6 de fev. de 2020
3 de fev. de 2020
UM OP-ED DO FUTURO
Privatizar o exército dos Estados Unidos foi um erro
Imagine: /opinion/future-privatized-army-
Lama? Vejo sombras
(Sabendo sobre técnicos e governos comprometidos com os desejos
e um povo que não possui conhecimento técnico para decidir...)
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Mount Pleasant, Iowa, em 21 de janeiro. Crédito ...Jordan Gale para o New York Times |
Leia:
Mas você não pode escolher
o que é verdadeiro.
As eleições são sobre encontrar compromisso entre pessoas com desejos muito diferentes.
Por Yuval Noah Harari(...) "A temporada eleitoral de 2020 nos Estados Unidos, provavelmente estará entre as mais divisórias e controversas da história americana. Os resultados reverberam em todo o mundo e provavelmente moldarão a ordem global nos próximos anos. À medida que a temperatura política sobe ao ponto de ebulição, as pessoas de todos os lados devem refletir sobre o que realmente são as eleições democráticas."
"É claro que cientistas, jornalistas e juízes têm seus próprios problemas e nem sempre é possível confiar em descobrir e dizer a verdade. Instituições acadêmicas, a mídia e os tribunais podem ser comprometidos por corrupção, preconceito ou erro. Mas subordiná-los a um Ministério da Verdade governamental provavelmente piorará as coisas. O governo já é a instituição mais poderosa da sociedade e muitas vezes tem o maior interesse em distorcer ou ocultar verdades inconvenientes. Permitir que o governo supervisione a busca da verdade é como nomear a raposa para guardar o galinheiro."
Leia direto no//www.nytimes.democracy-elections.
2 de fev. de 2020
Que papelão sr, Weintraub!
Fora Weintraub!
MARGARIDA SALOMÃO
Professora da Universidade Federal de Juiz de Fora, com Doutorado e Pós-Doutorado pela Universidade da Califórnia, em Berkeley. Está deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais desde 2013.
Professora da Universidade Federal de Juiz de Fora, com Doutorado e Pós-Doutorado pela Universidade da Califórnia, em Berkeley. Está deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais desde 2013.
29 de jan. de 2020
Ministro da Justiça
Moro usa parecer de Temer e trava demarcação de 17 terras indígenas no país
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) recorreu a um parecer aprovado pelo então presidente Michel Temer (MDB) para devolver à Funai 17 processos de demarcação de terras indígenas que estavam no órgão à espera de uma decisão do ministro. A pasta reconhece que devolveu cinco processos.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Se eu li corretamente, ele [Bolsonaro] diz que é melhor alguém estar morto do que ser gay. Isso é bem similar ao pensamento de [Vladimir] Putin, diz Maria Masha Alyokhina, uma das integrantes do coletivo russo Pussy Riot, conhecido pelo ativismo na luta pela liberdade de expressão e pelos direitos da mulher.
Lira Itabirana
Um poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), .
I
O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.
II
Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!
III
A dívida interna.
A dívida externa
A dívida eterna.
IV
Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?
Publicado em 1984 no jornal Cometa Itabirano, o poema não chegou a ganhar versão subsequente em livro
Escrito em um período em que a dívida externa era um fantasma no horizonte de qualquer tentativa de crescimento no Brasil, Lira Itabirana, com versos curtos e diretos que buscam inspiração nas quadras da poesia popular, faz a comparação entre a atividade mineradora incessante e lucrativa e a dívida "eterna" do país, pouco aplacada mesmo com as toneladas de ferro exportado.
Apesar do aparente tom antecipatório, ele apenas reitera alguns elementos com que o poeta mineiro trabalhou ao longo de toda sua carreira: crítica social e política aliada à evocação nostálgica de uma Minas Gerais que já não existia. Lira Itabirana é apenas um dos exemplos de poemas nos quais Drummond refletia, entre melancólico e alarmado, com os efeitos da mineração em seu Estado natal. Qualquer deles, agora, poderia ser relembrado com o mesmo caráter assombroso.
