Nigel Amon - Cubisme Africain

Nigel Amon   -   Cubisme Africain

30 de abr. de 2012

Poesia




Antônio Carlos em Quadrinhas
J. Fernandes

Na região das Vertentes
Na serra da Mantiqueira
Fica Antônio Carlos
Com sua gente altaneira

Desmembrado da mãe Barbacena
Vindo de Borda, Sá Fortes e Andrade
O município busca o progresso
Unindo governo e comunidade

Dos Andrada, Resende e da Silva
Cury, Pacheco e Moraes
Botelli, Araújo e Lisboa
A gente não esquece jamais

De Andrade, Andorinha e Fagundes
Mendes, Rettore e Cabral
Baeta, Orlando e Dinalli
Amor a Antônio Carlos, o seu ideal

Vila Nova, Junqueira e Chaves
Engrandecem o nosso torrão
Com Tolomelli, Ribeiro e Zonzin
Amizade, trabalho e ação

Bergamaschini, Ferreira e Delbem
Famílias de muito valor
Cursi, Almeida e Chartone
Devotam a Antônio Carlos, amor

Portes, Tavares e Dias
Barbosa, Faria e Silveira
Pacheco, Bernardo e Herthel
Gente da linha primeira

Candian, Leocádio e Netto
Fernandes, Guimarães e Pereira
Marteleto, Oliveira e Duarte
Boa gente de fibra mineira

Fonseca, Pissolati e Tobia
Bissuli, Rodrigues e Barra
Feres, Diniz e Dantas
Antoniocarlenses de muita garra

Glatter, Giovanni  e Dutra
Gente boa de nossa cidade
Leite, Macedo e Mendonça
Elos de grande amizade

Campos, Santana e Carvalho
Teodoro, Aragão e Moreira
Orlando, Araújo e Paes
Destaques da Mantiqueira

Loth, Teixeira e Dufles
Figuras de alta expressão
Galdino, Lopes e Mello
Com Antônio Carlos no coração.

24 de abr. de 2012

Eleições 2012


 KM  0  -   EFOM - RMV

Ajustando Condutas
Sabe que cheguei a pensar que teríamos um só candidato a prefeito nas eleições de 2012! E estava achando ótimo. Afinal, temos um só grupo político no município. Partidos como o PT, PDT, PMDB, PHS, PR, PSL, PSDB, PP, DEM comungam no mesmo projeto municipal. Hoje, o PDT é governo e tem a Prefeita Cristina como a grande líder, mesmo dizendo não ser política. Nas eleições, nos acomodamos em grupos, sem diferenciação nos projetos, apenas para ver quem vai comandar os próximos quatro anos. Na câmara de vereadores podemos ver está realidade, da política municipal. Então penso que está na hora de buscar um consenso, onde se possa trabalhar nas soluções dos problemas que estão acumulando. Hora o Antônio está do lado do Carlos, hora o Carlos está ao lado de Antônio. (?) Dizer que há algum partido de oposição em nossa formação política, isso é uma brincadeira. No máximo, vamos encontrar algumas desavenças pessoais.  Na contra mão da Democracia, mas, adequando-se a isso, que chamamos de processo democrático, pensava ser possível um consenso sobre uma única chapa. Talvez, apenas talvez, pudéssemos transformar a luta e a festa pela vitoria pessoal por um grito único, um grito da vitoria coletiva: “Venceu Antônio, Venceu Carlos.”



