
Surpreendentemente,
o governo do Estado de São Paulo tem estreitado relações com o Movimento dos
Sem-Terra (MST). Desde 2014, o Palácio dos Bandeirantes vem realizando reuniões
com líderes do movimento. Apesar dos cortes orçamentários em quase todas as
áreas do governo paulista, Geraldo Alckmin manteve a previsão de investir R$ 7
milhões em 2015 nos 136 assentamentos do MST, conforme noticiou o Estado à
época. Agora, o governador sancionou uma lei estadual que permite a transmissão
de terras a herdeiros nos assentamentos rurais.
Todas essas atenções
ao MST têm surtido efeito. Considerado um dos mais radicais líderes sem-terra,
Gilmar Mauro não poupa elogios ao governo paulista. "É uma relação
política. Uma relação boa. Principalmente agora", afirmou Gilmar aoEstado
no ano passado. Por sua vez, o chefe da Casa Civil estadual, Edson Aparecido,
admite a proximidade com o movimento. "A relação do MST conosco se
estreitou na medida em que adotaram uma posição crítica em relação ao Incra e
ao governo federal", disse Aparecido, dias antes de uma das reuniões no
Palácio dos Bandeirantes em 2015. Segundo noticiou o jornal Folha de S.Paulo, o
chefe da Casa Civil e o dirigente do MST têm mantido encontros mensais para
discutir o andamento de políticas agrárias.
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