Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

26 de dez. de 2020

aum


A natureza da doença:
A doença do corpo é um produto final que tem como ponto de partida a relação rompida do homem com o Espírito e conseqüentemente com o intelecto e a emoção. Enquanto o homem permanecer conectado ao Espírito, a harmonia prevalecerá em todos os níveis de existência e saúde em nosso corpo material. Uma vez que haja um corte, sabemos o que chamamos de doença. Ou seja, falta de vigor. 
A doença, como diz Mestre Bach, é um remédio. Não há punição, ninguém está se vingando de nós, nem a inteligência cósmica está tentando colocá-lo contra nós. A doença é mais uma maneira da alma e da economia da própria Natureza nos mostrar que em algum lugar estamos errados, em algum lugar que nos desviamos de nosso caminho, e no esforço de nos proteger ela implementa uma doença. Outro professor, médico e curandeiro Petar Denoff costumava dizer: 'Um pequeno mal vem para nos salvar de um maior.'
Portanto, a doença, de todos os tipos, é uma bênção oculta para quem pode reconhecê-la e o terapeuta precisa estar sempre atento a ela. É claro que evitar a doença é ainda mais legítimo, pois destaca que o homem aprende por meio da Sabedoria Divina observando a si mesmo, aos outros e à própria vida. 'Melhor prevenir do que curar', disse Hipócrates, e Mestre Bach tinha exatamente a mesma opinião.

Nossa vitória contra a doença depende principalmente do seguinte:
Em primeiro lugar, do reconhecimento da natureza divina de nossa existência e do poder que temos para superar tudo que está errado, em segundo lugar, do conhecimento de que a principal causa de toda doença é a desarmonia entre a personalidade e a alma, em terceiro lugar, de nossa disposição e capacidade para descobrir o erro causado por este conflito e, em quarto lugar, para evitar qualquer erro, cultivando a virtude oposta.
As flores de Bach são um sistema completo de terapia complementar que ajuda de forma suave, natural, harmoniosa e acessível para os seres vivenciarem a harmonia entre Mente, Alma, Corpo e sua conexão com o Espírito em cada momento de sua vida.


23 de dez. de 2020

idéias eugênicas

 

CRÔNICAS

A raça pura:

 que Brasil você quer para o passado?

23 de Setembro de 2018
Tags: Racismo Marielle Franco 
Oga Mitá eugenia  Revista do Brasil








Levanta a mão aí quem já ouviu falar da Revista do Brasil (RB)? Ela era porta-voz da Liga Nacionalista de São Paulo e foi fundada em 1916 por Júlio de Mesquita, dono do Estadão. Estou dando uma de sabichão, mas confesso que ignorava sua existência até a semana passada, quando li o texto de Julieta Figueiredo, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Biociências da UNIRIO. Ela pesquisa o tratamento dado pela revista às políticas de eugenia e de saneamento, com foco na fase em que foi dirigida por Monteiro Lobato, então seu proprietário (1918 a 1925).

A RB se antecipou em cem anos ao Jornal Nacional da TV Globo, formulando de uma certa forma a pergunta: Que Brasil você quer para o futuro? Suas páginas abrigavam articulistas, muitos deles da Academia Nacional de Medicina, que em nome da ciência, davam repostas sobre o Brasil do futuro, ou seja, aquele em que agora vivemos. A “solução” para o país seria “melhorar a raça brasileira”, com políticas destinadas a selecionar os tipos eugênicos – os sadios bem nascidos - e separá-los dos degenerados e dos imigrantes africanos e asiáticos. A “nação do futuro” teria o predomínio da “raça branca”.

Como conseguir isso? Em busca de respostas, o movimento desembocou no I Congresso Brasileiro de Eugenia, em 1929, do qual participaram bacteriologistas, microbiologistas, médicos, psiquiatras, antropólogos, engenheiros, agrônomos, jornalistas e professores. Mas a proposta de Azevedo Amaral de proibir a entrada de negros no país foi derrotada por três votos de diferença. O físico Oscar Fontenelle pediu recontagem de votos, defendendo o modelo norte-americano que “protegeu a sua raça de imigração japonesa e negra”.

Falsa ciência

De qualquer forma, cinco anos depois, a Constituição brasileira de 1934, que sofreu influência da política norte-americana do New Deal, em seu artigo 138, estabelecia que a União, os Estados e os Municípios deveriam “estimular a educação eugênica”.

