bunda e coxas consideráveis".
Romário
AntunesJornalista
Ela foi identificada como
"Vita", que entrou no concurso, promovido pelo jornal universitário
"The Tab", com esta foto:
"Vita" disse que a vitória é a da "aceitação
do corpo", pois sua silhueta não segue os "padrões" de beleza
mais orotdoxos.
"Eu não tenho um porte atlético, tenho bunda e coxas
consideráveis. Isso (vencer o concurso) diz muito sobre como o mundo está
lidando com a aceitação do corpo", afirmou a vencedora, segundo a imprensa
britânica.
No concurso, "Vita" derrotou outras mulheres e
homens. Os postulantes ao título tiveram que submeter uma foto feita no campus
da universidade.
A universitária contou, ainda, que tomou coragem para
contar à mãe sobre a sua inscrição no concurso e que acabou se surpreendendo. A
mãe, que é bastante conservadora, achou a situação hilária e chegou a mostrar a
foto a professoras antigas da filha.
Fonte: Pagenotfound
Minha vida não tem nada de especial (Niemeyer)
Lúcido e ativo até a sua morte, aos
104 anos, o arquiteto Oscar Niemeyer -- Intelectual notável, foi autor de
frases célebres. Veja:
Crença
“Você olha para o céu e fica
espantado. É um universo fantástico que nos humilha e a gente não pode usufruir
nada." Entrevista divulgada em 2007
"Eu não acredito em nada. A
ciência explica tudo, ela traz a verdade. Ela nos mostra como tudo começou.
Acho que agora não há uma razão para caminhar nessas
fantasias" Entrevista concedida em dezembro de 2009
"Gosto de ficar sozinho, a
pensar na vida, neste universo imenso que nos encanta e humilha. De sentir a
fragilidade das coisas e a nossa própria insignificância" Entrevista
dada em dezembro de 2007
Mulher
"Há o pessimismo que bate
quando estou sozinho e penso no mundo. Mas se é para ir a uma festa em que há
mulheres bonitas, o pessimismo desaparece. A vida está correndo. Tenho momentos
de tristeza, de prazer, de saudade... Faz parte." Entrevista
concedida em março de 2003
"O importante é mulher, não é?
O resto é brincadeira. Acabou a entrevista, não é isso?" Entrevista
divulgada em 2007
Vida
"A minha vida não tem nada de
especial. É a de um ser humano, assim, insignificante que atravessa a vida, que
é um sopro." Entrevista divulgada em 2007
“Quero ser lembrado como um ser
humano que passou pela Terra como todos os outros - que nasceu, viveu, amou,
brincou, morreu, pronto, acabou! Entrevista divulgada em 2007
”Todos temos dentro de nós um ser
oculto, que nos leva pra um lado ou pra outro. O meu é esse: ele gosta das
coisas, ele gosta de mulher, gosta de se divertir, gosta de chorar, se preocupa
com a vida. É um sujeito complicado, não é?” Entrevista divulgada em
2007
Brasília
"Quem for a Brasília, pode
gostar ou não dos palácios, mas não pode dizer que viu antes coisa parecida. E
arquitetura é isso - invenção." Entrevista concedida em
2001
“A primeira vez que eu fui à
Brasília de avião, a gente foi com os militares. Eu sentei ao lado do Marechal
Lott e, no caminho, ele me perguntou: ?Niemeyer, o nosso edifício vai ser
clássico, né?? Eu até disse, sorrindo pra ele: ?o senhor, numa guerra, o que
vai querer? Arma antiga ou moderna?” Entrevista divulgada em
2007
Política
"Você tem que pensar na
política, a política é importante. Você tem que pensar na miséria. E quando
sentir que a coisa está ruim demais, e a esperança fugiu do coração dos homens,
aí é revolução." Entrevista divulgada em 2007
“Eu nasci comunista. Meu avô foi
ministro do Supremo Tribunal por muitos anos. Quando ele morreu só ficou a casa
em que morávamos, hipotecada. Por isso tenho muito respeito pelo meu avô
Ribeiro de Almeida, porque ele foi um sujeito importante na vida pública, mas
morreu teso.” Entrevista divulgada em 2007
“Não acredito em globalismo
