Em meio à votação do projeto de lei
sobre a restrição à criação e fusão de novos partidos no Senado, o senador
Reguffe (PDT-DF) criticou a proposta durante pronunciamento no plenário da
Casa. No discurso, o parlamentar foi mais além e saiu em defesa da Rede
Sustentabilidade. Para ele, a proposta visa mais uma vez impedir com que a
ex-senadora Marina Silva construa o seu partido e represente novos pensamentos
dentro da política.
As declarações foram feitas na última
terça-feira, 3 de março, durante os debates em torno da medida. O projeto foi
aprovado na ocasião e agora vai para sanção da presidente Dilma Rousseff. Uma
semana antes, a mesma proposta já havia sido aceita na Câmara dos Deputados.
“Tenho a obrigação de dizer que aqui há
dois pesos e duas medidas nesse caso. E de novo está se tentando que ela
(Marina Silva) não constitua o seu partido. A eleição já acabou. Eu só não acho
justo retirar dela o direito de defender, de colocar suas ideias e o seu
pensamento para a sociedade brasileira”.
O senador também destacou no seu
pronunciamento a primeira tentativa de impedir a criação da Rede foi em 2013,
quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou o registro ao partido. Na
opinião de Reguffe, isso aconteceu principalmente para evitar a candidatura da
ex-senadora a presidente do Brasil.
“Agora de novo, no meio do projeto, se
coloca que esse apoio de eleitores para se registrar um partido tem que ser de
não filiados a partidos políticos. Isso engessa completamente o sistema. Basta
ver que todos nós aqui nessa casa, por exemplo, somos filiados a um partido.
Então, não poderíamos dar apoio à criação de um novo partido”, avaliou Reguffe.
O parlamentar ressaltou ainda que essas
mudanças não podem prejudicar a todos. “Se existem casos de partidos criados
por negócio e para buscar vantagens não republicanas, existem também casos de
pessoas que querem construir um partido e representar um novo pensamento.”
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