A mulher, considerada incapaz física e organicamente, o negro e o índio foram alvo dos discursos eugênicos apresentados na RB. Os negros aparecem como dotados de “inteligência inferior, falsos, desconfiados, mentirosos e devassos”, os índios como “indolentes e selvagens primitivos”. Os imigrantes não europeus eram “indesejáveis”, com cobrança de multas pesadas aos comandantes de navios que os transportassem. Lobato ampliou a rede de venda da revista em 300 livrarias espalhadas pelo país e quase 2 mil distribuidores em farmácias, padarias e lojas de varejo.

Para atingir um público, cuja população era formada por 75% de analfabetos, a RB usou e abusou de charges e caricaturas racistas ofensivas à inteligência e à espécie humana. Uma delas mostra uma mulher que, espancada pelo marido, se queixa à sua mãe, que lhe diz: “Queres que vingue a bofetada que teu marido te deu? Pois bem, dou-te outra. Porque se ele bateu em minha filha, eu bato também na mulher dele”. Esse era o Brasil que queriam para o futuro. Está aí o Bolsonaro que não me deixa mentir.

A eugenia no Brasil investiu pesado na identidade feminina, com claro viés racista: “Muito sultão tem trocado quatro esposas morenas por uma loira e não consta que tenham se arrependido” garante um articulista no número de 1921 da RB. Monteiro Lobato comentou: “Embora reconhecendo as queixas que a mulher tem do macho, sem o concurso dele nada valeríamos no mundo. Viva o macho forte que suplantou o macho fraco”.

Embora a Revista do Brasil não reservasse espaço para opiniões contrárias, havia, porém, quem discordasse dessas concepções de eugenia, confirmando o que afirma Foulcault: “Onde tem poder, tem resistência”. Um dos opositores foi o médico sergipano Manoel Bonfim, que chamou a eugenia de “falsa ciência”, desmascarando o racismo científico em seu livro “A América Latina: males de origem”. O outro foi o antropólogo Roquette-Pinto para quem “o mestiço tem plenas condições de povoar o país” e que nenhum dos tipos classificados por ele “apresentavam qualquer tipo de degeneração”.

Os degenerados

A doutoranda se apoiou em vários autores com estudos recentes sobre o assunto como Tânia R. de Luca, Maria Inês Campos, Pietra Diwan e outros. Um deles, Valdeir Del Cont (2013), cientista social da Unicamp, dá pistas sobre a fonte inspiradora dos artigos da RB, com uma citação assustadora, que ecoa ainda hoje nas vozes de candidatos a presidente e vice-presidente da República:

“Os ideais eugênicos encontraram nos Estados Unidos terreno fértil para sua proliferação, sob a tutela do geneticista Charles Benedict Davenport. Ele calculava que pelo menos 10% da população americana era formada por degenerados que, por isso, deveriam ser identificados e catalogados, com o objetivo de tomar as devidas precauções para interromper a cadeia reprodutiva, seja por segregação em campos ou fazendas ou por esterilização. Participavam dessa lista: criminosos, surdos, cegos, mudos, débeis mentais, epilépticos, tímidos, introvertidos, calados, gagos e os que falavam inglês de forma incorreta”.

Fiquei com meu “pescoço em francês” na mão, bem apertadinho, porque me enquadro em várias dessas categorias de degenerados, inclusive com meu inglês macarrônico. Mas o preconceito do “inglês incorreto” era direcionado ao “black english” falado pelos negros nos Estados Unidos, cuja legitimidade como uma das variantes do inglês americano marcado pelo contato com línguas africanas, foi reconhecida pelos estudos do sociolinguista William Labov, em 1969, que destacou seu papel na música e na literatura.

É phoda!

No Brasil – informa a doutoranda – o médico Renato Kehl, voltou da Alemanha com pensamentos eugênicos radicais, afirmando que o saneamento por si só não resolveria os problemas do nosso país, cujo povo em sua maioria “apresentava uma genética degenerada”. O saneamento, defendido por alguns intelectuais como Roquette Pinto, “não atingia a genética do ser humano” - contrapõe Kehl, que pregava a separação dos tipos eugênicos, o controle da imigração, a esterilização dos degenerados e o branqueamento da população a partir do “matrimônio correto”.

