Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

29 de jun. de 2016

Na mesma revista Brasileiros, com a mesma assinatura: Mauricio Puls, um outro texto puplicado hoje também é bastante interesante.


                             Desconstruir o Brasil"

Hoje a construção civil é um setor dominado pelo capital nacional. Foto: EBC

Hoje a construção civil é um setor dominado pelo capital nacional. Foto: EBC

Crise provocada pela Lava Jato asfixiou o setor da construção civil e
pode abrir caminho para a entrada do capital estrangeiro

A construção civil está em crise: só em 2015 o setor sofreu uma retração de 7,6%, e 417 mil trabalhadores perderam seus empregos. Não é a primeira vez que esse segmento enfrenta dificuldades. Mas esta é a primeira contração econômica amplificada por fatores políticos: as maiores companhias do setor não estão sendo prejudicadas apenas pela redução dos investimentos: elas foram asfixiadas pela Operação Lava Jato. Por quê?

Deflagrada em março de 2014, a Lava Jato investiga um esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos. Ela mostrou que as companhias do setor financiam os políticos e, em troca, são recompensadas com contratos nas estatais e no setor público. Tais conexões são antigas: a construtora Rabello, por exemplo, acompanhou a carreira de Juscelino Kubitschek da Prefeitura de Belo Horizonte até a Presidência. Após o golpe de 1964, a empresa definhou e pediu concordata. Trajetórias assim são comuns.

Mas, embora as construtoras financiem muitos partidos, a Lava Jato tem se concentrado nos “governos do PT”, como disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, pois “os governos anteriores realmente mantinham controle das instituições”. Esta seletividade não se manifesta só nos alvos políticos da operação, como apontou o colunista Janio de Freitas, da Folha de S.Paulo: “Nenhum dos dirigentes das empresas estrangeiras que pagaram suborno foi preso”. (...)

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