Cartão Vermelho



Cartão Vermelho
Você tem visto aquele cara que sugeriu um chute na bunda do brasileiro por não atendermos, imediatamente, todas as exigências da FIFA, a entidade maior do futebol mundial? Parece que após dar aquela resposta tradicional: - “O que ele disse não tem nada a ver com o povo brasileiro,” a FIFA escondeu o tal. Não ouvi um só pronunciamento a respeito. Que jogo é esse? Já começou a copa e a gente só vai saber o que se passa quando terminar o último jogo, lá, naquele que já foi o maior estádio de futebol do mundo?
O Sr. Ricardo Teixeira maior cartola do futebol brasileiro, após o acontecido, perdeu a presidência da CBS. Há um bom tempo vem sendo divulgado na mídia, o envolvimento deste cartola em atividades nem um pouco compatíveis com a sua ex-função. O que  esse fato tem haver com as declarações do chutador de bundas, ainda não deu pra entender.    
Muito estranho esse negócio de, a FIFA, chegar e promover um evento desta grandeza; com o controle da renda, da publicidade e com um “Regulamento da Copa”, que se apropria de nossas leis, de todo um público e de todas as regras possíveis para captar, o Máximo. 
Tudo bem que o futebol é para nós: o máximo. Cinto o cheiro da minha primeira bola de futebol, até hoje. Mas, mudar a nossa legislação para agradar a uma instituição para que ela possa lucrar mais, mesmo se tratando de futebol; Vejo, como uma submissão, que compromete a relação entre governos e FIFA.
Pensando neste negócio de FIFA, copa do mundo (negócio igual, nem na China!), fiquei pensando: “Se nós brasileiros pensarmos que podemos ir até o Vaticano e realizar lá, uma festa de louvor a Nossa Senhora Aparecida, nossa querida padroeira, com direito a trabalhos, sambão, cachaça, escrever o nome nas paredes da Capela Sistina, da uma mijadinha nas colunas e, certamente o mais polêmico, manter todo o controle sobre o faturamento das barraquinhas! Será que vai dá?
OBS: Nós aprovamos a estrutura do Vaticano. Não será preciso nem uma obra faraônica. Nem mesmo uma pequena reforma.

17 de abr. de 2012

Saúde do Trabalhador


O Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Rurais de Barbacena e Região - Secretaria de Antônio Carlos, convida todos (as) trabalhadores (as) e produtores (as) rurais de Antônio Carlos, para participarem de uma reunião, no próximo dia 18/04/2012, às 13:00 horas no Salão da Câmara Municipal, onde estarão presentes representantes do CEREST ( Centro de Referência de Saúde do Trabalhador) e do INSS, para orientarem sobre "Saúde e Segurança no Trabalho Rural e Previdência Rural". Pedimos a todos que compareçam, pois é de grande importância, para todos que estão envolvidos com o trabalho rural no município. Certos de sua presença, agradecemos.

José Geraldo - Secretário do SINTER em Antônio Carlos - MG 

Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Rurais de Barbacena e Região- SINTER
SEDE: Avenida Bias Forte- 28 -Sala 10 - Centro Barbacena Tel.(FAX) (32)3333 5989 CEP. 36 200 068.

Secretaria de Antônio Carlos: Rua Cel. José Gonçalves de Araujo, 100 - Sagrada Familia - Antônio Carlos - MG CEP. 36 220 000  Tel. (32) 3346 1360.

10 de abr. de 2012

Jornal "Cidade de Barbacena" - 1967


Trova premiada no Concurso “Editora Revista Guia Rex”, Guanabara,

Oferecida às mães de Antônio Carlos e às mães de Barbacena, cidade de muito gratas recordações, onde fiz o Curso Normal no Colégio Imaculada Conceição.

Hilda Ribeiro Bastos Coelho
Belo Horizonte, 29 de abril de 1967

“MAMÃE, EU TE VEJO AINDA
CUMPRINDO A SUA MISSÃO:
OLHAR DE TERNURA INFINDA
MAS... O CHINELO NA MÃO.”

Também canto a minha terra...
(Homenagem á cidade de Antônio Carlos, ex-Sítio)



Tenho saudades de ti
Minha terra pequenina
Onde canta o bentevi
Na verdejante campina

Minha terra doce e linda
Gosto de ti de verdade,
Mas gostava mais ainda
Quando não era cidade.

Eras um Sítio formoso
Estendido na colina,
De vergel ameno e umbroso,
O meu berço de menina.

Nem praça, nem avenida
Ruas compridas e tortas;
Alguns becos sem saída
E o luar nas horas mortas.

E por falar em luar...
Meu primeiro namorado,
Aquilo que era gostar
Sem malicia, sem pecado.

Trocando juras “eternas”
Que se foram com o vento,
Lembranças puras e ternas
Tão vivas nêste momento.

Tão vivas como estas outras
Que recordo com saudade:
O amanhecer nebuloso
E o róseo cair da tarde.

A casa branca do outeiro.
Lá em baixo o Bandeirinhas,
Murmurando o dia inteiro
Umas tristes ladainhas.