Em carta a Renato Kehl, que era o pai da eugenia no Brasil, Monteiro Lobato diz: “Precisamos lançar, vulgarizar estas ideias. A humanidade precisa de uma coisa só: poda. É como a vinha”. Quando deixou a direção da RB, em 1926, antes de viajar para os Estados Unidos, escreveu “O choque de raças ou o presidente negro”, romance no qual descreve o “conserto do mundo pela eugenia”, onde a “raça branca superior” extermina a “raça negra, inferior”, através da esterilização.

O escritor que alegrou a nossa infância com suas histórias, nos entristece com suas propostas racistas. É phoda mesmo! Cem anos depois da Revista do Brasil defender seu projeto de nação, ao ouvir o capitão Jair Bolsonaro e o general Mourão, podemos dizer que o futuro chegou? Qual o Brasil que você quer para o passado?

P.S.1 - Julieta Brittes Figueiredo. Revista do Brasil: as representações eugênicas/higiênicas da saúde no período lobatiano (1918-1925). Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Biociências da UNIRIO. Banca de qualificação (17/09/2018): Wellington Amorim (orientador), Tânia Maria de Almeida Silva`, Lilian Fernandes Ayres, Fernando Porto e José R. Bessa.



P.S. 2 - Parte deste texto foi apresentado oralmente na sexta-feira (21) durante o Seminário Educação e Resistência comemorativo dos 40 anos da Escola Oga Mitá. Da mesa em homenagem a Marielle Franco, assassinada há 6 meses, sem que até hoje tenham sido identificados os autores do crime, participaram Mônica Sacramento, professora da UFF; Mônica Francisco, cientista social e candidata a deputada estadual (PSOL 50888); e este locutor que vos fala. A mediação foi feita pela escritora Ana Paula Lisboa. Éramos ali, com muita honra, quatro mulheres negras, além da presença de Marielle.



16 de dez. de 2020

Um Estranho na Ceia

Faltavam dois dias para o Natal quando o marido lhe disse: “Convidei um colega para a ceia”.

Nunca o tinha feito antes e nem sequer lhe perguntou.

Estavam casados há doze anos. Desde há cinco que era em casa deles que faziam a festa. Convidavam os pais dele e dela e uma sua tia avó. Não havia crianças. Queriam ter filhos desde que se casaram, mas não conseguia engravidar. Tinham ido ao médico, feito exames. À partida, eram saudáveis, ainda eram jovens, mas a esperança ia diminuindo.

Divagara para algo que a entristecia, quando no momento algo mais recente a incomodava. É que nem sequer lhe perguntou ou pediu a sua opinião. Não. Comunicoulhe que ia trazer o colega. E quem era este colega? Não teria família com quem passar o Natal? Tinha ficado tão estarrecida que nem lhe perguntou.

Durante o dia foi mastigando o sucedido e quando ele voltou do trabalho mal se continha para o confrontar com tudo o que pensara.

Discutiram. Ele acabou por lhe dar razão, mas o mal estava feito. Não ia agora dizer ao rapaz que já não era para vir. Estava longe da família, convidou-o para que não passasse o Natal sozinho.

E o rapaz veio. Chamava-se Manuel, teria trinta e tal anos e usava barba, o que o fazia mais velho. Os seus pais, sogros e tia, gostaram dele: era uma novidade. Ele não falava muito, mas ouvia com atenção o que lhe diziam. Ajudou a servir e depois a lavar os pratos. Gostou de tudo o que lhe serviram.

Afinal era Natal. Já quase perdoara ao marido e ao Manuel a sua vinda quando no final do jantar ele apareceu com umas prendas. Uma garrafa de vinho para o marido, postais antigos para os mais velhos, pais, sogros e tia. E para ela não tinha nada. Sentiuse como uma criança, primeiro entusiasmada com a ideia de ganhar uma oferta não esperada, depois decepcionada, mas não o querendo mostrar, porque era uma mulher adulta.

Nas despedidas, o Manuel falou baixinho e só ela ouviu, “no próximo Natal vai estar aqui uma criança”.

Pensou depois se teria ouvido bem, ou se estaria com uma alucinação auditiva, quiçá pelo vinho do Porto que bebera, mas fora só meio cálice. Algo lhe dizia, no entanto, que poderia ser essa a sua prenda de Natal. Não queria alimentar a esperança, para não ter outra decepção, mas algum tempo depois veio a confirmação, estava grávida.