(globalização), não acredito em nenhuma dessas invenções dos americanos. Só
acredito que eles querem invadir a Amazônia.” Entrevista divulgada
em 2007
"Mais importante do que a
arquitetura é estar pronto pra protestar e ir à rua, isso que é importante, é o
sujeito se sentir bem, sentir que não é um merda, que ele tá ali pra ser
útil...?” Entrevista divulgada em 2007
Humanismo
"Por enquanto só usa a
arquitetura quem tem dinheiro, os outros estão fodidos aí, nas
favelas" Entrevista divulgada em 2007
"Aqui, esse é o meu lema: fodido
não tem vez" Entrevista divulgada em 2007
"Vou parar nos cafés para ouvir
historinhas, coisas da vida que um dia vão ter de mudar, quero ser um mulato
que sabe a verdade, e que ao lado dos pobres prefere
ficar" Trecho de samba composto com Caio Junior para o
grupo Banda de Ipanema
"O pobre mesmo, que vê o prédio
moderno, se espanta com a forma e tem seus momentos de emoção. Depois ele sabe
que não vai participar, que não participa de nada. Nós trabalhamos para os
donos do dinheiro." Entrevista realizada em dezembro de
2007
Desenho
?Eu começo a desenhar. E quando
chega uma ideia, uma solução que me agrada, eu passo a redigir um texto
explicativo, porque se nesse texto eu não encontro argumentos, eu volto pra
prancheta" Entrevista divulgada em 2007
"A forma nova, diferente, que
deve criar surpresa... essa é a arquitetura. Arquitetura é
invenção" Entrevista divulgada em 2007
"A beleza é importante. As
pirâmides foram uma coisa sem menor sentido, mas são tão bonitas, tão
monumentais, que a gente esquece a razão das pirâmides e se admira. Se a gente ficar
preocupado só com a função, fica uma merda." Entrevista
divulgada em 2007
"O arquiteto tem que saber
desenhar, fazer desenho figurativo, desembaraçar a mão para
trabalhar" Entrevista divulgada em 2007
"Na Europa, às vezes dizem
"o passado arquitetônico de vocês é pobre, é mais português que
brasileiro." E eu dizia: isso é muito bom pra nós, porque vocês vivem
circulando entre monumentos, e nós estamos livres para fazer hoje o passado de
amanhã." Entrevista divulgada em 2007
Kaio EduardoJornalista
Porto-riquenho impressiona
![]() |
O artista de performance, Johann Figueroa, fica imóvel na base do
arco no Washington Square Park, em Nova York |
Os turistas que visitam a Washington Square param. Os nova-iorquinos
também, mesmo aqueles calejados, impacientes, do tipo - "tô passando, sai
do meu caminho!" Artistas de rua, pedintes, policiais de passagem, todos
param no lado sul do Arco de Washington para assistir....
Michael Wilson Em Nova York (EUA
Andar na rua e fumar é proibido em Tóquio
![]() |
Fumantes com cigarro aceso em área onde não é permitido fumar em Tóquio |
“Esta é uma cidade ordeira. Na hora do rush, a multidão de
passageiros que sai da plataforma do metrô não ousa pisar na escada com a placa
"Descida". Ninguém atravessa a rua fora da faixa, nem joga coisas no
chão. As operadoras pedem desculpas quando seus trens atrasam --ou mesmo se
adiantam-- alguns segundos”
Os habitantes de
Tóquio podem acender seus cigarros em bares e restaurantes, mas correm o risco
de receber uma multa de até US$ 200 se ousarem fumar ao ar livre fora das áreas
delimitadas para esse fim nas calçadas da cidade. Andar e fumar é proibido, e
os fumantes se amontoam ao lado de cinzeiros colocados ao fim de cada quadra ou
em fumódromos próximos de estações de metrô. O rigor da restrição ao ar livre
contrasta com a tolerância ao fumo em locais fechados. A prática só foi abolida
totalmente nas estações de trem e nos táxis no ano passado e enfrenta poucas
limitações nos bares e restaurantes. Diferentemente de São Paulo, o cliente que
senta ao balcão de um sushi bar de Tóquio não está livre de um vizinho fumante.