Não é de estranhar que Drummond fale da Vale em Lira Itabirana. Ambos são conterrâneos. Itabira, a cidade a 104 quilômetros de Belo Horizonte em que Drummond nasceu, em 1902, foi a mesma em que surgiu a Companhia do Vale do Rio Doce, em 1942. Antes disso, nos séculos 18 e 19, a cidade já havia passado por ciclos de mineração de ouro, em pequenas empreitadas sustentadas principalmente por mão de obra escrava. O ouro na região, contudo, era menos abundante do que em outras cidades mineiras, e por isso Itabira não experimentou grande crescimento econômico. O próprio Drummond identificava-se, na saudosa crônica Vila da Utopia, como um "filho da mineração", como todo Itabirano:
"Parecia-me que um destino mineral, de uma geometria dura e inelutável, te prendia, Itabira, ao dorso fatigado da montanha, enquanto outras alegres cidades, banhando-se em rios claros ou no próprio mar infinito, diziam que a vida não é uma pena, mas um prazer. A vida não é um prazer, mas uma pena. Foi esta segunda lição, tão exata como a primeira, que eu aprendi contigo, Itabira, e em vão meus olhos perseguem a paisagem fluvial, a paisagem marítima: eu também sou filho da mineração, e tenho os olhos vacilantes quando saio da escura galeria para o dia claro."
Essa situação mudou depois que a cidade passou a ser o ponto inicial do chamado "quadrilátero ferrífero", a região de extração do ferro que inclui também Mariana, além de Sabará e Ouro Preto, entre outras. A expansão mineradora, contudo, não era feita sem um preço a pagar, algo que Drummond já havia apontado em um poema de 1973. No seu livro Menino Antigo, o poeta exporia sua inquietação com os efeitos da retirada de minério da região, em A Montanha Pulverizada, poema no qual narra o desaparecimento do Pico do Cauê. Outrora cartão postal e marco do município de Itabira, o Pico do Cauê terminou reduzido a nada pela atividade mineradora:
Chego à sacada e vejo a minha serra,
a serra de meu pai e meu avô,
de todos os Andrades que passaram
e passarão, a serra que não passa.
(...)
Esta manhã acordo e não a encontro,
britada em bilhões de lascas,
deslizando em correia transportadora
entupindo 150 vagões,
no trem-monstro de cinco locomotivas
- trem maior do mundo, tomem nota -
foge minha serra, vai
deixando no meu corpo a paisagem
mísero pó de ferro, e este não passa.
Escrito em um período em que a dívida externa era um fantasma no horizonte de qualquer tentativa de crescimento no Brasil, Lira Itabirana, com versos curtos e diretos que buscam inspiração nas quadras da poesia popular, faz a comparação entre a atividade mineradora incessante e lucrativa e a dívida "eterna" do país, pouco aplacada mesmo com as toneladas de ferro exportado.
Apesar do aparente tom antecipatório, ele apenas reitera alguns elementos com que o poeta mineiro trabalhou ao longo de toda sua carreira: crítica social e política aliada à evocação nostálgica de uma Minas Gerais que já não existia. Lira Itabirana é apenas um dos exemplos de poemas nos quais Drummond refletia, entre melancólico e alarmado, com os efeitos da mineração em seu Estado natal. Qualquer deles, agora, poderia ser relembrado com o mesmo caráter assombroso.
Não é de estranhar que Drummond fale da Vale em Lira Itabirana. Ambos são conterrâneos. Itabira, a cidade a 104 quilômetros de Belo Horizonte em que Drummond nasceu, em 1902, foi a mesma em que surgiu a Companhia do Vale do Rio Doce, em 1942. Antes disso, nos séculos 18 e 19, a cidade já havia passado por ciclos de mineração de ouro, em pequenas empreitadas sustentadas principalmente por mão de obra escrava. O ouro na região, contudo, era menos abundante do que em outras cidades mineiras, e por isso Itabira não experimentou grande crescimento econômico. O próprio Drummond identificava-se, na saudosa crônica Vila da Utopia, como um "filho da mineração", como todo Itabirano:
"Parecia-me que um destino mineral, de uma geometria dura e inelutável, te prendia, Itabira, ao dorso fatigado da montanha, enquanto outras alegres cidades, banhando-se em rios claros ou no próprio mar infinito, diziam que a vida não é uma pena, mas um prazer. A vida não é um prazer, mas uma pena. Foi esta segunda lição, tão exata como a primeira, que eu aprendi contigo, Itabira, e em vão meus olhos perseguem a paisagem fluvial, a paisagem marítima: eu também sou filho da mineração, e tenho os olhos vacilantes quando saio da escura galeria para o dia claro."