Não podia haver nenhuma relação, de certeza que não. Todavia, como quem não quer nada, perguntou ao marido:

- E o teu colega, como vai?

- Qual colega?

- O Manuel.

- Olha, despediu-se e mudou de cidade. Se calhar voltou para a Terra dele.

- Onde é a Terra dele?

- Não tenho ideia e o número que deixou foi cancelado. Engraçado falares nele. Era bom tipo, mas um bocado estranho.

Ela não o disse, mas pensou-o. Lembrou-se do poema sobre “quando o mundo for o espaço onde cabe um só abraço.”

No Natal seguinte, e nos que depois vieram, além do seu filho, passaram a ter sempre mais alguém. Passou a fazer parte da celebração convidarem um estranho, sem família ou amigos com quem pudesse estar, para cear com eles.


Fonte perdida

15 de dez. de 2020

Sónia Braga é nossa

Declaração de amor e de interesses: escrevo sobre a Sónia Braga que foi doada a Portugal pelo foral da Gabriela. Escrevo, pois, em interesse próprio. Ainda que Sónia Braga seja respeitada dos dois lados do Atlântico, só em Portugal é venerada. Se forem pelas ruas de qualquer cidade ou aldeia portuguesa e baterem às portas das casas perguntando aos homens se deixariam tudo para beijar chão que ela pisasse, não há um único português que diga que não, a não ser que ainda seja tuga. Sim, porque o português deixou ser tuga, esse diminutivo inventado no Brasil e usado, ao longo dos tempos, e simultaneamente, com as propriedades do amor e do carinho, mas também da sobranceria e da ignorância, pois, entre outras razões, o português deixou de ser tuga quando a Gabriela nos entrou nas casas. A Gabriela garantiu-nos, finalmente, a liberdade conquistada em Abril e reforçada e temperada em Novembro. Só nesse dia o português ficou livre, deixou de ver apenas rectas e ângulos rectos e passou a ver morenas açucaradas. Era uma segunda-feira, 16 de Maio de 1977, três escassos dias depois do 13 de Maio, em Fátima, três escassos anos depois da revolução. E, apesar da curva e do corpo da morena, do cheiro tropical das imagens e da pouca roupa da Gabriela, foram os avôs e avós de Portugal os primeiros a levantar a mão para que se fizesse silêncio e nada fosse perdido, passando pelos deputados que não deliberavam ou votavam durante a novela, até ao épico último episódio, numa quarta-feira, 16 de Novembro de 1977, que deixou Portugal de ressaca. O Brasil tinha uma história antes de Gabriela. O Portugal moderno não. Daí que Sónia Braga seja nossa e não se fale mais no assunto. 

Vem isto a propósito da Sónia Braga a beirar os 70 anos que protagoniza o pujante filme Aquarius, de 2016, e que é um justa consagração. Quando ela amarra o cabelo e deixa ver a parte de trás do pescoço, é ainda a menina de há quarenta anos. Aliás, ela é a menina de há quarenta anos em tudo, não só na parte de trás do pescoço, e não se fala mais nisso. A forma como se move, a forma como nos olha naquele olhar castanho-nogal que o sol do Recife inflama. Não há um único pormenor em Sónia Braga que denote que o tempo passou, e seria pérfido quem viesse lembrar algum detalhe irrelevante. Quando ela pega nos mesmo vinis - dos Queen, do Roberto Carlos, do John Lenon, do Gilberto Gil - que nós cutivámos, sabemos que este é o culto perfeito e definitivo. Por mim, deixo a passageira afirmação de que aqui está a eternidade dela, isso e o remate de um mito, que Portugal bem merecia - finalmente houve um realizador à altura para nos dar isto, que devia ser obrigatório para a nossa geração e para a anterior, a passageira afirmação de que "Aquarius" é um grandíssimo e imprescindível filme que nos vinga a alma no tempo do passado recente e no presente, glorificando Sónia Braga pela eternidade como a cena de abertura do filme da Gabriela, com que encerro este, e depois da qual nos poderíamos encomendar ao criador. E a menos passageira afirmação de que a nudez da Gabriela não é menor do que a de Clara, à porta dos setenta, e nós desejamos sem culpa a mulher que nos fez homens da mesma forma que há quarenta anos, e todos nós beijaríamos hoje e para todo o sempre o chão que Sónia Braga pisa. Amém.        PG-M 2017

https://ignorancia.blogspot.