Nos escritórios, os administradores têm a liberdade de decidir sobre restringir
ou não o fumo. A proibição de andar e fumar começou a ser adotada em regiões próximas
de Tóquio em 2002, depois que moradores reclamaram dos efeitos nocivos da
fumaça sobre as crianças. A medida se espalhou. Além do dano que pode causar às
crianças, o fumo foi vetado porque o fumante pode queimar outros pedestres e
soltar fumaça no rosto de alguém que ande na direção contrária. O hábito de
fumar decaiu no Japão nos últimos anos, mas o país ainda tem um dos mais altos
índices do mundo desenvolvido. De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), quase metade dos homens adultos fuma e o câncer de pulmão é uma das
principais causas de morte. Entre as mulheres, o índice é de 10%. O Japão tem
cerca de 500 mil máquinas automáticas de venda de cigarros e o governo é um dos
principais acionistas da multinacional Japan Tabacco. Vender cigarros para
menores de 20 anos é proibido, mas uma caminhada pelos bairros onde se
concentram os jovens permite constatar que a regra está longe de ser obedecida
Fontes:Cláudia Trevisan, TÓQUIO, O Estadão de S.Paulo - e Motoko Rich Em Tóquio (Japão)
'Navio fantasma' com 8 corpos ...
Um navio de madeira
sem tripulação apareceu em uma praia do Japão com oito corpos e esqueletos
humanos.
Autoridades
japonesas tentam identificar os corpos encontrados em embarcação precária, sem
equipamentos de navegação
DAVID TRUEBA - 27 NOV 2017 - 21:00 - BRST - El País.
Não estávamos preparados para descobrir todo esse subconsciente
repugnante
Nas redes sociais,
os justiceiros e os loucos por protagonismo estão mostrando seu subconsciente
inclusive através da piada mais absurda
Estamos nos
perguntando, em relação às /redes_sociais/, se elas melhoram a convivência, se
são úteis, https://se aumentam ou diminuem a capacidade de raciocínio das pessoas. Não
há dúvidas de que elas agilizaram o comércio, o imediatismo e as chicotadas da
opinião pública. Ao estarmos https://sempre com os celulares, somos receptores
perpétuos, emissores constantes, oferecemos uma série de interesses para quem
quiser especular com eles. Nos últimos tempos também descobrimos que os
celulares servem para exibir o nosso subconsciente. Até agora o subconsciente
era uma coisa que guardávamos para nós mesmos, nem éramos capazes de acessá-lo
e às vezes tínhamos que recorrer à hipnose, ao álcool ou à psiquiatria. Expor o
subconsciente era uma tarefa de desinibição que exigia um esforço às vezes
dramático, como se tivéssemos que intervir com um bisturi em nossas próprias
vísceras. Mas graças ao celular, o subconsciente está agora nas redes, nos
bate-papos, nas mensagens mais cotidianas.
Ficamos surpresos
até mesmo com a facilidade com que muitas pessoas se mostram em público ou
https://nessa privacidade fingida das redes. Não têm receio de levar sua
pré-consciência para dar um passeio em uma exibição grotesca. Nem é preciso que
https://um juiz ordene a intervenção das ligações para ver essas conversas que fazem
parte da nova era da nudez. Da nudez roubada em uma praia passamos à nudez das
conversas vazadas de processos e investigações. É o novo pornô, espiar a
intimidade de dirigentes, corruptos, lobistas e galãs. Mas existe essa outra
nudez voluntária que é a de ver o subconsciente de muitos que a levaram para
passear.