Essa situação mudou depois que a cidade passou a ser o ponto inicial do chamado "quadrilátero ferrífero", a região de extração do ferro que inclui também Mariana, além de Sabará e Ouro Preto, entre outras. A expansão mineradora, contudo, não era feita sem um preço a pagar, algo que Drummond já havia apontado em um poema de 1973. No seu livro Menino Antigo, o poeta exporia sua inquietação com os efeitos da retirada de minério da região, em A Montanha Pulverizada, poema no qual narra o desaparecimento do Pico do Cauê. Outrora cartão postal e marco do município de Itabira, o Pico do Cauê terminou reduzido a nada pela atividade mineradora:
Chego à sacada e vejo a minha serra,
a serra de meu pai e meu avô,
de todos os Andrades que passaram
e passarão, a serra que não passa.
(...)
Esta manhã acordo e não a encontro,
britada em bilhões de lascas,
deslizando em correia transportadora
entupindo 150 vagões,
no trem-monstro de cinco locomotivas
- trem maior do mundo, tomem nota -
foge minha serra, vai
deixando no meu corpo a paisagem
mísero pó de ferro, e este não passa.
Anos depois, em 1984, Drummond faria outra versão desse mesmo poema e a publicaria no jornal Cometa Itabirano - o mesmo no qual saiu também Lira Itabirana.
Em O Maior Trem do Mundo - mais tarde compilado em Poesia Errante, Drummond repete o mote do trem que leva embora não apenas a riqueza mineral extraída da terra, mas a própria terra e seu coração. O poema foi escrito em uma época em que a economia de Itabira já começava a dar mostras de colapso, sem que a cidade tivesse se beneficiado da riqueza gerada pelo empreendimento. O poema de Drummond aborda, com melancolia, a possibilidade de esgotamento dos veios minerados na cidade e seu abandono previsível quando não houver mais o que tirar do coração da terra:
O maior trem do mundo
Leva minha terra
Para a Alemanha
Leva minha terra
Para o Canadá
Leva minha terra
Para o Japão
O maior trem do mundo
Puxado por cinco locomotivas a óleo diesel
Engatadas geminadas desembestadas
Leva meu tempo, minha infância, minha vida
Triturada em 163 vagões de minério e destruição
O maior trem do mundo
Transporta a coisa mínima do mundo
Meu coração itabirano
Lá vai o trem maior do mundo
Vai serpenteando, vai sumindo
E um dia, eu sei não voltará
Pois nem terra nem coração existem mais.
Em O Maior Trem do Mundo - mais tarde compilado em Poesia Errante, Drummond repete o mote do trem que leva embora não apenas a riqueza mineral extraída da terra, mas a própria terra e seu coração. O poema foi escrito em uma época em que a economia de Itabira já começava a dar mostras de colapso, sem que a cidade tivesse se beneficiado da riqueza gerada pelo empreendimento. O poema de Drummond aborda, com melancolia, a possibilidade de esgotamento dos veios minerados na cidade e seu abandono previsível quando não houver mais o que tirar do coração da terra:
O maior trem do mundo
Leva minha terra
Para a Alemanha
Leva minha terra
Para o Canadá
Leva minha terra
Para o Japão
O maior trem do mundo
Puxado por cinco locomotivas a óleo diesel
Engatadas geminadas desembestadas
Leva meu tempo, minha infância, minha vida
Triturada em 163 vagões de minério e destruição
O maior trem do mundo
Transporta a coisa mínima do mundo
Meu coração itabirano
Lá vai o trem maior do mundo
Vai serpenteando, vai sumindo
E um dia, eu sei não voltará
Pois nem terra nem coração existem mais.
De acordo com a pesquisadora Letícia Malard, autora do livro No Vasto Mundo de Drummond (Editora UFMG, 2005), a "corrosão" é uma metáfora forte e recorrente na poesia de Drummond: "uma corrosão no sentido literal, socioeconômico - a serra sendo corroída pela retirada do minério - e uma corrosão metafórica - a alma corroída do itabirano, uma vez que procura a 'sua' serra, a qual lhe parecia eterna, e não mais a encontra."
