Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

18 de nov. de 2016

NEM FOI CULPA MINHA

 
  Tudo já era noite e o dia indo, já tão distante. A cidade, iluminada meio a uma névoa e o cristo brilhando como uma estrela. Brilhava e eu olhava, com o pensamento distante buscando lugares tão cheios de esperanças, mas que não se pode chegar. Lá do morro da colina, que já subimos tantas vezes, nos cuidando, e hoje só, olhando lá de cima vendo ali o Tupinambás e lá o Paraibuna. Que coisa bonita de olhar! Mas, fome é um troço danado que dá em qualquer lugar. Ali, eu me confundia. Dor e fome. Vou contar só pra relaxar: - A Lanchonete do outro lado da rua me parecia coisa de ontem, bem recente, pois ainda não tinha visto. Uma novidade que eu não soube evitar. Uma latinha e uma empada, e era a última, eu tinha que pegar. Um copo, latinha, empada e mesas com cadeiras vazias, um convite que também não pude evitar. Uma televisão, ligada, mostrava o Ratinho , de frente, não pude ficar. Um jornal vermelho, encima de uma mesa me atraiu. Pequei e li. Achei tão raro, que brincando, zoando, fotografei e hoje estou publicando. Uma capa tão original e nem foi culpa minha.


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