Nigel Amon - Cubisme Africain

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9 de mai. de 2022

A Fábrica da Mantiqueira


Pioneira na indústria de laticínios no Brasil, a empresa foi fundada por Dr. Sá Fortes


A Antiga Fábrica da Mantiqueira em 2007

Por Silvério Ribeiro

No dia 15 de fevereiro de 2010 fiz uma excursão, conforme indicado em livros antigos, ao local onde funcionara a antiga Fábrica da Mantiqueira, fundada pelo Dr. Carlos Pereira de Sá Fortes, em 1887, o primeiro laticínio do Brasil e segundo alguns pesquisadores a primeira indústria laticinista da América Latina, um estabelecimento destinado à fabricação do queijo do reino.


Dr. Sá Fortes, foto publicada na Revista O Malho
(RJ) – Edição nº 096 Ano: 1904



O agradável passeio foi realizado em companhia de meu pai, numa segunda-feira de carnaval, em que propusemos deixar Barbacena pela rodovia MG-338 até o distrito de Sá Fortes, no município de Antônio Carlos, onde deixamos a estrada asfaltada para encararmos de automóvel o antigo trajeto da Estrada União Industria.¹ Serra abaixo, em alguns trechos, o capim que tomava a antiga rodovia chegava à altura da janela do carro, risco compensado pelo belíssimo horizonte que tínhamos pela frente, as vertentes das Minas Gerais.

A excursão nos proporcionou imaginar as dificuldades das viagens de nossos antepassados em carruagens que atendiam de 15 em 15 dias a Cidade de Barbacena pela União Indústria. Alcançamos, afinal, a BR-040 e às margens da rodovia Santos Dumont-Cabangu, à esquerda de quem vai para a fazenda natal do célebre aviador brasileiro, entramos numa estrada de terra à procura da antiga Fábrica da Mantiqueira.

Três quilômetros além, localizamos o antigo prédio do laticínio, totalmente alterado, transformado num sítio de lazer. Ali fomos muito bem recebidos pela proprietária e família, uma vez que não havíamos combinado visita. Conhecemos a parte da construção que ainda sobrevivia ao tempo. Totalmente alterado para fins residenciais, a edificação mantinha as paredes do antigo laticínio de pé, as escadarias e salas de congelamento. A adução da água da cachoeira para o prédio foi preservada, mantendo-se intacta a base de pedra onde girava a grande roda motora de ferro da fábrica.

Tudo muito espetacular para quem estudara em detalhes aquela construção.

A fábrica foi montada de acordo com plantas enviadas da Holanda e da Europa e foram também de lá importados os equipamentos e os acessórios para as instalações. O pessoal técnico da Fábrica da Mantiqueira era todo de nacionalidade holandesa e os primeiros experimentos não corresponderam às expectativas. Durante três anos não se obteve resultado satisfatório na fabricação de produtos lácteos. O clima do alto da Mantiqueira, cheio de irregularidades e o mal definido das estações, prejudicava a fabricação dos produtos, considerando os aspectos técnicos da época. Fizeram-se queijos tão bons, perfeitos e saborosos como os melhores da Holanda, mas, só obtidos no inverno.
Fábrica da Companhia Brazileira de Lacticínios no Rio de Janeiro (1907)

No início, milhares de queijos deteriorados foram desprezados e, senão a persistência de Sá Fortes, a fábrica estaria fadada à falência. O importante fazendeiro e médico mineiro continuou investindo em melhoramentos técnicos, alcançando um aperfeiçoado processo de resfriamento do leite, conseguindo assim, diminuir a perda dos produtos finais. A empresa de Dr. Sá Fortes foi a primeira a investir dinheiro no Brasil na compra e no aperfeiçoamento de vagões frigoríficos destinados ao transporte de produtos lácteos para o Rio de Janeiro.

A Fábrica da Mantiqueira foi montada à margem do Rio Pinho, no ponto em que as águas deste se lançam numa cachoeira de nove metros de altura, calculada para mais de 100 cavalos de força motora aproveitável do curso de água. A grande roda de ferro construída para o laticínio utilizava-se apenas de 20 cavalos de força para movimentar as máquinas do estabelecimento.

