Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

29 de out. de 2016

MELHOR QUE HOJE

King Crimson Epitaph LIVE
 
 

MELHOR QUE HOJE

Queen - Bohemian Rhapsody (Official Video)
 
 


MELHOR QUE HOJE

Cat Stevens "Wild World"
 
 


MELHOR QUE ,HOJE

 
Neil Young - Heart Of Gold
 


MELHOR QUE HOJE

Kansas - Dust in the Wind (Official Video)
 
 


MELHOR QUE HOJE

Traveling Wilburys - End Of The Line
 
 


MELHOR QUE HOJE

Steppenwolf - Born to be wild 1969
 
 


MELHOR QUE HOJE

America - A horse with no name (clip HQ)
 
 


Eita!! - "Está um pouco tenso porque eu não estava preparada para isso. Fiquei sabendo um dia antes e não tive uma grande preparação, separei o que já tínhamos falado na ocupação, dividi em tópicos e fui no improviso", contou a jovem. "Ana Júlia Ribeiro"


25 de out. de 2016

Khalepá ta Kalá, ensaio inédito sobre música, de Edson Cruz

 
 
Podemos apreender o caráter de um povo, de um momento histórico e de um ser humano pela música que ele pratica e ouve. A música não só revela os sentimentos e emoções íntimas do ser humano, mas também os gera e os transforma.

 
Neste sentido torna-se valioso o conhecimento do material utilizado pela música, mesmo que não o manipulemos como músicos; pois certamente somos mais influenciados pelas sonoridades que nos cercam do que gostaríamos de admitir.
 

A música pode nos levar a possibilidades de experiências jamais tentadas. Em todas as culturas antigas do mundo, a música existiu em função do ritual, do serviço a Deus, da expansão da consciência e das mais profundas experiências humanas. Os ritos e cultos xamanísticos, os rituais da África ou da América do Sul, do Extremo Oriente, trabalham com um conhecimento, que podemos chamar de inconsciente, de uma força primordial, ou lei, desencadeada através de manifestações musicais. 
 

De qualquer maneira isso já seria interessante para nós ocidentais ou ocidentalizados. Poderíamos, e isso só cabe a nós, não só deixar essa energia agir de forma mágica, mas também experimentá-la conscientemente, tornando-a mais presente, a nosso dispor e com isso tornando-nos seres mais perfeitos, íntegros. Em suma, mais seres humanos.
 

Nas civilizações da antiguidade, o som organizado inteligentemente representava a mais elevada de todas as artes, e a música, a mais importante das ciências, o caminho mais poderoso da iluminação religiosa e a base de um governo estável e harmonioso. A música vigorosamente agia sobre o caráter do homem.
 

Hoje, nós modernos ou pós-modernos, pós-tudo, ex-tudo (como diz Augusto de Campos), não estudamos, não mudamos, emudecemos e o pior: ficamos surdos.
 


quando não ouvimos

a própria voz

desafinamos.

 

Não consideramos mais o som audível um reflexo terreno de uma atividade vibratória, que se dá além do mundo físico, mais fundamental e mais próxima do âmago das coisas. Inaudível ao ouvido humano, esta atividade vibratória cósmica é a origem e a base de tudo que foi e continua a ser gerado no universo.

 
Além da música, a expressão do discurso era considerada um reflexo no mundo da matéria dos tons cósmicos. Esses tons cósmicos eram chamados pelos egípcios de «o verbo» ou «o verbo dos deuses»; pelos gregos de «a música das esferas».
 


As palavras, ouvidas por este diapasão, possuem um poder encantatório imenso. Já dizia Louis F. Céline que o trabalho com as palavras pode matar um homem. Se pode matá-lo pode também salvá-lo, digo. Os arranjos são infinitos, aprendamos a escolher.

 
No princípio, então, sempre esteve o som, o verbo, a palavra, o ritmo, o logos. Como na música, assim na vida, já ouvimos. Diga-me qual a palavra e te direi quem és.
 