Todos que comemoram
a morte de alguém, todos esses justiceiros das redes, todos esses loucos por
protagonismo estão mostrando seu subconsciente inclusive através da piada mais
absurda, do comentário mais inútil, do insulto mais brincalhão. Pegue o meu subconsciente,
é o que estão dizendo. https://A Espanha está escandalizada por conta de uns policiais
que se declaravam, entre piadas e em um grupo de WhatsApp, nazistas e
assassinos, com orgulho que mostrava um subconsciente não detectado nem pelo
especialista responsável por fazer o teste psicotécnico que os habilitou a
serem servidores públicos armados. Mostraram em chats sem nenhuma repressão. Aí
está meu subconsciente. Os estupradores, os que superam os limites de trânsito,
os que matam animais indefesos, qualquer transgressão, se não estiver na rede,
perde potência. Só que não estávamos preparados, como sociedade, para descobrir
que tanto subconsciente é criminoso e repugnante. É bom vê-lo, ainda que o nojo
seja notável.
26 de nov. de 2017
Publicado na Rede Brasil Atual - Mauro Santayana
O fim do BNDES e o grande golpe do Brasil quebrado
Nos últimos anos, e mais especialmente a partir de 2013, o Brasil tem se transformado, cada vez mais, no país de pequenos e grandes golpes, canalhas, sucessivos e mendazes. Golpes na economia, golpes na soberania e na estratégia nacional, golpes contra a democracia, que culminaram no http://www. grande golpe jurídico-midiático-parlamentar de 2016.
Mas, sobretudo, golpes contra verdade, a
consciência popular, a própria realidade e a opinião pública. Com a criação e
disseminação de mentiras, fakes e falsos paradigmas apoiados
mutuamente na fabricação do consentimento para a desconstrução de um sistema
político que, com todos os seus defeitos – aliás, como toda democracia –
funcionava com um mínimo de governabilidade, de estabilidade institucional e de
equilíbrio entre os poderes da República.
Golpes voltados para sabotagem e destruição de
um programa nacionalista e desenvolvimentista que levou o Brasil da 14ª para a
sexta economia do mundo, em 9 anos, a partir de 2003, apoiado no retorno à
construção de plataformas de petróleo, hidrelétricas de grande porte,
ferrovias, refinarias, tanques, submarinos, navios, rifles de assalto, caças,
cargueiros aéreos militares, multiplicando o crédito, dobrando a produção
agrícola, triplicando a produção de automóveis.
Da imensa usina de contrainformação fascista
montada, principalmente, http://www.a partir de 2013, saíram – e continuam a sair –
milhares de calúnias, seguindo uma estratégia não escrita que usa pequenas
“notícias” cotidianas. A maior parte delas surreal, disseminada pela má fé, o
ódio e a hipocrisia, realimenta permanentemente, principalmente nas redes
sociais, grandes correntes e paradigmas midiáticos que adquiriram o ar de
certeza para a parcela mais ideologicamente imbecil, quanto mais
apaixonadamente ignorante, da população brasileira.
Uma das principais pós-verdades vendidas para
esse público, hoje já transformada em discurso e adotado como bandeira e muleta
pelo atual governo e boa parte da mídia, é de que o Brasil estaria totalmente
inviabilizado economicamente e, logo, necessitado de passar por um urgente
programa de “reformas” – com venda de ativos públicos e privados para “sair do
buraco”.
Ora, quebrados, ou quase isso, estávamos no
último ano de governo do senhor Fernando Henrique Cardoso. http://www.Em 2002, depois de um nefasto e maior programa de
“reformas” e de “privatizações” (na verdade, de
desnacionalização) da economia brasileira em 500 anos, encerramos o ano com um
PIB nominal e uma renda per capita em dólares, segundo o Banco
Mundial, menor do que de oito anos antes, no final do governo Itamar Franco. E
uma dívida com o FMI de US$ 40 bilhões.