Na fábrica foram instaladas, à época, duas máquinas ecremeuses Laval, movidas a vapor, malaxeur e baratas holandesas, grandes bacias de recebimento e aquecimento para o leite, balanças para pesagem, aparelhos para lavagem a vapor do vasilhame destinado ao acondicionamento do leite e duas grandes caldeiras, uma do sistema Belleville e outras dos sistemas Bocke e Heldekoper.²

O prédio da fábrica, um vasto edifício de 50 metros de extensão por 17 metros de largura, todo de tijolos parede dupla, coberto por telhas francesas e com o pavimento térreo de asfalto e cimento, localizava-se a três quilômetros da Estação Ferroviária da Mantiqueira, a ela ligado por uma estrutura de linha férrea do sistema Decauville.³ Da fábrica, a linha seguia ainda mais três quilômetros e meio até uma grande construção de piso lajeado de pedras que tinha uma parte que servia de cocheira para os animais e outra parte em separado para a coleta do leite que vinha em latas de ferro recolhidas nas fazendas da região. Na beira da linha ainda existia o prédio que servia de alojamento e refeitório dos empregados.

O transporte do leite do primeiro prédio para a fábrica e, posteriormente, o transporte dos produtos beneficiados para a Estação da Mantiqueira eram feitos em vagões apropriados puxados por animais. A princípio, a tração foi realizada por locomotiva, mas a experiência dos primeiros anos provou ser mais vantajosa e econômica a tração animal. Parte do leite, recebido pela fábrica, era produzido nas fazendas da família Sá Fortes, numa média de 700 litros diários.

No prédio do laticínio, além do salão próprio para o beneficiamento de derivados do leite, funcionava a fábrica de gelo que resfriava 2.500 litros de leite por hora, à temperatura de um grau abaixo de zero. A câmara frigorífica para o congelamento do leite podia congelar mais de 3.000 litros por dia. Noutro salão do prédio funcionava uma bem montada oficina para a manutenção das máquinas, um torno mecânico, vários equipamentos para a fabricação de latas, fornos para fundição de metais e uma completa serra sem fim da marca Panhord & Levasseur.

Na visita que fizemos ao local, a proprietária nos mostrou uma ponta da linha férrea Decauville, no jardim da casa, uma peça que sobreviveu ao tempo. A estrada que segue mais três quilômetros e meio é o antigo leito da linha Decauville que nos levou até o Sítio do Galo – construído sobre o lajeado de pedras citado acima – sítio este que o Dr. Sá Fortes mandou construir para realizar o ajuntamento do leite de suas fazendas e demais propriedades da região – que, naquele local, era colocado em latões de ferro dispostos em vagonetas puxadas por muares que levavam o produto in natura até a fábrica.

O passeio pela região, em 2010, nos revelou mais detalhes do processo de transporte da antiga indústria: às margens do Rio Pinho ainda se podia verificar as bases da extinta linha Decauville que seguia até a Estação Ferroviária da Mantiqueira, àquela altura em ruínas e, à sua frente, um grande lajeado de pedra onde começava o ramal que servia a fábrica.

Em 1890, Dr. Sá Fortes transformou a Fábrica da Mantiqueira em uma sociedade anônima sob a denominação de Companhia de Lacticínios, embora de origem puramente mineira, por conveniência comercial, teve sua sede na então capital federal, o Rio de Janeiro. Ali possuía, junto à Estação do Rocha, em importante propriedade, uma fábrica de gelo, com vastas salas frigoríficas destinadas à fabricação de queijos frescos.

Em 1913, poucos meses antes de seu falecimento, Dr. Sá Fortes procurou dar maior expansão à Companhia de Lacticínios da Mantiqueira, tornando-a subsidiária da Companhia Brasileira de Lacticínios que tinha como sócios os poderosos empresários Horácio de Oliveira Castro, Arrojado Lisboa, Hermann Soltz & Cia, Teixeira Borges, Castro Brown, Júlio Meireles, Raul Leite e L. Dupont, este, filho do grande industrial francês fabricante da famosa Manteiga Demagny.

A numerosa família Sá Fortes, após a morte de seu patriarca, subdividiu seu patrimônio, principalmente focado nas fazendas de criação e nas terras que possuíam. A Fábrica da Mantiqueira continuou em operação até os anos 1930, quando foi definitivamente vendida aos holandeses da família Kingman.

