Um estudo sul-africano revelou que os animais mais carismáticos têm mais chances de ser escolhidos como objetos de estudos científicos.
O trabalho, feito por pesquisadores da Universidade de Pretória, revela uma tendência forte, pela comunidade científica, a escolher espécies carismáticas como alvo de estudos.
Tigres, leopardos, chipanzés e gorilas são alguns dos mais favorecidos, em detrimento de rãs, lagartixas e aves.
Em linhas gerais, a pesquisa científica está dominada pelo estudo de grandes mamíferos ameaçados, ao passo que répteis, aves e pequenos mamíferos em perigo de extinção recebem muito menos atenção, concluiu o estudo. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma contagem de todos os estudos sobre espécies feitos no sul da África e publicados entre 1994 e 2008.
Os resultados foram depois comparados à lista global produzida pela União Internacional Para a Conservação da Natureza, que classifica animais segundo seu risco de extinção.
Reflexão: Este estudo faz-nos pensar que os cientistas, como seres emocionais e sensíveis, não são orientados apenas pela razão, mas sim por outros factores que os influenciam a escolher e a agir de determinada forma.
De facto, os animais mais bonitos despertam mais curiosidade e atenção do que aqueles que são considerados "feios".