Hoje o Brasil tem R$ 380 bilhões de
dólares – mais de R$ 1 trilhão – em reservas internacionais e é ainda, com toda
a crise, a nona economia do mundo. Entre as 10 principais economias do planeta,
grupo em que nos incluímos depois de 2002, pelos menos sete países – Estados
Unidos, Japão, Reino Unido, França, Itália, Canadá – têm dívida pública maior
do que a nossa.
O salário mínimo e a renda per capita são
maiores, em dólares, agora, do que no final de 2002, e as dívidas bruta,
externa e líquida são menores do que eram quando Fernando Henrique deixou o
poder.
208 milhões de idiotas
Mas a mídia, os ministros, os “especialistas” e
“analistas” do “mercado” insistem em afirmar a todo o momento exatamente o
contrário. Que estamos redondamente quebrados e que a dívida nacional explodiu
por terem, talvez, na verdade, a mais descarada certeza de que conseguiram
realmente nos transformar impunemente, nos últimos quatro anos, a todos os
brasileiros em uma populosa nação de 208 milhões de idiotas.
Afinal,http://www há muita diferença entre dificuldades fiscais
momentâneas, causadas entre outras coisas, por um programa de
desonerações fiscais equivocado, mas que deixou um déficit muito menor do
que o de hoje – agravado por volumosos aumentos de salários para o
Judiciário e o Ministério Público aprovados depois que Temer chegou ao poder –
e os dados macroeconômicos de um Brasil que já emprestou dinheiro ao FMI e
ocupa o posto de quarto maior credor individual dos Estados Unidos. http://www(Basta pesquisar na página oficial do Tesouro
norte-americano procurando a expressão mayor treasuries holders no
Google.)
A razão pela qual o governo e o sistema de
contrainformação fascista, na internet principalmente, não alardeiam para a
maioria da população o excelente nível de reservas internacionais é óbvia. Essa
informação contradiz frontalmente o mito de que Lula, Dilma e os governos do PT
quebraram o Brasil, a ponto de deixar o país de chapéu na mão.
E anula, praticamente, a justificativa que está
por trás de um programa apressado, antidemocrático – porque a sociedade não
está sendo ouvida – e antipatriótico de privatizações que está entregando o Brasil
a toque de caixa e preço de banana podre aos estrangeiros. Como ocorreu, por
exemplo, http://wwwcom a venda da maior refinaria de resina PET da América
Latina, recém-inaugurada pela Petrobras (na qual foram investidos R$
9 bilhões) por apenas R$ 1,3 bilhão para capitais mexicanos, no final do ano
passado, provocando um prejuízo, apenas nesse caso, três vezes superior àquele
que teoricamente teria sido gerado por Dilma no caso Pasadena, se ela já não
tivesse, a bem da verdade, sido isentada pelo TCU dessas acusações.
Ou da entrega – por meio de um discurso
entreguista tão hipócrita quanto calhorda – de reservas de petróleo do pré-sal
para empresas 100% estatais de outros países como Noruega e China, enquanto,
para consumo interno, defende-se a “desestatização” da Eletrobras e a própria
Petrobras, com a alegação de que o capital privado seria mais honesto e
competente.
Tudo isso em um país em que, paradoxalmente,
com base em uma campanha jurídica eivada de primeiras, segundas e terceiras
intenções políticas, se acaba de destruir cinicamente – e em alguns casos,
desnacionalizar – a base do capital privado nacional e da megaengenharia
brasileiras, justamente por serem consideradas, as duas, fontes de corrupção e
de serem excessivamente dependentes do governo.