O Legado de Sá Fortes ainda se traduz pelos inúmeros estabelecimentos da indústria láctea concentrados nos municípios de Antônio Carlos, Barbacena e Santos Dumont. A bacia leiteira de Minas Gerais nasceu nas encostas da Serra da Mantiqueira e aqui se faz perene as lides laticinistas, empresas fabricantes de queijo, leite pasteurizado, iogurte e requeijão, corajosos empreendedores que continuam se espelhando na saga iniciada pelo Dr. Carlos Pereira de Sá Fortes.
Informe sobre a Companhia de Lactícinios da Mantiqueira,
Leitura para Todos (RJ) 1905.

Informe sobre a Companhia de Lactícinios da Mantiqueira,
 Leitura para Todos (RJ) 1905.

NOTA DA REDAÇÃO: Silvério Ribeiro é Pesquisador e Escritor

Notas:

1 – A Estrada de Rodagem União Indústria, ligando a cidade de Petrópolis a Juiz de Fora, foi a primeira rodovia macadamizada da América Latina, inaugurada em 23 de julho de 1861. A estrada estendeu-se depois atingindo também o Alto da Mantiqueira, portanto, o município de Barbacena.

2 – A ecremeuses Laval era uma desnatadeira cujo processo se constituía em realizar a retirada do creme do leite para a fabricação da manteiga. Esta separação da gordura do leite se fazia por um processo centrífugo; o malaxeur era uma batedeira utilizada para fabricar a manteiga obtida a partir do creme apurado na ecremeuses. As caldeiras se destinavam a fabricação do vapor utilizado como força motriz. A caldeira do sistema Belleville era uma caldeira aquatubular também denominada caldeira de paredes de água ou tubos de água. Neste sistema a água é aquecida nos tubos que passam pelo interior da caldeira. A caldeira Belleville utilizada era uma caldeira vertical de alta pressão. Na falta de maiores detalhes sobre o sistema Bocke e Heldekoper acreditamos tratar-se de caldeiras de baixa pressão utilizadas para aquecimento da água destinada à lavagem do vasilhame da fábrica.

3 – O Decauville é um sistema de caminho-de-ferro de via ultra-estreita (bitola de 40 a 60 centímetros de largura) que ficou conhecido pelo nome de seu inventor Paul Decauville. A via é formada apenas por elementos metálicos pré-fabricados, que podem ser facilmente desmontados, transportados e reutilizados. A preparação da plataforma e a colocação da via requer pouco trabalho. As vagonetas eram inicialmente empurradas manualmente ou puxadas por cavalos. A aparição de pequenas locomotivas Decauville e de material rodante diverso, tornou o sistema um verdadeiro caminho-de-ferro, que encontrou aplicações em numerosos domínios: na mineração, industrial, agrícola, pecuário, militar e turístico. O sistema Decauville se tornou excelente “carregador” dentro de propriedades, podia transportar volumes de carga que antes seriam deslocados a muares ou mesmo por serviço manual, assalariado ou escravo. As suas linhas geralmente não passavam dos 15 quilômetros de extensão, mais que suficiente para atender a maioria dos usos à época.


Fontes:

Revistas:

Leitura para Todos – Rio de Janeiro – Ano 1905

O Malho – Rio de Janeiro – Edição 096 – Ano de 1904





6 de mai. de 2022

Lula 2022!

 



Web do Tempo



Esta teia do tempo,
cujos fios se aproximam, se bifurcam,
se cruzam ou se ignoram
ao longo dos séculos,
abraça todas as possibilidades.
Na maioria deles não existimos.
Em alguns você existe e não eu,
enquanto em outros eu fazer
e você não"


- Jorge Luís Borges (1899 - 1986)
"O jardim dos caminhos que se bifurcam" em
Ficciones

O Jogador - Fiódor

"Prefiro viver toda a minha vida em uma cena circassiana do que adorar o ídolo alemão,"

"Qual ídolo?" gritou o general que tinha começado a ficar com raiva.

"A maneira alemã de ficar rico. Faz muito tempo que não estou aqui e, no entanto, notei coisas que indignam minha natureza tártara. Mas a verdade está longe de tais virtudes! Ontem caminhei cerca de dez quilômetros nos subúrbios. pequenos livros ilustrados que circulam na Alemanha: cada casa tem seu pai, um homem extremamente virtuoso e honesto, tão honesto que se tem medo de se aproximar dele.