13 de dez. de 2020

Esperar que Rodrigo Maia ainda aceite a abertura de pedido de impeachment de Bolsonaro antes de deixar a precedência da câmara, seria esperar muito, não é? Mas é uma chance que ele tem de ter seu único ato patriótico

 


MAIS UMA DENÚNCIA FAKE CONTRA LULA ARQUIVADA - O juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Federal de São Paulo, determinou nesta semana o arquivamento da investigação aberta contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho Luis Claudio Lula da Silva a partir da delação premiada de Alexandrino Alencar, executivo da Odebrecht, e de Emílio Odebrecht e Os delatores falaram sobre aportes à empresa Touchdown, do filho de Lula. O JUDICIÁRIO ENTENDEU QUE NÃO ESTARIAM CONFIGURADOS OS CRIMES DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA E LAVAGEM DE DINHEIRO PORQUE LULA, NA ÉPOCA DOS FATOS, NÃO OCUPAVA CARGO PÚBLICO. É a sétima investigação contra Lula que é encerrada por falta de provas. O ex-presidente foi condenado apenas em processos abertos na Operação Lava Jato de Curitiba, conduzidos pelo então juiz Sergio Moro.

 

Hoje soube que o primeiro cristo redentor do País foi inaugurado em 1926, em São Cristóvão SE - quarta cidade mais antiga do Brasil. O Cristo carioca só veio a ser inaugurado em 1931.

 


São Cristovam - SE

12 de dez. de 2020

 

Nasa e pesquisadores desenvolvem sistemas para produzir oxigênio em Marte

Novas técnicas serão testadas

Uma aproveita o ar marciano

A outra usa água salgada

Meta: viabilizar missão tripulada

A Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço) quer levar astronautas a Marte na década de 2030. Mas o transporte de oxigênio necessário para sustentar a missão não é viável.

Por isso, a agência espacial criou um sistema que converte dióxido de carbono em oxigênio. Cientistas independentes elaboraram uma nova técnica para o funcionamento desse sistema, o que pode resolver o problema de uma vez por todas.

Uma nova técnica ajudará um sistema já existente a transformar dióxido de carbono em oxigênio


Continuar Lendo: https://www.poder360.

7 de dez. de 2020

Controlar política

ESPECIAL-Bolsonaro coloca militares na Anvisa para controlar política de vacinas contra coronavírus Por Gabriel Stargardter e Anthony Boadle

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro está agindo para garantir o controle da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em articulação que alguns especialistas em saúde temem que irá politizar o órgão regulador e dar ao presidente, um dos mais proeminentes céticos em relação ao coronavírus no mundo, as rédeas sobre aprovações de vacinas contra a Covid-19.

Em 12 de novembro, Bolsonaro indicou o tenente-coronel reformado do Exército Jorge Luiz Kormann para assumir um dos cinco cargos de diretoria da Anvisa. Sem experiência em medicina ou desenvolvimento de vacinas, Kormann deve liderar a unidade encarregada em dar sinal verde aos imunizantes. Caso o nome seja confirmado pelo Senado, como se espera, aliados de Bolsonaro ocuparão três das cinco diretorias da Anvisa, o que lhes dará maioria em todas as decisões da agência.

Leia na íntegra militares

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ANVISA 

VERDE-OLIVA

Em meio às suspeitas de interferência política na Anvisa, Jair Bolsonaro resolveu colocar mais lenha na fogueira. Ontem, o presidente encaminhou ao Senado sua indicação para a diretoria da agência que fica vaga em dezembro – e hoje é responsável pelo registro das vacinas. Ele pretende colocar por lá mais um militar sem experiência em regulação e que, ainda por cima, tem compartilhado nas redes sociais seus tuítes contra a CoronaVac.

