A partir de agosto, os queijos artesanais de Minas Gerais não precisarão mais ser contrabandeados pelas fronteiras...
A partir de agosto, os
queijos artesanais de Minas Gerais não precisarão mais ser contrabandeados
pelas fronteiras do Estado. O produto, detentor do registro de Patrimônio
Cultural do Brasil por seu modo único de produção, poderá finalmente chegar
legalizado às prateleiras de todo o País graças à inauguração dos dois
primeiros centros de maturação do Brasil.
Instalados em
Medeiros, na Serra da Canastra, e em Rio Paranaíba, na região do Cerrado, os
centros resultam da iniciativa de diversos órgãos do governo de Minas e foram
financiados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Os centros receberão a
produção de 22 queijarias e vão oferecer aos produtores a estrutura necessária
à maturação. Até então, a comercialização fora do Estado era impossível para
pequenos produtores por causa das exigências sanitárias federais, pelo fato de
os queijos serem produzidos com leite cru e não pasteurizado. "Isso um
novo mercado formal para o produtor mineiro, já que o queijo de minas artesanal
recebia tratamento de produto clandestino", diz Álbany Árcega, coordenador
técnico da Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural).
Há 9.450 produtores
artesanais em Minas. Desses, 240 já estão cadastrados e aptos a produzir fora
dos limites estaduais. Os produtos terão identificação da queijaria e rótulo
com selo de inspeção do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) e do Sisbi
(Sistema Brasileiro de Inspeção). Equivalente ao SIF (Secretaria de Inspeção
Federal), o Sisbi permite a venda em todo o território nacional, mas não a
exportação.
Um comentário:
Sem dúvida uma oportunidade rara, senão única, para nutrir a agricultura familiar que explora atividade leiteira.
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