..... Bem, aqui toda família é submissa, cegamente submissa ao pai. Todos eles trabalham como animais e economizam dinheiro como judeus. Quando o pai levanta uma quantia significativa, ele transfere seu trabalho ou propriedades para o filho mais velho. É por isso que ele se recusa a dar um dote à sua filha que está assim condenada a permanecer a filha mais velha. O filho mais novo é forçado a trabalhar duro e, com o que ganha, acrescenta ao capital da família que cresce à medida que avança. Sim, isso é feito aqui, eu pesquisei. E a única motivação para tudo é a honestidade, uma honestidade que chega a tal ponto que o filho mais novo imagina que está sendo explorado por honestidade…”

Crime hediondo

Lei que configura como crime hediondo o assassinato de crianças e adolescentes menores de 14 anos foi aprovada na Câmara dos Deputados. na última terça-feira, 3.

...   (Quando identificado o crime hediondo, 
fica proibida a conversão da pena 
em pagamento de cestas básicas 
ou multa  ...

o PL seguiu para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

2 de mai. de 2022

Fenômenos que não têm explicação?

 EUA destinaram 22 milhões de dólares anuais a programa secreto para investigar óvnis


O projeto foi criado em 2007 pelo então líder do Partido Democrata no Senado, Harry Reid, e foi até 2012

Imagem de um vídeo gravado por dois aviões F-18 em que se vê um óvni.


NICOLÁS ALONSO
Washington

Entre 2007 e 2012, o Governo dos EUA destinou anualmente 22 milhões de dólares (72 milhões de reais) do orçamento de 600 bilhões de dólares do Departamento de Defesa (1,9 trilhão de reais) a um programa secreto para investigar objetos voadores não identificados (óvnis), segundo uma investigação do The New York Times. As autoridades nunca informaram sobre a existência do Programa de Identificação Avançada de Ameaças Aeroespaciais (Advanced Aerospace Threat Identification Program, em inglês), mas depois das revelações o Pentágono reconheceu sua existência. Embora o projeto, impulsionado pelo ex-senador democrata Harry Reid, tenha perdido o financiamento do Departamento de Defesa em 2012, suas investigações continuam em andamento.

De um escritório escuro, escondido nos labirínticos corredores do quinto andar do Pentágono, o especialista em inteligência militar Luis Elizondo e sua equipe analisavam vídeos, documentos e outros materiais. Neles se descrevem velozes aeronaves e estranhos objetos que flutuam no ar. Em um dos vídeos, publicado pelo The New York Times, um objeto voador avistado em San Diego (Califórnia) viaja contra ventos de mais de 200 quilômetros por hora. Foi detectado por dois aviões de combate F/A-18F da Marinha. Os pilotos não podiam acreditar.

Os investigadores do programa também entrevistaram pessoas que garantiram ter tido encontros físicos com óvnis. E falaram com membros do serviço militar que tinham informado sobre avistamentos de aviões estranhos. No início deste ano, a Agência Central de Inteligência (CIA) publicou em seu site milhões de páginas de documentos desclassificados, alguns dos quais registram avistamentos de óvnis e testemunhos sobre eles.

Durante seus cinco anos de duração oficial, o projeto analisou informes e entrevistou supostas testemunhas de objetos voadores não identificados. Embora o financiamento do programa tenha acabado em 2012 por corte de despesas, os trabalhos prosseguiram, assinalaram participantes do projeto e funcionários do Departamento de Defesa. Elizondo também disse ao jornal que o projeto continuou se desenvolvendo sob sua liderança no Pentágono até outubro, quando ele se demitiu em protesto contra “um excessivo secretismo”.

A maior parte dos fundos foi destinada à Bigelow Aerospace, empresa de investigação aeroespacial dirigida por um amigo de Harry Reid, Robert Bigelow, um empresário multimilionário que trabalha com a Nasa para produzir naves espaciais expansíveis. “Estou totalmente convencido de que os alienígenas existem”, disse Bigelow anos atrás em um programa de televisão.

No entanto, o debate sobre a existência de seres extraterrestes e a presença de óvnis na Terra continua aberto. Sara Seager, uma astrofísica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), afirmou ao jornal americano que o fato de não poder identificar um objeto voador não significa que ele venha de outro planeta ou galáxia. “Às vezes, as pessoas não entendem que frequentemente há fenômenos que não têm explicação”, assinalou a cientista.


O SENADOR HARRY REID, IMPULSOR DO PROGRAMA

Reid, que se aposentou este ano do Congresso dos EUA, reiterou que está orgulhoso do programa e afirmou não estar envergonhado por nada. “Acredito que essa seja uma das coisas boas que fiz no Congresso. Fiz algo que ninguém tinha feito antes”, disse ele em uma entrevista recente em Nevada.