O fardado da vez é o tenente-coronel do Exército Jorge Luiz Kormann. Ele desembarcou no Ministério da Saúde em maio, no contexto da ocupação militar que buscava tutelar a gestão Nelson Teich. Em junho, já sob Pazuello, ele foi alçado ao cargo de secretário executivo adjunto, um dos mais importantes do ministério. É claro que Kormann não possui formação em saúde, mas em ‘ciências militares’

Tem mais: Kormann endossa nas redes sociais um conjunto de conteúdos problemáticos para alguém que pode acabar supervisionando a Gerência Geral de Medicamentos, como a propaganda da hidroxicloroquina. O levantamento feito pelo Estadão também concluiu que ele compartilha bastante Olavo de Carvalho e Guilherme Fiuza, jornalista que voltou sua atuação para a direita brasileira. Uma das curtidas do tenente-coronel foi dada em um post de Fiuza que afirma que lockdown não tem base na ciência, atribuindo essa decisão de prevenir o espalhamento do vírus como fruto da “parceria saudável” entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a “ditadura chinesa”.

Leia na íntegra  anvisaverdeoliva/

TERRA YANOMAMI - Dados levantados por lideranças Yanomami e Ye'kwana e rede de pesquisadores estimam que 10 mil indígenas podem ter sido expostos ao vírus. Entre agosto e outubro, número de infectados saltou de 335 para 1.202, conforme o documento.

 

Coronavírus avança 250% em três meses na Terra Yanomami e relatório cita 'total descontrole'


Valéria Oliveira, G1 RR — Boa Vista

Relatório inédito produzido por uma rede de pesquisadores e líderes Yanomami e Ye'kwana indica que a pandemia de coronavírus avançou 250% em três meses dentro da Terra Indígena Yanomami. Um em cada três moradores da região pode ter sido contaminado, segundo o documento. A situação é descrita como "total descontrole."


Maior reserva indígena do Brasil, a Terra Yanomami fica entre os estados de Roraima e Amazonas, e em boa parte da fronteira com a Venezuela. Mais de 26,7 mil índios - incluindo grupos isolados - habitam a região em cerca de 360 aldeias.

O número de casos confirmados no território saltou de 335 para 1.202 entre agosto e outubro, conforme o documento intitulado "Xawara: rastros da Covid-19 na Terra Indígena Yanomami e a omissão do Estado".

Monitoramento da ONG Rede Pró-Yanomami e Ye’kwana, que integra o relatório divulgado nessa quarta-feira (18), contabiliza 23 mortes, entre confirmados e suspeitos de Covid-19, de indígenas da etnia.

Os primeiros casos da doença na região foram registrados em... (Continue lendo)

STF BARRA POSSIBILIDADE DE REELEIÇÃO DE RODRIGO MAIA E DAVI ALCOLUMBRE >> Se o impeachment da chapa Bolsonaro/Morão sair até 31 de dezembro, teríamos uma eleição geral para presidente em 2021. Pouco provável, uma vez que beneficiaria a esquerda. Saindo após o 1 de janeiro de 2021, também teríamos uma eleição em 2021, porém seria uma eleição congressual. Como presidente da Câmara e seu amigo Alcolumbre, o presidente do Senado, ficava fácil para Maia ter o seu nome escolhido pelos congressistas. Maia seria o presidente do Brasil. Por isso segurou os pedidos de impeachment. Esta era a jogada de Maia. Mas e agora? Estou achando que, como no caso Temer, o impeachment de Bolsonaro também pode não interessar a mais ‘ninguém’. Vamos ver. “Fora Bolsonaro!!!!!!”

 


5 de dez. de 2020

JOSÉ DIRCEU

 A tempestade que se avizinha

Tendência é de agravamento

Impulsionado por desgoverno



Nuvem carregada trará ao Brasil combinação
 de crise social, econômica e institucional

A tendência é um agravamento do cenário político-institucional e das condições econômicas e sociais para o país que vai atingir a todos, indistintamente, o governo e seus apoiadores –a extrema direita, a direita liberal, as elites empresariais e financeiras e a mídia monopolista. Nem mesmo a esquerda, a única que faz o confronto frontal ao governo Bolsonaro, vai escapar. Só um programa de reformas profundas no sistema tributário e financeiro associado à uma revolução social pode salvar o país.

Com certeza, caminhamos em direção a um agravamento geral politico-institucional, social e econômico. Nada de crescimento nos próximos anos. Recessão neste ano, com o fim do auxilio emergencial e o crescente desemprego, que é desigual e atinge mais os jovens, as mulheres e os negros. A pandemia continua a ser tratada, na prática, como inexistente pelo governo, embora, como nos indica o que acontece na Europa e nos Estados Unidos, poderá se agravar levando de roldão a economia. Suas consequências, que não podemos prever hoje, certamente levarão a uma maior crise social com repercussões imediatas no ambiente político-institucional.

