O menino negro
nascido no Rio de Janeiro, adotado por uma família branca e criado em Três Pontas,
uma pequena cidade do interior do Estado de Minas Gerais, nos deixou nos anos
setenta vinis intensos e bonitos, como Minas, Gerais e os do Clube da Esquina
–Ângelus, editado em 1993, poderia ser considerado o terceiro da série de obras
coletivas das quais Milton foi o catalizador. Os duplos Clube da Esquina (1972)
–assinado com Lô Borges– e Clube da Esquina 2 (1978) se tornaram uma referência
para Pat Metheny: o guitarrista afirma que o segundo deles está à altura dos
melhores trabalhos dos Beatles e do Songs in the Key of Life, de Stevie Wonder.
Entre os admiradores de Milton Nascimento –muitos gravaram com ele– estão Paul
Simon, James Taylor, Sting e a falecida Mercedes Sosa, e músicos como Herbie
Hancock, Jack DeJohnette, Ron Carter, Esperanza Spalding… O mineiro é único:
amálgama de Miles Davis e samba-jazz; rock progressivo e música sacra de Minas;
península Ibérica e América Latina, Beatles e Crosby, Stills, Nash & Young.
O bispo Pedro Casaldáliga escreveu: “Cante Milton, as estrelas não podem permanecer
impassíveis”.
Resumo matéria de CARLOS GALILEA El País/Cultura.
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