Em 2009, o líder democrata assegurou em uma carta ao então subsecretário de Defesa, William Lynn III, que tinham sido obtidos muitos avanços com “a identificação de vários achados altamente sensíveis e pouco convencionais relacionados com a indústria aeroespacial”, e pediu que o acesso ao programa fosse limitado a “alguns poucos funcionários da lista”.

Fonte: https://elpais.com/

A guerra na Ucrânia é uma fraude

Segundo Ron Paul, ex-candidato à Presidência dos EUA, o conflito no Leste Europeu beneficia poucas pessoas, à custa de muitas

Edilson Salgueiro



“A guerra é uma fraude”, escreveu certa vez o ex-general norte-americano Smedley Butler. “Uma fraude é mais bem descrita, acredito, como algo que não é o que parece para a maioria das pessoas. Apenas um pequeno grupo ‘interno’ sabe do que se trata. É conduzida para o benefício de poucos, à custa de muitos. Por meio da guerra, algumas pessoas fazem grandes fortunas.”

É com essa citação que Ron Paul, ex-candidato à Presidência dos Estados Unidos, inicia seu artigo A guerra na Ucrânia é uma fraude, publicado na segunda-feira 25 pelo portal Ron Paul Institute.

A propaganda continua a retratar o conflito no Leste Europeu como a história de um Golias que não foi provocado e resolveu dizimar um inocente Davi. O massacre ocorrerá, dizem, a menos que os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) enviem enormes quantidades de equipamentos militares para a Ucrânia. “Como sempre acontece com a propaganda, essa versão dos eventos é manipulada para trazer uma resposta emocional em benefício de interesses especiais”, diz Ron Paul.

O complexo industrial dos Estados Unidos é um dos grupos de interesses especiais que lucram com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Recentemente, durante uma reunião de acionistas, o CEO da Raytheon, Greg Hayes, disse o seguinte: “Os equipamentos militares enviados para a Ucrânia estão saindo dos estoques — seja do Departamento de Defesa dos Estados Unidos seja de nossos aliados da Otan. Isso é uma ótima notícia. Eventualmente, teremos de reabastecê-los e veremos um benefício para o negócio”.

Segundo Ron Paul, Hayes não mentiu. A Raytheon e a Lockheed Martins, além de inúmeros outros fabricantes de armas, estão desfrutando de um lucro que não conseguiam há anos. “Os Estados Unidos comprometeram mais de US$ 3 bilhões em ajuda militar à Ucrânia”, afirma o político. “Eles chamam isso de ajuda, mas, na verdade, é bem-estar social corporativo. Washington está enviando bilhões de dólares para fabricantes de armas do exterior.”

Os carregamentos de armas como o míssil antitanque Javelin — fabricado em parceria pela Raytheon e pela Lockheed Martin — estão sendo atacados e explodidos assim que chegam em território ucraniano. “Isso não incomoda a Raytheon. Quanto mais armas explodidas pela Rússia na Ucrânia, mais novos pedidos serão realizados pelo Pentágono”, argumenta Ron Paul.

Os países que integravam o Pacto de Varsóvia e agora pertencem à Otan também estão envolvidos nessa farsa. Isso porque descobriram uma forma de descartar suas armas de fabricação soviética, usadas há 30 anos, e encontraram uma maneira de receber equipamentos militares mais modernos, produzidos pelos Estados Unidos por outras potências ocidentais.

“Enquanto muitos simpatizantes da Ucrânia estão aplaudindo essa postura, o pacote multibilionário de armas fará pouca diferença”, alerta Ron Paul. Como disse Scott Ritter, ex-oficial da Inteligência da Marinha dos Estados Unidos: “Posso dizer com absoluta certeza que, mesmo que essa ajuda chegue ao campo de batalha, não terá impacto. E Joe Biden sabe disso”.

O artigo destaca que, na prática, os russos estão capturando toneladas de armas modernas dos Estados Unidos e da Otan. Mas não é só isso. Esses armamentos estão sendo utilizados para matar os próprios ucranianos. “Que ironia”, escreve Ron Paul. “Que tipo de oportunidades serão oferecidas aos terroristas, com milhares de toneladas de armas mortais de alta tecnologia flutuando pela Europa? Washington admitiu não ter como rastrear as armas que está enviando para a Ucrânia e não tem como mantê-las fora das mãos dos bandidos.”

