As
votações da chamada “reforma política” no Congresso acontecem num ambiente
restrito e restritivo e o resultado pode ser um sistema político ainda pior do
que o que temos hoje.
Os
partidos tem hoje o monopólio da política, a sociedade não participa das
decisões e suas manifestações e protestos não são consideradas pelos que detém
o poder.
Havia
um ensaio de debate sobre a reforma, com uma comissão encarregada de receber e
encaminhar para análise do Congresso propostas como da OAB e da CNBB, mas até o
trabalho dessa comissão foi desprezado agora no início das votações.
Dessa
forma, não estão sendo debatidas propostas de reforma para qualificar e
atualizar o sistema político, mas pontos isolados (distritão, reeleição,
financiamento etc), que podem ser aprovados ou não dependendo das negociações e
disputas de interesses dos grupos que comandam os partidos.
O
resultado pode ser um novo monstro de Frankenstein, um arranjo na indústria
eleitoral para garantir os privilégios de quem já tem poder.
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