O desprezo absoluto ao meio ambiente, à educação e à cultura, o fundamentalismo religioso e o obscurantismo caminham de mãos dadas –e o mais grave– como política de Estado. Há uma rapinagem sobre os ativos acumulados por gerações com muito trabalho, perdas humanas, sofrimento, pobreza e miséria, agora vendidos na bacia das almas via negociatas que fazem da privataria da era FHC um pequeno negócio. Não há pudor e muito menos temor. O governo e as elites econômicas e financeiras expropriam a renda do trabalho sem sofisticação, simplesmente retiram direitos e cortam gastos públicos sociais como se não fosse já gravíssima a situação social da maioria do povo brasileiro.

Insistem e persistem numa política, dita de austeridade, para os trabalhadores e classes médias, que não deu certo em nenhum lugar do mundo e que hoje é contestada até pelo FMI. Enquanto a Europa e os Estados Unidos retomam a política de endividamento e emissão de moeda via dívida pública, e seus bancos centrais e os governos mantêm a renda e o emprego, investem e financiam as empresas, aqui só se fala em teto de gastos, em dívida pública, em juros mais altos. Chegamos ao absurdo de cortar salários e aumentar impostos, não sobre a renda, a riqueza e o patrimônio, sobre lucros e dividendos, lucro sobre o capital próprio, grandes fortunas, heranças e doações, mas sobre bens e serviços, agravando ainda mais nossa estrutura tributária injusta, indireta e regressiva.

REVOLUÇÃO SOCIAL

O momento atual exige exatamente o oposto do que faz o governo Bolsonaro. Requer uma revolução social, com uma ampla reforma tributária e do sistema financeiro bancário. Não há mais tempo a perder. O Brasil reclama um plano mínimo de emergência já. Renda básica mensal imediata de R$ 600 para os inscritos no Cadastro Único e aumento imediato do valor do Bolsa Família em pelo menos 50%.

O país não pode vacilar em sustentar o investimento público em infraestrutura, habitação, saneamento, saúde e educação e inovação. Os orçamentos de 2020 e 2021 devem ser revistos para ter mais créditos extraordinários para saúde, educação e ciência e tecnologia. Com o BNDES e os investimentos públicos, podemos sustentar um programa de socorro imediato às micro, pequenas e médias empresas e fazer os investimentos que a médio prazo garantam o crescimento econômico e evitem o desastre iminente no caminho seguido pelo governo.

É uma perigosa aventura o engodo de que a pandemia passou, com seus efeitos devastadores sobre a vida e a economia, ignorando a nova onda de contaminação, ainda vigorosa, pelo coronavírus em vários países. Tão perigosa quanto a insistência na crença de que a austeridade, as privatizações e a reforma administrativa trazem de volta o crescimento econômico mesmo sem distribuição de renda.

Os fatos desmentem o fervor messiânico no neoliberalismo, que perde força no mundo. Há um novo consenso mundial sobre o papel do Estado e do investimento público e, agora, a Europa e os próprios Estados Unidos estão trilhando esse caminho. Sem pôr um fim na atual estrutura tributária e ao cartel bancário, o Brasil continuará à margem do crescimento com bem-estar social. Pior, só vai reforçar a concentração de riqueza via a expropriação da renda e do salário por juros reais absurdos e impostos regressivos.

Não venham com a desculpa do déficit e da dívida pública ou com a propaganda que estamos emitindo dinheiro inflacionário para justificar o injustificável –mais concentração de riqueza. Além do papel do BNDES e da dívida pública, temos o superávit financeiro do BC via operações cambiais que pode sustentar o programa emergencial de renda mínimo e Bolsa Família. Fora o fato de que nosso endividamento é menor que o da maioria dos países desenvolvidos, incluindo aí os Estados Unidos.

A questão central é que, enquanto no mundo se paga juros mínimos ou mesmo negativos, aqui pagamos juros reais absurdos e gastamos 5%,6% do PIB com o serviço da dívida. Muito menos é preciso vender as reservas internacionais que acumulamos durante a era Lula para equilibrar as contas públicas. Ao contrário, elas devem garantir que nosso país suporte qualquer agravamento internacional do comércio e dos empréstimos e investimentos.