Para o político, o confronto no Leste Europeu é uma fraude. “Os EUA estão se intrometendo na Ucrânia desde o fim da Guerra Fria”, salientou. “O país derrubou o governo ucraniano em 2014 e plantou as sementes do conflito que estamos testemunhando hoje. A única forma de sair de um buraco é parar de cavar. Não espere isso tão cedo. A guerra é muito lucrativa.”

Fonte:https://revistaoeste.com/

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Monitoração eletrônica no estado de Minas Gerais

Estudo mostra que 5,7 mil pessoas são monitoradas por tornozeleiras eletrônicas em Minas Gerais. 228 pessoas foram desligadas do sistema, seja porque já cumpriram o tempo ou porque violaram as condições do monitoramento e tiveram que retornar ao cárcere, segundo o Tribunal de Justiça.

Em Belo Horizonte e cidades da Região Metropolitana têm, ao todo, 3.558 pessoas monitoradas, divididas em três determinações: Varas criminais: 1.468, Medidas cautelares: 1.183 e Lei Maria da Penha: 697. No interior de Minas são 2.197 pessoas monitoradas, sendo 40 casos envolvendo a Lei Maria da Penha.

Por Comarcas: Uberlândia:708, Juiz de Fora: 487. Governador Valadares: 455, Pouso Alegre: 254, 
Montes Claros: 178 e Alfenas: 75


Fonte: g1 MG

O gatinho do vizinho

 

No silêncio do gatinho

Vou chegando de mansinho,

Pois só quero um cantinho

Pra com ele Cochilar.


Só abrir os olhinhos, 

Se por acaso por aqui passar

Um mosquitinho barulhento,

Pra ver o gatinho se assanhar.


Ele estica o pescocinho,

Arregala os olhinhos,

Arrepia os pelinhos

Até tudo se acalmar.


Um gatinho tão pretinho,

Garotinho tão bonitinho,

Topetinho tão assanhadinho,

vai pra lá e vem pra cá.


Sem um miadinho,

Sem um rosnadinho,

Deita a cabecinha

E volta a sonhar.


Luiz Tury

Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), aprova licenciamento para o Complexo Minerário Serra do Taquaril, na região da Serra do Curral.

Votação pegou todos de surpresa, já que foi realizada durante a madrugada e sem participação da sociedade civil. 

Ainda neste domingo, o Rede Sustentabilidade apresentou pedido para suspender a decisão que permite a mineração na Serra do Curral, na capital mineira.

Fonte: https://g1.globo.com/mg/minas-serra-do-curral

1°de maio: Brasil volta a falar com os trabalhadores

 Trabalhadores saem às ruas contra a fome, o desemprego e pelo Fora Bolsonaro




1 de mai. de 2022

A verdadeira revolução no trabalho é mais humana que digital

 

Segundo dados das Nações Unidas, até a metade do século 21, 40% dos postos de trabalho atuais deixarão de existir. Considerando que um cenário futurista traga mais pessoas buscando oportunidades, é possível afirmar que a demanda por profissionais qualificados será maior.

Soma-se a isso uma estimativa prevista no livro "Destruição Criativa: por que empresas feitas para durar não são bem sucedidas", de Richard Foster e Sarah Kaplan, pela qual os autores apontam que, em 2027, mais de 75% das 500 maiores empresas listadas pelo Standard & Poor's (S&P) serão empresas que ainda não existem.

Empresas que não existem e redução drástica no número de postos de trabalho: o que este cenário sugere? Uma resposta possível pode ser o investimento em capacitação nas empresas, pois se trata de um processo de educação que permite a adequação das pessoas a atividades que sequer foram criadas.

Porém, trabalhar somente habilidades técnicas será suficiente? (...cont...) 

Leia: https://www.correiobraziliense.verdadeira-revolucao

O isolamento de Daniel Silveira na Câmara dos Deputados- Até o centrão foge do protegido de bolsonaro.

 

A popularidade de Daniel Silveira não está em alta na Câmara dos Deputados

Indultado por Jair Bolsonaro após ser condenado à prisão pelo STF, Silveira passou um bom tempo sentado sozinho na sessão desta quarta-feira (27/4) da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) Mesmo com a sala cheia, Silveira permaneceu sem companhia na primeira fila. Nem apoiadores de Bolsonaro escolheram um lugar ao lado dele.


Fonte:https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.metropoles.com

Thiago dos Reis conta a vida do Deputado Daniel Silveira e o jogo político para definir a presidência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. CCJ