Logo, a preocupação de Drummond com os efeitos da mineração em sua região nada tinha de profética. E se agora ela surpreende, é porque, infelizmente, ninguém estava prestando atenção.
Logo, a preocupação de Drummond com os efeitos da mineração em sua região nada tinha de profética. E se agora ela surpreende, é porque, infelizmente, ninguém estava prestando atenção.
*Zero Hora
https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/ultimas-noticias/
27 de jan. de 2020
25 de jan. de 2020
Só mesmo um burro pra pensar assim
Cara! Sou tão burro,
pensava que a igualdade fosse vontade de todos.
Cara!
Uai!
Me dei mau.
A foto misteriosa de Carluxo
Carlos Bolsonaro publicou há pouco em seu Twitter uma foto sua diante de um varal, sem nenhum texto acompanhando.
Neste momento, especialistas estão muito empenhados em entender.
(..."e há paz após a sacanagem. ") /Sacanagem\
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA
O Instituto Cultural Filarmônica é uma associação civil sem fins lucrativos que tem como tarefas estruturar e manter a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e promover a difusão da música clássica. O Instituto tem também o compromisso de zelar pela eficiência e transparência da gestão da Orquestra e pelo fiel cumprimento de seus objetivos culturais, garantindo à sociedade acesso às informações referentes à gestão de recursos.
AGENDA DE
CONCERTOS
Próximos Concertos:
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A Sala Minas Gerais é um espaço de escuta sensível, capaz de
ampliar a experiência com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
Venha que a casa também é sua.
|
13 fevereiro, 2020
20h30
A Sala Minas Gerais está localizada em uma região com acessos privilegiados pelos principais corredores viários da cidade. Não importa o meio de transporte, sua comodidade está garantida.
20h30
A Sala Minas Gerais está localizada em uma região com acessos privilegiados pelos principais corredores viários da cidade. Não importa o meio de transporte, sua comodidade está garantida.
LINHAS DE ÔNIBUS
2104, 2151, 1404, 1502, 1505, 1509, 1510, 4031, SC01A, SC03A e outros.
2104, 2151, 1404, 1502, 1505, 1509, 1510, 4031, SC01A, SC03A e outros.
ACESSIBILIDADE
A Sala Minas Gerais dispõe de lugares para cadeirantes. Para saber como comprar os ingressos para esses espaços, envie um e-mail para contato@filarmonica.art.br ou ligue para (31) 3219-9000. A Sala também está equipada com rampas de acesso, elevadores e banheiros adaptados.
A Sala Minas Gerais dispõe de lugares para cadeirantes. Para saber como comprar os ingressos para esses espaços, envie um e-mail para contato@filarmonica.art.br ou ligue para (31) 3219-9000. A Sala também está equipada com rampas de acesso, elevadores e banheiros adaptados.
BILHETERIA
A bilheteria da Sala Minas Gerais funciona de terça a sexta, de 12h a 20h, e no sábado, de 12h a 18h. Saiba mais sobre a venda de ingressos.
A bilheteria da Sala Minas Gerais funciona de terça a sexta, de 12h a 20h, e no sábado, de 12h a 18h. Saiba mais sobre a venda de ingressos.
ESTACIONAMENTO*
O estacionamento fica na Rua Alvarenga Peixoto, entre a Tenente Brito Melo e a Uberaba. Para quem vai assistir aos concertos, será cobrada uma taxa fixa de 20 reais nos seguintes períodos:
quintas e sextas-feiras, das 19h às 24h
sábados, das 16h às 21h
domingos, das 9h às 14h
Importante: é preciso apresentar o ingresso na hora do pagamento.
O estacionamento fica na Rua Alvarenga Peixoto, entre a Tenente Brito Melo e a Uberaba. Para quem vai assistir aos concertos, será cobrada uma taxa fixa de 20 reais nos seguintes períodos:
quintas e sextas-feiras, das 19h às 24h
sábados, das 16h às 21h
domingos, das 9h às 14h
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