BNDES poderoso e eficiente
São essas mesmas razões – a mentira e a
manipulação e a necessidade de sustentar o mito de que o PT quebrou o país –
que fazem com que o governo e a mídia deixem de mencionar, ou tentem esconder
da maior parte da população, que Temer e Meirelles herdaram dos governos Dilma
e Lula, quando assumiram o poder depois do golpe de 2016, um BNDES extremamente
poderoso e eficiente, com centenas de bilhões de reais em caixa.
Recursos que eles estão raspando dos cofres do
nosso maior banco de fomento, enviando-os “antecipadamente” para o Tesouro, com
a desculpa de estar diminuindo a dívida pública, quando ela é menor hoje do que
em 2002 e esse dinheiro fará quase ou nenhuma diferença em percentual de dívida
com relação ao PIB, ao fim desse estúpido e gigantesco austericídio.
Não é preciso lembrar ao ministro da Fazenda –
que recebeu mais de R$ 200 milhões em “consultoria” no exterior nos últimos
três anos – que o BNDES foi criado, em 1952, no segundo governo Vargas, para
promover o desenvolvimento econômico e social do país, e não para gerar
recursos para o pagamento de uma dívida pública que ainda se encontra em uma
classificação mediana do ponto de vista internacional.
Como não é preciso recordar que bancos precisam
de dinheiro para funcionar, retirar deles recursos, nesse caso, capitais
públicos, equivale a fechar as suas portas. Tampouco é preciso lembrar que,
assim como no caso da justificativa imbecil da queda de Dilma por “pedaladas”
fiscais, o dinheiro que está no BNDES, ou no Tesouro, pertencem ao mesmo dono –
o povo brasileiro –, que o que importa não é ficar fingindo que se tratam de
coisas diferentes, mas, no frigir dos ovos, gerir esses recursos, economizados
nos últimos anos, em benefício de todos os cidadãos e não de firulas contábeis
para se posar de bons moços para o “mercado”.
Isso tudo em um momento em que o país, com mais
de 14 milhões de desempregados, padece com centenas de bilhões de dólares em
projetos importantíssimos – muitos deles estratégicos – paralisados
irresponsavelmente por decisão da Justiça nos últimos três anos. E precisa
desesperadamente recuperar suas maiores empresas, e de mais infraestrutura e
vagas de trabalho.
A intenção de acabar, na prática, com o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, estrangulando-o enquanto principal
instrumento estratégico para a competitividade brasileira, não atende apenas
aos interesses de nossos concorrentes externos.
http://wwwFaz parte da mesma estratégia de enfraquecer também o Banco
do Brasil e a Caixa Econômica Federalpara justificar privatizações,
ou, no mínimo, “equilibrar” o “mercado”, favorecendo bancos privados nacionais
e estrangeiros no sistema financeiro nacional.
Não por acaso, o ex-presidente do Banco Central
Gustavo Franco acaba de declarar, em seminário em Belo Horizonte, http://wwwque o BB está pronto para privatização. Franco
presidiu o Banco Central no primeiro mandato de FCH, entre 1997 e 1999, era das
grandes privatizações. Não é também por coincidência que contratos do Minha
Casa Minha Vida têm sido sistematicamente atrasados pela Caixa. Anunciou-se
nesta semana que o financiamento de imóveis usados na Caixa agora só chegará,
no máximo, a 50% do valor do bem a ser adquirido.
A classe “média”, principalmente, aquela
parcela que se assume como vanguarda do fascismo nas redes sociais, ou está
engolindo a seco, ou deve mesmo estar satisfeita com essas notícias, e também
com outras novidades http://wwwdesse “novo” Brasil, ordeiro e progressista,
como a volta dos frequentes, quase semanais, aumentos do preço dos combustíveis
da Petrobras para as distribuidoras, rapidamente repassados pelos postos, tão
comuns na última década do século passado.
Mário Quintana
"No retrato
que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto
árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas
que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco
- pouco
a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de
criança...
Terminado por um louco!"
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