Comlurb já recolheu 55,13 toneladas de
peixes mortos na Lagoa Rodrigo de Freitas
Mais de 480 garis e 60 agentes de limpeza
urbana trabalham há três dias no local
Rio - A Comlurb recolheu até este sábado, às 11h, terceiro dia de trabalho na Lagoa Rodrigo, 55,13 toneladas de peixes mortos. A Companhia mobilizou durante todo esse tempo a mão de obra de 483 garis e 60 agentes de limpeza urbana. O efetivo hoje da Comlurb no local é de 178 profissionais.
O trabalho vem sendo realizado com o apoio de quatro catamarãs. A ação prossegue até que cesse a mortandade de peixes e a limpeza das margens.
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Futura ministra quer acabar com
inspeção diária em frigoríficos do País
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Na operação Carne Fraca foi constatado que frigorificos vendiam
carne vencida e estragada, mesmo com fiscalização. Imagina agora,
que quem fará a fiscalização será o próprio dono do frigorífico
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Tereza Cristina quer alterar o processo de
inspeção de carnes e derivados produzidos
no país, acabando com a fiscalização diária
do governo. Medida beneficia principalmente
os frigoríficos.
no país, acabando com a fiscalização diária
do governo. Medida beneficia principalmente
os frigoríficos.
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, quer alterar o processo de inspeção de carnes e derivados produzidos no País, acabando com a fiscalização diária do governo. A medida beneficia principalmente os frigoríficos, hoje submetidos a auditorias diárias feitas pelo servidores públicos do ministério.
As regras de vigilância sanitária determinam que é função do governo - e não do produtor de carne - fazer a inspeção sanitária diária da carne, desde antes do abate dos animais até a sua produção para consumo. O plano da nova ministra da Agricultura é fazer com que o setor adote "práticas de autocontrole", com protocolos de segurança estabelecidos pelo governo, mas sendo auditados pelo poder público apenas "de tempos em tempos", sem a necessidade de ter um agente do Ministério presente fisicamente, todos os dias, nos frigoríficos do país.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Tereza Cristina disse que essa será uma de suas primeiras medidas. "Simplificação não é precarização. Com responsabilidade e seriedade, vamos dar agilidade e reduzir custos. Com o autocontrole, a responsabilidade é do produtor, seja sobre os equipamentos, seu pessoal ou sobre a qualidade do que tem de sair dali. Ele deve cumprir a regra, o que ele terá de fazer é seguir um protocolo detalhado", declarou a ministra. "A fiscalização do Ministério será uma auditoria feita de tempos em tempos. Se achar que não está bom, vai lá toda semana."
Tereza Cristina diz que o modelo atual limita a autonomia dos frigoríficos. Hoje, segundo ela, a produção não pode ser ampliada para o fim de semana porque os fiscais do ministério não trabalham sábado e domingo e não podem receber hora extra. "Com essa medida, não tem problema nenhum, pode trabalhar sábado, domingo, à noite, três ou quatro turnos", disse. "Isso é o que esse governo novo quer implantar, onde puder. Cada um tem de tomar conta do seu pedaço, com responsabilidade."
O modelo de autocontrole, segundo Cristina, já é utilizado em várias partes do mundo. "É um processo usado em parte da Europa. O ministério faz a fiscalização do animal vivo, para ver se ele está em perfeita condição de saúde para ser consumido. Mas internamente, o controle é da empresa, do frigorífico."
O processo de inspeção de carnes brasileiro esteve no centro das investigações da Operação Carne Fraca, realizada pela Polícia Federal em março de 2017. As investigações apuraram a atuação de auditores fiscais sanitários e suas relações com grandes frigoríficos, levando ao fechamento de algumas plantas pelo País Delatores confessaram que empresários pagavam mesadas para funcionários do Ministério da Agricultura para que pudessem escolher os fiscais do governo que atuariam dentro das unidades fazendo vista grossa na vigilância.