A casa branca, branquinha
Onde feliz eu vivi,
Com minha boa mãezinha
Que cedo ainda perdi.

A ponte nova cortando
O rio, formava um arco.
E o pontilhão namorando
As saracuras do charco.

O trem de ferro apitando
Nas longas noites sem fim...
E aquele apito ecoando
Saudoso, dentro de mim.

A rua Henrique Diniz
Que por ser a principal,
Era o centro da atração,
O ponto comercial.

A loja do Pedro Turco.
Uma vez morreu Tobias...
Todos nós vestimos luto,
A loja fechou uns dias.

O padeiro Tolonelli,
Acreditem no que digo:
Fabricava uns pãezinhos
Feitos somente de trigo!

A Farmácia do Levindo,
A casa do Delegado:
Seu Onofre e Dona Júlia,
Um casal bem ajustado.

Dona Júlia apresentava
No lindo mês de Natal,
Um presépio que eu jurava
No mundo não ter igual.

Mas além à ponte Sêca
A ponte dos namorados,
Em que os beijos de amor
Tinham encontros marcados.

Em frente a ponte ficava
A casa do Padre-Cura,
Que a todos abençoava
Com portuguêsa ternura...

Em baixo a barbearia,
Ao lado o relojoeiro.
Meu relógio é a saudade,
Marca a hora sem ponteiro...

O seu Antônio Amorim
(Era público e notório)
Amarava os corações
Nos livros de seu cartório.

Quando a criança nascia
Tomava conhecimento,
Passando com alegria
Certidão de nascimento.

Qualquer negócio de imóvel
Depressa se procurava
O prestimoso escrivão
Que a escritura lavrara.

O armazém do seu Pereira
Homem bom, trabalhador,
Feliz família mineira
Com seu Franklin, orador.

Zé Rettori tinha um bar
Num quiosque de madeira.
Vendia água mineral
E uma pinga de primeira!

O gabinete dentário
Do seu machado, dentista
Especialista em “sorrisos”
Tanto à prazo quanto à vista.

O açougue junto ao cinema
Tinha bela freguesia.
Hum mil reis de chá de dentro
Punha na mesa, alegria.

As duas escolas públicas,
Uma nova e outra antiga.
A líder das professoras:
Dona Izaura, muito amiga.

As velhas mestras queridas
Tereza, Sinhá e Florentina;
Eu não posso ouvidar;
De escola particular.

A minha primeira mestra
Dona Diná, é bom lembrar;
Ensinou-me a usar a dextra
Para o meu nome traçar.

A Escola “Lima Duarte”
Com carinhoso cuidado,
Encaminhava o menor
Inclusive o abandonado.

O armazém do Zé Maria
Português muito educado,
Com distinta família
Residindo no sobrado.

E por pouco que me esqueço
Da loja do Barateiro
Rival da do seu Silvestre,
Ambas ganhando dinheiro.

Quase em frente da porteira
O Mansur tinha uma venda
E mais a diante a Biquinha
A correr envôlta em lenda.

A Tercina vendia mel
E também era doceira!
Nas bôdas e batizados
Ela era a banqueteira.

Quando eu voltava da escola
Parava para apreciar
Seu Juca bater o malho
Para o ferro trabalhar.

Bate o malho da saudade
No meu peito o dia inteiro,
Trabalhando o coração
Tal qual o Juca ferreiro...

O Cortume do Seu Pacheco
Numa várzea, aparecia
Com seus tijolos a vista,
Numa perfeita harmonia.

Na beleza da paisagem
Que dali descortinava,
Beleza um tanto selvagem
Que um sol de fogo crestava.

Pito acêso, Rua de cima,
Bairro pobre, meninada.
A ciranda, cirandinha
Em rodas pela calçada.

“O anel que tu me deste”...
Na distância, a voz perdida
O soar nos meus ouvidos.
Minha infância tão querida!

No Cruzeiro ardiam velas.
Promessas e devoção.
E lá no céu muito belas,
Estrelas em profusão.

Ao longe, num monte, avinha
Qual uma garça, se via
A nossa velha Igrejinha
Da Santa Mãe de Maria.

No mês de maio as novenas,
Os amôres em comêço...
As tardes frias e serenas.
São coisas que não me esqueço.