Os poetas, a meu ver, têm a função de recuperar este poder encantatório das palavras, tão corroídas pelos clichês. A função do músico, por outro lado, é colocar ordem no caos. Os ruídos são muitos e afinação e harmonia (esta deusa/artesã que cria as formas mortais) parecem ser os mais adequados para o momento. Ou será que não? (Cartas à redação) De partes bem ajustadas assenhora-se o sábio do Todo.
 

As orelhas não têm pálpebras, apesar da cera.


 Conta-se que Villa-Lobos, quando questionado sobre como conseguia compor com tantos ruídos externos (janela aberta aos sons da urbe ensandecida), respondeu com simplicidade: «meu filho, o ouvido externo não tem nada a ver com o ouvido interno».
 

Enquanto isso, por aqui, dá-lhe música de quinta categoria. Quilos de sertanejo. Toneladas de Michel Teló. Trombetas do funk pancadão. Do lixo ostentação. E durma-se com um barulho desses.
 

É meu velho, como dizia o velho Platão, ‘khalepá ta kalá’ - as coisas belas são difíceis.


 EDSON CRUZ
(Ilhéus, BA) é poeta e editor do site de literatura MUSA RARA (www.musarara.com.br). Graduado em Letras pela Universidade de São Paulo, estudou música e psicologia. Fundador e editor do site de literatura Cronópios e da revista literária Mnemozine. Seu livro mais recente é de poemas, Ilhéu (Editora Patuá), indicado para o Prêmio Portugal Telecom de 2014. Antes, lançou Sortilégio (poesia), em 2007, pelo selo Demônio Negro; como organizador, O que é poesia?, pela Confraria do Vento/Calibán; em 2010, uma adaptação do épico indiano, Mahâbhârata, pela Paulinas Editora. Em 2011, foi contemplado com Bolsa de Criação da Petrobras Cultural com o livro Sambaqui, pela Crisálida Editora. E-mail: sonartes@gmail.com
BLOG DA CONFRARIA  - Literatura, arte, pensamento
 
 

22 de out. de 2016

"cometam seus erros, mas não os nossos erros".


  Mujica e Topolansky
 
O ex-presidente do Uruguai José Mujica afirmou nesta sexta-feira que existe uma brutal crítica política no mundo provocada pela falta de liderança e encorajou os jovens universitários a refletir sobre os problemas da sociedade.

Mujica participou da 72ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) realizada na Cidade do México. "Acredito que no mundo há uma brutal crise política porque esta é uma civilização cada vez mais global, mas não tem direção política. Esta funcionando sob o impulso do mercado e isso é trágico", disse o ex-presidente em uma conferência durante o evento. 

"Aos jovens digo: cometam seus erros, mas não os nossos erros. Aprendam com os erros de nossa geração e tenham a coragem de viver com os de vocês com decisão, afirmou.

'Gênesis Uruguay': uma tela do artista plastico Julio de Sosa

 
Em Montevidéu, uma galeria de arte expunha a mais de uma semana o quadro " Genesis Uruguai", do artista plástico Julio Sosa quando dois policiais chegaram e solicitaram que a proprietária da galeria, Diana Saravia, comparecesse à delegacia.
O quadro bíblico que representa Adão e Eva no paraíso, pelas mãos do artista recebeu o rosto de Mujica, ex-presidente do Uruguai, como Adão e o de Topolansky, senadora, como Eva.
O casal, que vive com simplicidade nas redondezas de Montevidéu, se mostrou insatisfeito com o obra, um quadro de 90 cm de altura por 70 cm de largura.
 


Saravia, proprietária da galeria disse que o delegado de policia pediu que a obra, uma homenagem do artista ao casal, fosse retirada da exposição pública.
 
Vários Jornais, sites e blogs pelo mundo, publicaram o ocorrido (El País, El Observador, Portal Terra...).  Segundo li em um deles, o valor do quadro não para de subir, o preço inicial de US$ 400, segundo Saravia, já chega a US$ 5 mil (R$ 15,8 mil).