Já somos prisioneiros, aqui e no mundo, do sistema bancário e financeiro. Por isso mesmo, em hipótese alguma devemos aceitar a chamada independência do Banco Central com mandatos fixos, o que representa, na prática, tornar seus diretores inamovíveis, retirando do Executivo qualquer decisão sobre política monetária e, consequentemente no cenário atual, fiscal e econômico. Já basta o poder quase total da banca sobre as últimas diretorias do BC.

ELITES CONIVENTES

Por fim, uma palavra sobre a degradação política do governo Bolsonaro, sob o olhar conivente e conciliador da maioria da elite econômica e política do país, incluindo aí a mídia monopolista, na ilusão de que o capitão continuará popular e já se adapta aos bons modos do jogo político do Centrão e da oposição liberal de direita, do “Estado de Direito” regido pelo STF. Nem mesmo as evidentes e públicas provas dadas pelo presidente de uma incapacidade para o cargo, a perigosa e nefasta presença de sua família e os riscos da volta do militarismo fazem nossa elite política, judicial e empresarial acordar para os riscos que a democracia e a nação correm.

A tempestade que se avizinha, numa combinação de crise social, econômica e institucional, colocará todos à prova. Ninguém vai escapar, mesmo a esquerda, única que se mantém em oposição frontal a este desgoverno a que estamos sendo submetidos.

https://www.poder360.com.br/opiniao/brasil/a-tempestade-que-se-avizinha-preve-jose-dirceu/

27.out.2020 (terça-feira)

Mudanças para brasileira ver



Tem uma coisa que eu aprendi faz tempo: a única coisa certa na vida são as mudanças. Por isso tento ser otimista com relação a isso, não adianta resistir. Se você adia a mudança, quando ela chega é 

para te derrubar, não vem suave. Por isso até prefiro ir atrás das mudanças. Já que elas são inevitáveis, vamos atrás delas.

As únicas mudanças que realmente não suporto são as de casa. Faz doze anos que moro no mesmo apartamento em Sampa, mas em um ano de Inglaterra mudei três vezes. Cheguei aqui com duas malas e tudo deu cria: roupas, panelas, pratos, toalhas, lençóis, nunca vi tanta coisa, minha vida aqui é tão espartana, tudo tão temporário mas preciso de umas vinte malas para colocar tudo que eu tenho. A notícia boa é que todas as mudanças foram para melhor. Quando mudei do apartamento que dividia com os hooligans, morei com cinco indianas que eram bem organizadas. Todas vegetarianas. Aprendi que tem muito vegetariano que só come pizza, batata frita e pão com a desculpa de não comer carne, mas legumes, frutas e saladas que é bom nem pensar. O que eles deveriam ser é carboidratianos.
Por nosso acabei virando o bicho estranho lá, elas sempre espionavam o que eu estava comendo. Tinha uma que dava blitz na cozinha todas as vezes que eu tomava café da manhã para perguntar tudo sobre minha dieta. Isto incluía também as carnes que eu preparava, nunca me senti tão carnívora com os meus frangos, perus e peixes. Elas cresciam tanto o olho nos meus assados que eu até oferecia, mas a religião não permitia, claro. Vai ver que elas queriam saber como preparava para comer escondido depois.
Agora mudei de novo, estou morando longe do centro, mas tem um lado bem interessante de experimentar a vida local. Tenho uma rotina, vou para academia, supermercado e acabo presenciando briga de vizinhos, gritaria no supermercado, discussão e palavrões nos ônibus, bêbados em toda a parte, tudo muito longe do conceito de gentleman inglês que eu sempre tive.
Outro dia o motorista do ônibus parou no ponto e um carro estacionou na frente. No lugar de dar a volta, resolveu semear a discórdia com um buzinaço sem fim. A mulher que estava no carro falava no celular e por isso nem se mexeu. Quando se movimentou foi para sair do carro e falar umas poucas e boas para o motorista, nunca vi tanta criatividade para falar tantos palavrões em tão poucos minutos, alguns eu nem conhecia. Todos no ônibus fizeram: ohhhhh!! Aí veio o guarda, os três discutiram, foi uma beleza. Por isso me divirto, cada baixaria que eu pensava que só acontecia na periferia de São Paulo acontece em todo os lugares aqui. Tudo isso para a brasileira ver.....