Ó quem me dera voltar
Àquela bendita hora
Em que, de branco vestida,
Coroei Nossa Senhora...

Ai! As festas de Sant’Ana.
Ao raiar da madrugada,
Passava a Banda Tocando
Tradicional alvorada.

Depois da missa cantada,
Que beleza de sermão!
E pela tarde dourada
Começava a procissão

O povo formando alas,
O rosário, as ladainhas,
As ruas embandeiradas,
O leilão nas barraquinhas...

Viva a Senhora Sant’Ana!
Homenagem presto aqui,
À querida padroeira
Do lugar em que nasci.

O Carnaval na estação,
As batalhas de confeti
Em frente ao Hotel Andrade,
A gente pintava o sete!

“O pé de anjo, o pó de anjo”...
Que alegre recordação.
A saúde tem pé grande,
Pisa no meu coração.

O jogo de futebol,
O Casaca e o Natalino;
A torcida organizada,
Juro por Deus, era o fino!

À noite havia o cinema
Sempre muito concorrido;
Fita em série às quartas-feira,
Um programa divertido.

Pola Negri, Clara Bow,
Saudade não se define.
Ai! O tempo que passou...
Ramon, Francisca Bertini...

Assíduo frequentador
Da série “O homem de aço”,
Com seus noventa janeiros
Mas sem demonstrar cansaço,

O major Andrade chegava
 Ao cinema e bem na frente
Còmodamente sentava
A sorrir, muito contente.

Vejo a querida Dedé
Com seu jeitinho brejeiro,
Contando ao piano a canção:
“O meu lindo jangadeiro”.

Os nossos belos teatrinhos
Deram muito o que falar,
Em favor da Igreja nova
Que se ia edificar.

Ter seus tipos populares
É na terra tradição
Pois fazem falta à paisagem
E também ao coração.

Sítio não fugira a regra,
Nem eu a recordação;
Malaquias – o carteiro
E seu Joaquim Valentão.

Rita doida com mania
De tecer sem descansar,
Na roda da fantasia
Tirando os fios do ar.

Nas manhãs clara de sol
Com seus cêstos, nas madamas,
Ofereciam nas portas
Uvas, caquis e bananas,

Cadeiras toscas, de palha
(valem hoje um dinheirão!)
Ovos fresquinhos, galinhas
E ameixas do Japão.

Fazia gosto de vê-las
Quando desciam da serra,
Trazendo no olhar dolente
A nostalgia da terra.

Compridas saias rodadas
À maneira Italiana,
Lenço cruzado no peito,
Presente toda a semana.

É oportuno relembrar
Um tipo bem brasileiro
Pioneiro no lugar:
- Joaquim Antônio Ribeiro.

Meu pai não tinha instrução
Porém era um cavalheiro.
Tangendo alegre a boiada,
Velho Quincas Boiadeiro!

Os boiadeiros chegando
Para pesar as boiadas
E cincerros bimbalhando
Nas tropas pelas estradas...

Gente boa a do lugar!
A melhor sociedade,
Aqui a vejo passar
Nas asas desta saudade:

Os Andrade, os Diniz,
Os Fagundes, os Amorim,
Os Silva Paes, os Pacheco,
Os Campos e os Jardim;

Os Rettori, os Resende,
Os Aragão, os Machado,
E tantas outras famílias
Que ficaram no passado.

As moças de minha terra!
Leiga, Inezinha, Inimá,
Laura, Hortenila, Lulu,
Marieta, Totonia, Inah;

Irmã Rosa, Conceição,
Jurema, Jacy, Jupira,
Zizinha, Nenem, Tereza,
Alayde, Nana, Elvira;

As meninas do Ivo, a Rôla,
Elisa, Adolfina, Stela,
Aíde, Lulude, Rita.
Cada qual era mais bela!

A bonita serenata
Despertando a bem amada,
Sob uma chuva de prata
Do luar sua a alçada

O pequeno cemitério
Onde quero repousar,
Quando a morte, num cautério,
Minhas feridas curar.

Meu sitio de macieiras,
De laranjeiras em flor,
De côr de rosa paineiras
E do meu primeiro amor!

Antônio Carlos, meu Sítio,
Minha terra, meu lugar,
Enquanto vida eu tiver
Ei de em versos te cantar!
                                                            (na íntegra)